Saúde

Clínicas de transição desafogam hospitais e cuidam de pacientes estáveis

Essas unidades oferecem assistência quando o paciente já não precisa ficar internado em um hospital e ainda não pode ser tratado em casa

Foto: Divulgação
Uma das vantagens das clínicas de transição é a redução do risco de contaminação por infecção hospitalar nos pacientes. 

Inovadoras, as clinicas de transição e cuidados continuados são um apoio para os hospitais gerais e representam segurança e conforto para pacientes e familiares. Os enfermos com tratamento definido, como os doentes crônicos, encontram nos novos modelos de clínicas uma opção para a transição entre a internação e o tratamento domiciliar.

“A unidade de transição é dedicada aos pacientes que já têm o diagnóstico e tratamento definidos, aos que precisam dar continuidade a um tratamento medicamentoso, reabilitação, adaptação de familiares e cuidadores para tratamento domiciliar e casos em que tratamento em casa ainda não é possível”, disse o CEO do Grupo Intermed, Fabrício Aigner.

Um dos benefícios é que os pacientes tem a vantagem de estar longe do risco de infecção hospitalar, além de serem cuidados em um ambiente acolhedor e confortável, semelhante a um hotel ou até mesmo a sua residência.

“Não existe horário de visita pré-estabelecido. As recepções funcionam 24h, facilitando o acesso da família à pessoa que está passando por tratamento médico, deixando o tratamento mais humanizado”, disse Fabrício.

Estima-se que até 25% dos leitos hospitalares privados no Brasil estão ocupados por internações de longa permanência, esses pacientes poderiam estar acomodados em unidades de transição, que são formatadas justamente para este público. Destes, a maioria é composta por idosos, que já somam 12% da população e, devido ao aumento constante da expectativa de vida no país, em 2030, somarão 19%.

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“Esse modelo de atendimento é adequando ao novo perfil epidemiológico da população, que está envelhecendo e que há a predominância das doenças crônico-degenerativas devido a idade avançada”, explicou.

O modelo tradicional de hospital não está preparado para recuperar o paciente. Nesses locais o que prevalece é a alta complexidade. Os profissionais de saúde dos hospitais foram treinados para atender pacientes que ainda estão em risco.

“A clínica de transição recupera o paciente para que ele volte para casa estabilizado e, longe das de escaras e demais problemas que acabam acometendo pessoas acamadas em hospitais que lidam com a emergência o tempo inteiro”, relatou Aigner.

As equipes são multidisciplinares, contam com médicos clínicos e geriatras, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas e demais funcionários necessários para que esse modelo gire reabilitando pessoas.

“Nesse modelo não fazem parte os grandes e modernos equipamentos hospitalares já que a função não é atender alta complexidade. No modelo de transição o importante são os leitos aconchegantes, tratamento humanizado, o carinho, a reabilitação multifuncional e todo o equipamento básico para a promoção e reabilitação da saúde”, disse o médico. 

O futuro nos tratamentos está diretamente ligado as clinicas de transição. Com ele é possível garantir a sequência do tratamento de forma segura como mais uma opção entre o hospital e o home care, ou seja, o tratamento em casa.

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