Saúde

Técnica desenvolvida no Brasil traz esperança de gravidez para mulheres que tiveram câncer

Três pacientes que tiveram câncer no útero já se submeteram ao procedimento, que foi um sucesso

Foto: Pixabay
Procedimento desloca úteros, trompas e ovários para parte superior do abdômen, mantendo-os saudáveis durante a radioterapia. 

Nova técnica desenvolvida no Brasil traz esperança de gravidez para mulheres que tiveram câncer no colo do útero. O sucesso desse novo método ganhou destaque internacional e está sendo utilizado por médicos de outros países. É o que mostra a reportagem do Programa Fala Brasil, da Rede Record TV, exibida no dia 18 de outubro. 

Mais de 500 mil mulheres são diagnosticadas com câncer de colo de útero todos os anos. Geralmente são mulheres jovens, que sonham em ser mães, mas tem o sonho desfeito pela doença. Portanto, essa realidade acaba de ser transformada pelo cirurgião oncologista brasileiro, Glauco Baiocchi Neto que usou pela primeira vez no mundo uma técnica cirúrgica que possibilita a gravidez mesmo depois da paciente passar por radioterapia.

"Todo órgão possui uma certa sensibilidade a doses da radioterapia. Principalmente os ovários, que são muito sensíveis a tal procedimento. E mesmo as doses mais baixas desse tratamento já são suficientes para esterilizar essa mulher", comenta o oncologista.

Técnica

Primeiro o tumor é retirado com margem de segurança. A nova técnica só é utilizada se o paciente precisar fazer radioterapia para diminuir a chance do câncer voltar. Numa segunda cirurgia são deslocados úteros, trompas e ovários para parte superior do abdômen. Os órgãos continuam funcionando neste novo espaço porque a vascularização só é parcialmente interrompida. Sem contato direto com a radioterapia os órgãos se mantém saudáveis e após o tratamento estão prontos para voltar para o lugar.

"O procedimento é uma possibilidade muito grande para as mulheres jovens que ainda não tem e desejam ter filhos, mas que precisam fazer radioterapia na pélvica, onde esse tratamento atingiria úteros e ovários, levando a esterilidade da mulher", conta Baiocchi.

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