Saúde

OMS: transtorno de hiperatividade atinge 2 milhões de brasileiros

Causas da doença ainda são desconhecidas, contudo, admite-se que resulta de uma alteração do neurodesenvolvimento.

Foto: Divulgação / Pexel
Problema costuma surgir na infância, mas os sintomas persistem na idade adulta, também levando a prejuízos funcionais variados. 

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, cerca de 4% da população adulta mundial têm o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Só no Brasil, o transtorno atinge aproximadamente 2 milhões de pessoas adultas. Muitas dúvidas e até informações incorretas cercam o problema. 

O transtorno foi descrito pela primeira vez em crianças, na literatura médica, em 1902, por um pediatra inglês. Trata-se de uma doença que conhecemos há um século, mas até hoje há dificuldade em seu diagnóstico e tratamento. Ao longo das últimas décadas, a doença foi incluída na classificação internacional das doenças da Organização Mundial da Saúde, e no manual de diagnóstico da associação psiquiátrica americana, ambos com critérios detalhados para considerar que alguém tenha o TDAH.

Causas 

Embora as causas do TDAH sejam ainda desconhecidas, admite-se que resulta de uma alteração do neurodesenvolvimento. Seu diagnóstico é feito através de uma avaliação clínica bem minuciosa com um profissional médico habilitado para que não haja dúvidas sobre o diagnóstico. Se não houver dúvidas, o tratamento do TDAH pode envolver abordagens psicológica, psicopedagógica e medicamentosa.

Tratamento 

Na maioria dos casos, o tratamento do TDAH é feito com medicações, os psicoestimulantes do sistema nervoso central. São medicamentos que foram criados em laboratórios por volta da década de 40 a 50, ou seja, eles têm, pelo menos, 60 anos de uso, o que nos proporciona uma boa experiência sobre estas medicações, seja reações e efeitos colaterais como também benefícios. Isso significa que o tratamento medicamentoso é bastante seguro e, em geral, tem resultados bastante satisfatórios.

É importante lembrar que o diagnóstico de TDAH, seja na criança, no adolescente ou adulto, deve ser feito com rigor, levando-se em consideração todos os critérios já estabelecidos pela Associação Americana de Psiquiatria e pela Organização Mundial de Saúde. Este cuidado irá evitar generalizações indesejáveis e medicações desnecessárias, principalmente nas crianças.

Em muitos casos, os sintomas persistem na idade adulta, também levando a prejuízos funcionais variados. O reconhecimento de que o adulto pode ser portador de TDAH é relativamente recente. Os critérios diagnósticos são similares aos da infância, e o tratamento envolve abordagens medicamentosas e psicoterápicas.


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