Saúde

Ciclo menstrual pode ser afetado por fatores emocionais, alerta ginecologista

Tema será debatido em live do Estetoscópio, na próxima segunda-feira (20), no instagram do Folha Vitória

Larissa Agnez

Redação Folha Vitória
Foto: pexels

Durante a pandemia, relatos de menstruação atrasada ou adiantada e outras alterações de causas hormonais tornaram-se comuns nas redes sociais. Muitas mulheres que conhecem seus ciclos já associam esses acontecimentos ao aumento do estresse e ansiedade gerados pelo isolamento social. Quando falamos em menstruação atrasada, um dos primeiros pensamentos que vem à mente de uma mulher com vida sexual ativa é uma possível gravidez. Entretanto, são diversas as razões que levam uma mulher a não menstruar em alguns momentos da vida, desde a menarca (primeira menstruação) até a menopausa.

Mas como isso acontece?

Um ciclo menstrual geralmente dura 28 dias, podendo haver variação entre 21 e 35 dias, desde que mantenha o mesmo padrão. Segundo a ginecologista Thalita Domenich, o ciclo pode ser afetado tanto por fatores físicos quanto emocionais, que têm potencial de atrasar ou alterar a frequência da menstruação. 

"Níveis altos de estresse e ansiedade geram um pico de cortisol e adrenalina na região do cérebro responsável pelo controle dos hormônios, e isso pode alterar os níveis do hormônio progesterona, que equilibra o ciclo menstrual", explica a médica.

Para a menstruação voltar ao normal, recomenda-se identificar os fatores que estão causando estresse e tentar eliminá-los. "Meditação, exercício físico, controle do consumo de cafeína e boas noites de sono também podem ser úteis nesse processo", informa Dra. Thalita. 

Além disso, muitas mulheres optam pela utilização de anticoncepcionais orais para manter a menstruação regulada e controlar outras manifestações hormonais, como pelos e acne em excesso. "A maior parte das pílulas contém estrógeno e progesterona, hormônios sexuais que além de prevenir a gravidez, podem equilibrar os sintomas e o próprio sangramento de privação - como é chamada a menstruação de quem toma pílula", explicou a ginecologista. 

Fora o estresse e gravidez, há outras causas consideradas comuns para alteração no ciclo, como dietas restritivas e mudanças drásticas na alimentação; síndrome do ovário policístico; infecções ou doenças e obesidade. Em algumas dessas situações, é possível que o desequilíbrio menstrual venha acompanhado de oleosidade excessiva e acne na pele. Mas atenção: "se o atraso for superior a três meses, é necessário procurar um médico para investigar a causa", finaliza a Dra.

* Para saber mais sobre o assunto, acompanhe na próxima semana, a live Estetoscópio do Folha Vitória, que será realizada na segunda-feira (20), no instagram do jornal. 

Foto: Divulgação


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