Saúde

Cirurgia inédita de coração é realizada no noroeste do ES

O procedimento foi realizado em um hospital particular localizado em Colatina, por meio de uma técnica menos invasiva; não houve a necessidade de abrir o tórax do paciente

Foto: Divulgação / Pexel
Imagem ilustrativa. 

Um hospital particular em Colatina, foi o primeiro do Espírito Santo a realizar uma cirurgia de substituição da válvula aórtica transcateter (TAVI). O implante foi realizado no dia 30 de julho e trata-se de uma técnica voltada para pacientes de alto risco que, por falta de condições de saúde, é contraindicada a cirurgia de peito aberto (método tradicional).

O procedimento foi realizado pela equipe do cirurgião cardiovascular Schariff Moyses. O cirurgião Robson Oliveira Cerqueira, que faz parte da equipe e participou da operação, explica que a técnica escolhida é menos invasiva, sendo o implante da válvula realizado por meio de um pequeno corte abaixo do mamilo, sem necessidade de abrir o tórax do paciente. 

Foto: Divulgação / Pexel
Cirurgião Robson Oliveira Cerqueira. 

“Visando reduzir os riscos para nosso paciente, buscamos referências em diretrizes médicas europeias e americanas para definir a técnica mais adequada; e, respeitando as condições de saúde e idade, optamos pela via transapical. Foi um sucesso e ele já se encontra em recuperação”.

De acordo com o médico o TAVI normalmente é realizado via femoral, com acesso do cateter realizado por meio da artéria femoral na altura da coxa; porém, o paciente, o aposentado Joel Abiud Furlan, 84 anos, apresentava a via femoral anatomicamente desfavorável para o procedimento. “Esta técnica é recente, sendo inédita em Colatina”, conta.

Qualidade de vida 

Qualidade de vida e independência. Essa é a expectativa do bancário Edmar Furlan para o seu pai, senhor Joel que passou pelo procedimento inédito no noroeste capixaba. Ele conta que o pai já possui uma ponte de safena e stent e que a necessidade da nova cirurgia foi constatada durante consulta de rotina com o cardiologista João Miguel.

“Ficamos muito preocupados, principalmente em questão da qualidade de vida de nosso pai que já apresentava sinais de cansaço. Recebemos todas as informações e entendemos que, por conta do histórico dele, meu pai talvez não resistisse a uma cirurgia de peito aberto”, disse. 

Agora, Joel segue em recuperação.