Saúde

Seu cabelo está caindo? Veja as principais causas do problema

Em um dia, por exemplo, é normal perder de 60 a 120 fios. Entretanto, a queda capilar passa a ser um problema quando ocorre em excesso

Bianca Santana Vailant

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação

Apesar das preocupações que surgem quando o assunto é queda de cabelos, trata-se de um processo natural do ciclo capilar. Em um dia, por exemplo, é normal perder de 60 a 120 fios. Entretanto, a queda capilar passa a ser um problema quando ocorre em excesso ou quando há atraso na reposição natural dos fios.

Segundo a especialista em queda capilar, distúrbios do couro cabeludo e  cosmetologia avançada, Jackeline Alecrim, quando a queda de fios ultrapassa o limite do que é considerado normal, é necessário ficar atento, uma vez que este é um indicativo de que algo está errado em sua saúde capilar.

“Existem, sim, fatores genéticos que contribuem para a queda de cabelo e para quadros de alopecias. Contudo, existem outros fatores que também podem desencadear o problema e que se não identificados e tratados podem agravar o problema”, explica.

Diante de uma diversidade de razões que podem influenciar a queda anormal dos fios, veja abaixo as principais:

Estresse

O excesso de estresse é prejudicial para a saúde do organismo como um todo, incluindo a saúde capilar.

“O estresse físico e/ou mental pode alterar o ciclo de desenvolvimento dos fios de cabelo, o que os faz cair. Nesse caso, é essencial reduzir a carga de estresse, que vai beneficiar não somente a saúde capilar, mas toda a qualidade de vida do indivíduo”, aconselha a especialista.

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Anemia

A anemia possui uma série de sintomas, como a palidez e o cansaço em excesso. Além disso, a queda de cabelo pode indicar um quadro da doença, uma vez que a falta de nutrientes afeta a saúde dos fios.

“Existem diversos tipos de anemias. Uma das mais frequentes é a anemia chamada ferropriva, que é causada pela falta de ferro. A parte fisiologicamente ativa do fio, que fica na região folicular, consome altas taxas de ferro e nutrientes para a sua diferenciação. Por isso, em quadros de anemia, essa privação faz com que os fios recebam menos sangue e oxigênio. Isso enfraquece o cabelo e deixa os fios fracos e suscetíveis não somente à queda, mas também à quebra”, aponta a especialista.

Uso de remédios

Muitas pessoas não sabem, mas algumas classes de medicamentos também contribuem para a queda de cabelo. Esse é o caso, por exemplo, dos antidepressivos e dos anticoagulantes.

“A queda de cabelo pode ser um efeito colateral do uso de alguns medicamentos. Além disso, existe a possibilidade de ser um agravante caso a queda já fosse um problema. Nesse caso, é essencial reportar os acontecimentos ao médico que receitou o remédio, para que o profissional possa avaliar a melhor solução e jamais abandonar o tratamento por conta própria”, pondera a cientista. 

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Queda de cabelo atinge 30% dos contaminados pela covid-19

Uma das sequelas mais comuns da covid-19 é a queda de cabelo. O problema atinge aproximadamente 30% das pessoas que tiveram diagnóstico de infecção por Coronavírus, e pode atingir homens e mulheres.

Essa queda de cabelo tem nome, é chamada de eflúvio telógeno. Apesar de comum nos casos de covid-19, também é observada em doenças como Zika e Chikungunya. O organismo reage ao vírus e acaba influenciando no ciclo capilar.

“A queda de cabelo pós covid-19 é uma realidade entre nós, este quadro se chama Eflúvio Telógeno e não chega a ser uma grande surpresa, pois o Eflúvio Telógeno é a queda de cabelo que ocorre após quadros infecciosos”, explicou Sandra Federici, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Segundo a especialista, geralmente o paciente começa a perceber os sintomas de 3 a 4 meses após o processo infeccioso. Mas essa não é a única explicação para a queda dos fios. 

“Outra causa de queda de cabelo relacionada à covid-19 é o estresse que toda a situação provoca. O próprio isolamento em si, as mudanças de hábitos e nas relações interpessoais, muitas perdas de entes queridos, emprego, home office, etc. Todos esses fatores levam ao desgaste emocional e por consequência ao eflúvio telógeno”, completou.


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