Saúde

Varíola dos macacos: serviço de saúde do Reino Unido pede abstinência sexual a suspeitos

Autoridade britânica pediu restrição às pessoas com novas erupções e manchas na pele, mesmo sem comprovação de que a doença é sexualmente transmissível

Foto: reprodução/pixabay

Diante do crescimento exponencial dos casos de varíola dos macacos, a Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido (UKHSA) vem buscando medidas para conter o avanço da doença. Na mais recente delas, as autoridades britânicas pediram para que qualquer pessoa que apresente manchas novas ou erupções na pele faça abstinência sexual, ao menos enquanto durar os sintomas. 

A recomendação é também para que caso a infecção pelo vírus seja confirmada, o paciente se isole por 21 dias. Além disso, a pessoa somente deverá ter relações sexuais com o uso de preservativos por até dois meses.

Ainda mesmo não existem evidências científicas de que a enfermidade seja transmitida sexualmente, ou seja, pelo sêmen.

Segundo a agência de saúde, em comum, os pacientes são homens que se declaram homossexuais, bissexuais ou que fazem sexo com outros homens. A abstinência é sugerida para todas as pessoas, independentemente de orientação sexual ou gênero.

"Estamos lembrando às pessoas que procurem novas manchas, úlceras ou bolhas em qualquer parte do corpo. Se alguém suspeitar que pode tê-los, principalmente se tiver tido recentemente um novo parceiro sexual, deve limitar seu contato com outras pessoas e entrar em contato com o NHS 111 ou o serviço de saúde sexual local o mais rápido possível, mas telefone antes de comparecer pessoalmente. Isso nos ajudará a limitar a transmissão do vírus", afirmou Ruth Milton, consultora médica da UKHSA.

De acordo com informações do portal de notícias R7, só na última segunda-feira (30) foram registrados 71 novos doentes, elevando para 179 o número de infectados. Destes, 172 estão na Inglaterra; quatro, na Escócia; dois, na Irlanda do Norte e um, no País de Gales.

A varíola do macaco era considerada uma doença com transmissão rara que ocorria por contato próximo entre as pessoas.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) destaca a importância de controlar o surto o quanto antes para que seja evitada a infecção de crianças e pessoas com problemas no sistema imune, uma vez que apresentam maior risco de morte. 

*Com informações do Portal R7


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