Sábado é o Dia D de vacinação contra sarampo e poliomielite
Até o dia 31 de agosto as crianças devem ser levadas a uma unidade de saúde, mesmo as que já tenham sido vacinadas anteriormente
A Campanha Nacional de Vacinação contra o sarampo e a poliomielite está na segunda semana, e neste sábado (18) acontece o Dia D de vacinação em todo Espírito Santo. Durante todo o dia, os pais poderão levar os filhos de 1 ano até menores de 5 anos (4 anos, 11 meses e 29 dias) em uma das 539 salas de vacinação das Unidades de Saúde em todo Estado.
No Espírito Santo, o número de crianças a serem vacinadas até o final da campanha, dia 31 de agosto, é de 201.833, e a meta é imunizar 95% desse total. Até esta quarta-feira (15), foram vacinados 27,14% do público-alvo contra o sarampo e 27,64% contra poliomielite. Com este percentual de vacinação, o Espírito Santo segue abaixo da meta semanal de vacinação estabelecida pelo Ministério da Saúde, que é de 32% na segunda semana de campanha. A expectativa é que, até o próximo sábado, pelo menos 62% das crianças do público-alvo sejam vacinadas.
Até o dia 31 de agosto as crianças devem ser levadas a uma unidade de saúde, mesmo as que já tenham sido vacinadas anteriormente. É fundamental que os pais apresentem o cartão de vacina para que o histórico de vacinação da criança seja verificado. Caso esse documento tenha sido perdido, a criança deve ser levada para ser imunizada com a certidão de nascimento.
Há 18 anos o Espírito Santo não registra casos de sarampo. O último caso autóctone da doença registrado no Estado foi em 1999.
A coordenadora do Programa Estadual de Imunizações, Danielle Grillo, ressalta a importância de manter a vacinação em dia para a prevenção de doenças, mesmo aquelas que foram eliminadas no Espírito Santo ou no Brasil.
“Se a pessoa não estiver imunizada, o sarampo pode acometer qualquer faixa etária, mas os surtos que temos visto no Norte do Brasil têm acometido principalmente crianças menores de 5 anos. Vale ressaltar que, na criança, a doença pode ser mais grave, pois compromete o sistema imunológico. Além das complicações, como infecções respiratórias (pneumonia), o sarampo também pode provocar otites, doenças diarreicas, neurológicas e levar à morte”, disse.
Danielle destacou ainda que, além do sarampo, a vacina tríplice viral também protege contra a caxumba e a rubéola. “É importante dizer que o Brasil já registrou casos de sarampo em seis estados. Para manter a doença afastada, é fundamental manter alta e homogênea a cobertura vacinal, para evitar a reintrodução do vírus”, destacou.
Poliomielite
Para prevenir a poliomielite, as crianças devem ser vacinadas aos dois, quatro e seis meses com a vacina injetável (VIP) e depois aos 15 meses e 4 anos de idade com a vacina oral (VOP). A poliomielite está erradicada no Brasil desde 1990, mas existem casos em países da África e Ásia, por isso, é fundamental manter alta a cobertura vacinal para evitar o retorno da doença ao país.
Saiba mais
O que é sarampo?
O sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, grave, transmitida pela fala, por tosse e espirro, e extremamente contagiosa, mas que pode ser prevenida pela vacina. Pode ser contraída por pessoas de qualquer idade. As complicações infecciosas contribuem para a gravidade da doença, particularmente em crianças desnutridas e imunocomprometidas.
De acordo com o Ministério da Saúde, atualmente, o país enfrenta dois surtos de sarampo, em Roraima e Amazonas. Além disso, alguns casos isolados e relacionados à importação do vírus foram identificados em São Paulo, Rio Grande do Sul, Rondônia e Rio de Janeiro.
Sintomas
Febre alta, acima de 38,5°C; dor de cabeça; manchas vermelhas, que surgem primeiro no rosto e atrás das orelhas, e, em seguida, se espalham pelo corpo; tosse; coriza; conjuntivite; manchas brancas que aparecem na mucosa bucal conhecida como sinal de koplik, que antecede de 1 a 2 dias antes do aparecimento das manchas vermelhas.
Transmissão
A transmissão ocorre de quatro a seis dias antes e até quatro dias após o aparecimento da erupção da pele (exantema). O período de maior transmissibilidade ocorre dois dias antes e dois dias após o início do exantema. O vírus vacinal não é transmissível.
Prevenção
A vacinação contra o sarampo é a única maneira de prevenir a doença.