Saúde

Vacinas da Janssen chegam ao ES nos próximos dias e serão aplicadas em 48 horas

Os imunizantes, aplicados em uma única dose, serão distribuídos para os municípios de Serra, Vitória, Vila Velha e Cariacica. O Espírito Santo aguarda a chegada das doses para distribuição

Bianca Santana Vailant

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação

As vacinas da Johnson, aplicadas em dose única, já estão no Brasil. De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, assim que as doses chegarem ao Espírito Santo, os municípios terão 48 horas para aplicação. A informação foi passada durante uma entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (22). 

De acordo com o secretário, as doses serão distribuídas apenas para os quatro maiores municípios da Grande Vitória: Serra, Cariacica, Vila Velha e Vitória. Assim que forem entregues, os municípios terão 24 horas para fazer o agendamento e 24 horas para aplicar todas as doses das vacinas Janssen. 

"Nós vamos manter o acordo com os 4 grandes municípios da Grande Vitória de aplicação da totalidade das doses recebidas da Janssen em 48 horas. Está mantido esse pacto com os municípios e as vacinas serão aplicadas exclusivamente aqui no G4", disse o secretário. 

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A vacina da Janssen

A vacina anticovid, desenvolvida pelo laboratório belga Janssen, braço farmacêutico da Johnson & Johnson, é o único imunizante que permite a aplicação em apenas uma dose

Segundo pesquisas, a vacina possui 66,9% de eficácia para proteger contra casos leves e moderados e 76,7% para casos graves. O imunizante já recebeu da  Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a aprovação para uso emergencial no Brasil e pode ser aplicado em pessoas com mais de 18 anos de idade.

O que determina a quantidade de doses recomendadas?

A pediatra Flávia Bravo, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), explica que são os testes clínicos que definem em quantas doses um imunizante precisa ser aplicado para provocar uma resposta imunológica do organismo.

No caso da vacina da Johnson, foi verificado que com apenas uma dose ele já atingia a eficácia necessária para sua aprovação de uso, que é de no mínimo 50%, de acordo com as recomendações da Organização Mundial da Saúde.

“Não há motivo para a escolha de vacinas, não significa que a da Johnson é melhor porque ela tem uma dose só, isso quer dizer que ela ficou equivalente às demais. Uma vacina de dose única facilita demais campanhas públicas de vacinação”, afirma a especialista.

O Ministério da Saúde negociou a compra de 38 milhões de doses da vacina, que chegariam apenas no terceiro trimestre, mas a pasta conseguiu antecipar 1,5 milhão de doses, que chegaram no país nesta terça-feira (22). 

Tecnologia semelhante à AstraZeneca

Assim como a Sputnik V e a vacina da AstraZeneca, o imunizante da Johnson é produzido por meio da tecnologia de adenovírus humano como vetor. Neste caso, é usado um adenovírus que causa resfriado comum que, ao ser modificado para desenvolver a vacina, não se replica e não causa resfriado.

Conforme descrito pela Janssen, um pedaço da proteína S do coronavírus é colocado dentro do adenovírus, que funciona como um transportador. Quando a pessoa recebe o imunizante, o corpo inicia um processo de defesa e produz anticorpos contra aquele invasor, o que cria uma memória no corpo contra o coronavírus.

*Com informações do Portal R7

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