Saúde

Estado pode ser gravemente afetado pelo aquecimento global; veja os impactos para a saúde

Partículas químicas do efeito estão presentes no ar e, ao serem inaladas, percorrem todo o sistema respiratório do organismo humano

Larissa Agnez

Redação Folha Vitória
Foto: Folha Vitória
Espírito Santo tem experimentado períodos de secas intensas, que afetam adversamente várias áreas.

O Centro de Estudos Climáticos Avançados do Espírito Santo, criado pelo Governo do Estado em 2018, analisa os ciclos climáticos e sua influência na agricultura, recursos hídricos, logística e saúde. Na quarta-feira (11), o Jornal da TV Vitória/ Record TV, exibiu uma situação preocupante: a continuidade do ar seco, em função das mudanças climáticas. 

De acordo com o Governo do Estado mudanças climáticas vêm afetando o Brasil de várias maneiras, principalmente por meio de extremos climáticos mais frequentes e, muitas vezes, mais intensos. O Espírito Santo não foge à regra e tem experimentado períodos de secas intensas, que afetam adversamente várias áreas.

Os especialistas alertam para os efeitos nocivos que o aquecimento global pode causar na saúde dos capixabas. Além do desastre ecológico, do ponto de vista médico, a saúde humana sofre um grande dano, porque a inalação de gases poluentes é extremamente tóxica para o organismo.

Diversas partículas químicas se misturam com o ar e, ao serem inaladas, percorrem todo o sistema respiratório. Além disso, elas conseguem ultrapassar o tecido que reveste os órgãos internos, podendo atingir pulmões e até mesmo chegar à corrente sanguínea.

No mais grave dos casos, dependendo da quantidade inalada, as toxinas podem até mesmo causar a morte, devido à presença de monóxido de carbono comum em queimadas. O monóxido é um gás tóxico que impede o transporte de oxigênio para células do corpo. 

Consequências para a saúde 

- Falta de ar

- Tosse seca

- Ardência nos olhos e garganta

- Dificuldade de respirar

- Cefaleia

- Irritação ocular

- Dermatite

- Doenças respiratórias

Uma das consequências mais graves, que atinge principalmente idosos e crianças, é a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Segundo a Associação Brasileira de Portadores de DPOC, em dois anos a enfermidade será a terceira causa de mortes no mundo.

“Apesar da doença não ter cura definitiva, os tratamentos existentes hoje são muito eficazes para melhorar a falta de ar, diminuir o número de crises e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. O tratamento deve ser realizado por medicações inalatórias, preferencialmente. Para isso, o médico escolherá qual o melhor medicamento para ser usado e também qual o melhor tipo de dispositivo inalatório (bombinha) para cada paciente. Portanto, o tratamento será individualizado para que o paciente use a medicação corretamente”, revela o pneumologista Oliver Nascimento.

De acordo com Mauro Gomes, diretor da Comissão de Infecções Respiratórias da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia, pessoas acometidas pela DPOC são afetadas na realização de atividades simples, tendo dificuldade para cozinhar, subir um lance de escada ou passear com o cachorro. 

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