Saúde

Pesquisa americana revela que até 90% das consultas médicas estão relacionadas ao estresse

Relacionamentos, questões familiares, desafios e expectativas pessoais estão entre os principais gatilhos que alteram as emoções

Larissa Agnez

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação

De acordo com uma pesquisa do Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos dos Estados Unidos, o estresse é um sentimento que acomete pessoas em nível mundial. No país norte-americano, por exemplo, do total de todas as consultas, 75% a 90%, correspondem por queixas relacionadas ao estresse. 

Sentimentos de estresse de curta duração fazem parte da vida. A emoção pode nos ajudar com o foco, melhorar nossa capacidade de solucionar problemas e atravessar situações difíceis. O estresse só se torna um problema, quando ele persiste, quando deixa de ser um sentimento passageiro e se torna crônico. Porém, na forma aguda tem uma função de proteção instintiva, relacionada a resposta de luta e fuga. 

De acordo com a Médica Mariana Suéte, especialista em dor, quando o estresse é crônico, é preciso observar quais os fatores que desencadeiam a sensação. "Pode relacionar-se a motivos externos como as preocupações com os relacionamentos, questões familiares, desafios e expectativas pessoais- relacionados ao trabalho ou internos, como se preocupar excessivamente ou ter pensamentos pessimistas e irracionais". A médica completa que fatores internos determinam a capacidade do individuo de lidar com o estresse. 

Estresse crônico 

Ele pode ter graves consequências emocionais como depressão, ansiedade, raiva exagerada, irritabilidade, sentimentos de solidão e opressão. Pode também refletir na cognição, como perda de memória, dificuldades de concentração, julgamento ruim de situações, negatividade e preocupação exagerada. Pode alterar o comportamento, causando distúrbios do sono, isolamento social e auto medicação; além dos problemas físicos, como piora da dor crônica, sintomas cardiovasculares e gastrointestinais, redução da libido e redução da imunidade com maior suscetibilidade a doenças.

Como lidar com o problema?

A médica Mariana Suéte explica que rir, é o melhor remédio. "Crianças riem, em média, 300 vezes ao dia, já os adultos 15 vezes ao dia. Quando rimos melhoramos o hormônio da adrenalina e do cortisol (que ajuda a controlar a emoção e diminuir o estresse)". 

Percebendo os sintomas 

Respiração ou batimentos do coração acelerados indicam mudança no estado do individuo. Reconhecer esses sintomas pode ajudar a controlá-los e identificar os fatores desencadeantes de estresse, além de desenvolver estratégias especificas para evitá-los ou lidar com eles.

Dicas

- Converse com os amigos e familiares: suporte social pode fornecer suporte emocional e motivacional para ação;

- Meditação mindfulness: estar presente no momento e reduzir seus pensamentos de passado ou futuro comprovadamente está relacionada a redução dos níveis de ansiedade e depressão;

- Melhorar a qualidade do sono: dormir pelo menos 8 horas por dia e estabelecer horários regulares para deitar e acordar é importante. Afinal, sono desregulado piora os níveis de estresse;

- Atividade física regular: praticar exercícios físicos libera endorfina, um hormônio de prazer e bem-estar, reduzindo o estresse;

- Alimentação saudável: dieta rica em vegetais, alimentos crus, oleaginosas e reduzir o consumo de alimentos industrializados pode aumentar o consumo de magnésio, zinco e vitaminas fundamentais para o bem estar.

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