Saúde

Dengue: ES confirma circulação de sorotipo 2, forma mais grave da doença

De acordo com dados divulgados pela Fiocruz, o sorotipo 2 do vírus da dengue foi responsável pelas epidemias da doença no Brasil em 2007, 2008 e 2009

Ana Carolina Monteiro

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução/Freepik - @jcomp

Foi confirmada na tarde desta quarta-feira (1), a circulação do DENV-2, conhecido como sorotipo 2 da dengue, no Espírito Santo. Segundo a secretaria de Estado da Saúde (Sesa), o sorotipo foi identificado pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen/ES).

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O DENV-2 é um dos quatro sorotipos de vírus da dengue e a circulação dele não era detectada desde 2019 no Estado, porém, já havia sido detectado no último ano em circulação no País.

“A amostra é de um caso que teve início dos sintomas no último dia 19 de fevereiro e com coleta no dia 23. Finalizamos a liberação do laudo confirmando a DENV-2 no último sábado (25). Esta amostra em análise desenvolveu febre, cefaleia, mialgia, dor retroorbital e vômito, mas não precisou de internação”, explicou o diretor do Lacen/ES, Rodrigo Ribeiro Rodrigues.

Somente em 2019, segundo dados da Fiocruz, foram registrados mais de 1,5 milhão de casos da doença, em sua maioria em Minas Gerais, São Paulo e no Espírito Santo, com 754 óbitos. De acordo com dados divulgados pela Fiocruz, o sorotipo 2 do vírus da dengue foi responsável pelas epidemias da doença no Brasil em 2007, 2008 e 2009.

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Quando suspeitar da doença?

A Organização Mundial de Saúde (OMS), Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e Ministério da Saúde, orientam que em casos de febre alta (40°C) acompanhada de pelo menos dois dos seguintes sintomas, o indivíduo busque rápido atendimento médico.

- Dor de cabeça intensa;
- Dor atrás dos olhos;
- Dores musculares e articulares;
- Náusea;
- Vômito;
- Inchaço nas glândulas;
- Manchas pelo corpo

É importante destacar que esses sintomas podem permanecer, de maneira geral, entre dois e sete dias, após o período de incubação e de 4 a 10 dias depois da picada do mosquito infectado.

No caso da forma mais grave da doença, os sinais surgem entre 3 e 7 dias após os primeiros sintomas. Forte dor abdominal, respiração rápida, vômito e sangramento, além de agitação, também se somam aos outros sintomas.

Como eliminar focos do mosquito

De acordo com a Sesa, 80% dos focos encontram-se nas residências. Por esse motivo, é fundamental que a população adote cuidados importantes. Entre eles:

1. Limpar o quintal, jogando fora o que não é utilizado;

2. Tirar água dos pratos de plantas;

3. Colocar garrafas vazias de cabeça para baixo;

4. Tampar tonéis, depósitos de água, caixas d’água e qualquer tipo de recipiente que possa reservar água;

5. Manter os quintais bem varridos, eliminando recipientes que possam acumular água, como tampinha de garrafa, folhas e sacolas plásticas;

6. Escovar bem as bordas dos recipientes (vasilha de água e comida de animais, pratos de plantas, tonéis e caixas d’água) e mantê-los sempre limpos.

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