Saúde

SUS terá central de atendimento a usuários com deficiência auditiva

Projeto piloto no Hospital Federal de Ipanema (RJ) facilita agendamento de consultas e acompanha realização de exames e procedimentos

Foto: Pixabay
Serviço começa a funcionar na próxima segunda-feira, 12 de novembro, no Rio de Janeiro. 

A rede federal do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro inaugura na segunda-feira (12/11) um serviço de atendimento, inclusão e acessibilidade a usuários com surdez ou deficiência auditiva do Sistema Único de Saúde (SUS). O novo serviço funcionará como piloto no Hospital Federal de Ipanema (HFI) e depois será estendido aos outros cinco hospitais federais da rede: Andaraí, Bonsucesso, Cardoso Fontes, Lagoa e Servidores do Estado. Segundo o IBGE (2010), o Brasil possui mais de 9,7 milhões de pessoas com deficiência auditiva.

O serviço, inédito nas redes de saúde do SUS no Estado do Rio, atuará no agendamento e acompanhamento pessoal em consultas, exames e demais procedimentos. Os agendamentos poderão ser realizados pelo telefone 3111-2444, que está disponível exclusivamente para este fim, por chamadas de vídeos via email/skype ([email protected]) e de forma presencial.

Coordenado pelo Departamento de Gestão Hospitalar (DGH) do Ministério da Saúde, o projeto tem como objetivo promover a comunicação entre o usuário surdo ou deficiente auditivo e o profissional da rede hospitalar federal no Rio de Janeiro. A iniciativa conta com a criação de uma central de facilitação no HFI. Localizada na sala de marcação de consultas, que fica no prédio da Unidade de Pacientes Externos (UPE), a central será operada pela profissional habilitada em Língua Brasileira dos Sinais (Libras) e facilitadora da comunicação para surdos e deficientes auditivos, Rafaela Martins.

De acordo com o diretor do Departamento de Gestão Hospitalar (DGH), Alessandro Magno Coutinho, após a implantação do serviço no HFI, o próximo passo será instalar uma Central de Intérpretes na sede do DGH, que atenderá aos seis hospitais da rede federal no Rio. “São cidadãos que têm necessidades e o direito de se comunicar e receber atendimento nos órgãos públicos de saúde, direitos garantidos constitucionalmente”, pondera.

O diretor do DGH lembra que pelo fato de não ouvir, e na maioria das vezes não falar, a maior dificuldade para o surdo é a comunicação. “Não é apenas um problema físico, mas, principalmente, social. Por isso, é importante pensarmos em ações específicas que permitam uma melhor inclusão social. E é precisamente isso que estamos promovendo, a inclusão e a acessibilidade dos deficientes auditivos no Sistema Único de Saúde (SUS).”

O Hospital Federal de Ipanema ofereceu todo o suporte de infraestrutura e de pessoal para o novo serviço. “Compreendemos que os direitos dos usuários com deficiência estão garantidos por leis específicas e pelo princípio da universalidade e equidade em saúde do SUS. Portanto, é nossa responsabilidade nos adequarmos a elas e o hospital sente-se honrado em dar o primeiro passo neste sentido no Rio de Janeiro”, destaca o diretor do HFI, Benito Accetta.

Pontos moeda