Saúde

Isolamento social aumenta o risco de depressão em jovens

A dependência da tecnologia é capaz de privar crianças e adolescentes do sono, da alimentação adequada e até do convívio social

Foto: Divulgação
Psicóloga avalia o problema e dá dicas sobre como evitá-lo.

A depressão na infância e adolescência tem sido o foco de estudos nacionais e internacionais devido ao aumento de sua prevalência nos últimos anos, tornando-se assim, um problema de saúde pública. Em tempos de pandemia mundial, relações familiares tiveram que ser repensadas, e a reclusão social passou obrigatória.

“Nosso foco é assegurar que vamos atravessar esse momento sem abalo na saúde psíquica dos nossos filhos. Crianças e adolescentes que já possuíam em sua personalidade o sentimento de culpa ou baixa autoestima podem potencializar tais sintomas neste momento de reclusão. Excesso de irritabilidade, ansiedade e aumento ou diminuição de peso podem ser um indicativo de que algo não vai bem”, comenta a psicóloga Adriana Cabana.

A tecnologia atual nos permite ficar em casa conectados com o mundo lá fora, mas a exposição excessiva em redes sociais, vídeos e as famosas “lives” pode dar lugar ao cyberbullying. A dependência dessa tecnologia é capaz de privar crianças e adolescentes do sono, da alimentação adequada e até do convívio social.

“O mais preocupante na prática do cyberbullying é que o conteúdo agressivo se espalha rapidamente, fazendo com que a privacidade da vítima seja prejudicada. Uma das dificuldades que os pais experimentam é a incapacidade de monitorar o uso das redes sociais dos filhos. Por isso, os adultos devem ficar atentos a alguns sinais e também procurar conhecer as novas tecnologias”, diz.

O Facebook, por exemplo, já conta com uma central de combate ao cyberbullying no Brasil, mas, com o surgimento de novas redes sociais, algumas precauções são necessárias.

A psicóloga alerta que a rotina deve ser previamente instituída sempre em comum acordo e diálogo com os filhos, pois, apesar da maioria dos colégios manterem a liberação do conteúdo do ano letivo pela internet, a escola, como instituição de organização de tempo e espaço, não está presente.

“Atenção ao discurso de menos valia, com conteúdo de desistência e humor entristecido. Além desses cuidados com a saúde mental, é importante resgatar hábitos antigos, como jogos de tabuleiro, de papel, mímica, utilizar as redes sociais para videochamadas com familiares e manter o diálogo e a serenidade neste momento”, conclui.

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