Saúde

Conheça as diferenças entre lubrificante e hidratante vaginal e saiba como cuidar da secura na região íntima

50% das mulheres no período da pós-menopausa sofrem com os sintomas da atrofia vaginal

Lubrificantes podem ser bons aliados para cuidar da saúde íntima

Ao longo da vida, a mulher passa por diversas transformações, tanto físicas quanto psicológicas. O corpo muda constantemente, principalmente devido a alterações hormonais, que podem influenciar direta ou indiretamente a função sexual feminina, resultando entre outros incômodos, no ressecamento da região íntima, também conhecido como secura vaginal. Essa condição é muito comum, principalmente no climatério, na pós-menopausa, no pós-parto e em mulheres que estão em tratamento quimioterápico.

Apesar de comum, a condição ainda é pouco discutida com profissionais de saúde, pois muitas mulheres têm vergonha e ficam desconfortáveis em falar sobre o problema. Além disso, as mulheres com idade mais avançada, na fase pós-menopausa, acreditam que o ressecamento vaginal faz parte do processo de envelhecimento e precisam conviver com a situação. Nesta fase, o quadro pode ser mais acentuado, pois de acordo com estimativas, até 50% das mulheres nesse período sofrem com os sintomas da atrofia vaginal, afinamento da camada de células que reveste internamente a vagina, sendo o ressecamento um dos principais incômodos.

“É importante que as mulheres sintam confiança em falar com seu médico sobre o problema, pois embora seja uma situação comum, ela pode ser contornada, independente da idade para assim resgatar a sua qualidade de vida e recuperar a autoestima, muitas vezes prejudicada por conta do ressecamento vaginal”, diz Dr. Luciano Pompei, médico ginecologista.

Uma das alternativas é fazer o uso de hidratantes íntimos, produtos não hormonais que ajudam a manter a umidade nas células da região íntima, proporcionando o restabelecimento da umidade local e, consequentemente, alívio do ressecamento na região íntima. É importante ressaltar que os hidratantes vaginais são diferentes dos chamados lubrificantes.

Dr. Pompei alerta que os produtos são para finalidades distintas. “Os hidratantes devem ser utilizados regularmente e têm efeito por prazo mais longo, já os lubrificantes são usados apenas na ocasião das relações sexuais”, explica. “Os lubrificantes atuam somente na diminuição do atrito momentaneamente, sem cuidar do ressecamento de fato, ao contrário dos hidratantes”.

Os hidratantes vaginais devem ser utilizados continuamente. Algumas formulações disponíveis no mercado contam com ácido hialurônico na composição, responsável pela alta hidratação nas paredes vaginais. É o caso do Hyalufem, hidratante íntimo lançado pela Abbott, empresa global de cuidados para a saúde. Outros benefícios da sua formulação são a ausência de parabenos (conservantes que podem causar irritação e desequilíbrio do pH vaginal) e derivados de petróleo.

No caso dos lubrificantes, utilizados antes da relação sexual, eles podem ser à base de água, silicone ou óleo. Algumas mulheres optam pelos produtos à base de água, pois são hipoalergênicos (não causam alergias) e não reagem com o látex da camisinha.

É importante ter em mente que o ressecamento vaginal tem solução, mas antes de fazer o uso de qualquer produto, seja o hidratante ou lubrificante, é importante procurar um especialista e seguir as orientações.

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