Saúde

Máscaras em academias: por que o uso não é mais obrigatório no ES?

Entre os motivos, a queda no número de casos de covid-19 e uma recomendação da Organização Mundial da Saúde

Foto: José Cruz/Agência Brasil

Uma nova portaria, publicada no Diário Oficial no último dia 23, dispensou o uso de máscaras em academias nas cidades classificadas em risco baixo. Portanto, desde então, não é mais obrigatório o uso do protetor respiratório nestes ambientes, em todo o Espírito Santo.

Ao todo, o Estado soma 66 cidades classificadas em risco baixo e 12 em risco muito baixo, onde a máscara não é mais exigida em nenhum local, seja aberto ou fechado.

Durante coletiva na tarde desta segunda-feira (28), o subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, disse que a medida faz parte de um ajuste da nota técnica da Sesa a um padrão recomendado pela Organização Mundial da Saúde.

"Na verdade, na academia nós ajustamos a nota técnica referente aà questão da utilização do uso de máscaras nesse ambiente a um padrão que a OMS recomendou. Então, ali foi um ajuste em relação às atividades que requerem uma capacidade respiratória e cardiovascular".

O secretário de Estado da Saúde destacou ainda que em qualquer ambiente fechado existe o risco maior de transmissão do vírus em caso de alguém estar contaminado. "No entanto, com a atividade física intensa, que é realizada nas academias, você acaba tendo um prejuízo da capacidade protetora das mesmas, no que diz respeito à proteção tanto da infecção quanto do contágio pelo Sars-cov2", disse.

Diante disso, Fernandes destaca a necessidade de uma maior vigilância por parte dos frequentadores diante de qualquer sintoma respiratório. "Qualquer pessoa com sintoma respiratório independentemente de ela estar em uma academia ou não ela deve utilizar máscaras, buscar a testagem e se isolar até garantir que ela não seja foco de transmissão".

Máscaras seguem sendo recomendadas nas  escolas

De acordo com o secretário de Saúde, não há flexibilização do uso das máscaras, uma vez que elas continuam sendo recomendadas independentemente da classificação de risco das microrregiões. Nésio afirma que o que houve por parte da Sesa foi uma desobrigação do uso da proteção.

"Existe uma recomendação que elas possam ser preservadas nas escolas, inclusive no risco muito baixo, mas elas estão desobrigadas no risco muito baixo e seguem obrigatórias (em espaços fechados) no risco baixo".

Carnaval de Vitória e Festa da Penha sem máscaras

Com relação aos desfiles das escolas de samba no Carnaval de Vitória, marcado para acontecer no dias 8 e 9 de abril, e à Festa da Penha, estão previstas uma série de reuniões ao longo desta semana com os representantes para definir as estratégias para realização do evento. 

O secretário não descarta a adoção de medidas complementares para garantir que as festas aconteçam com segurança.

Nésio disse também que o Espírito Santo conta com mais de 500 mil testes disponíveis para serem aplicados na população pós-carnaval. Além disso, existe a possibilidade de que eles sejam usados de maneira sentinela em algumas atividades econômicas, como em algumas escolas, por exemplo. O objetivo é acompanhar a evolução da pandemia nos próximos meses. 

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