Você sabe o que é Esclerose Múltipla? Conheça a doença!
A doença acomete mais as pessoas entre 30 e 40 anos e atinge aproximadamente 35 mil brasileiros
A esclerose múltipla afeta 2,5 milhões de pessoas no mundo. Na maioria dos casos pessoas em torno dos 30, 40 anos. No Brasil, a doença atinge mais as mulheres jovens. Quando se trata de distúrbios sexuais relacionados à doença, os números são alarmantes. A ocorrência de disfunções em portadores da EM pode chegar a 90% entre os homens e varia de 55 a 75% nas mulheres, segundo o livro Sexualidade e esclerose múltipla.
De causa desconhecida, ela se caracteriza por afetar o sistema nervoso central provocando dificuldades motoras e sensitivas, que impactam diretamente na vida de seus portadores. Segundo especialistas, a prevalência de alterações da função sexual em indivíduos com esclerose múltipla é maior quando comparada à população geral.
Os sintomas mais comuns da esclerose múltipla são a perda de equilíbrio e coordenação motora, formigamento pelo corpo e perda de força e de visão. Esse conjunto de fatores é chamado de surto. A intensidade e o intervalo entre os surtos variam de acordo com o estágio em que o paciente se encontra, e pode deixar sequelas, dependendo da gravidade.
“Apesar do quadro delicado que os pacientes muitas vezes passam, é possível ter o controle da doença com o tratamento adequado, e menor impacto nas relações com as pessoas ou no envolvimento íntimo. Por isso, a importância de procurar rapidamente um especialista, assim que notar qualquer sintoma. Quanto antes o tratamento for iniciado, menor o risco do surto progredir e das sequelas serem graves”, alerta a médica neurologista, Vera Lúcia.
Tratamento aliado ao dia-dia do paciente
Embora ainda não haja uma cura, os tratamentos buscam reduzir a atividade inflamatória e os surtos, proporcionando uma melhora na qualidade da vida sexual dos pacientes.
O estudo BENEFIT, acompanhado ao longo de 11 anos pelos Comitês Americano e Europeu para Tratamento e Pesquisa em Esclerose Múltipla em Boston, Massachusetts, revela que o tratamento precoce com Betaferon (betainterferona-1b) diminui os efeitos das complicações motoras e sensitivas dos portadores em estágio inicial. “A atividade física também contribui para o tratamento do paciente”, complementa a neurologista.