Saúde

Esclerose Múltipla: o que é o tratamento que Cláudia Rodrigues fará nos EUA

Técnica é realizada pelo médico e pesquisador brasileiro Marc Abreu em Yale. Custo do procedimento deve ficar em torno de R$ 26 milhões

Foto: Reprodução/Instagram - @claudia_rodrigues_oficial

Há 20 anos convivendo com a esclerose múltipla, a atriz e humorista Claudia Rodrigues vive em constante luta contra a doença. Atualmente, ela se prepara para uma cirurgia milionária que será realizada nos Estados Unidos entre março e abril do ano que vem.

Segundo a coluna Hora da Venenosa de Fabíola Reipert, no Balanço Geral/Record TV, para dar conta dos gastos (o procedimento custa R$ 26 milhões) a atriz chegou a colocar alguns imóveis à venda. Cláudia se disse otimista e esperançosa de retornar ao trabalho, após o tratamento.

O que é o procedimento?

O tratamento é novo e promete uma melhora de pelo menos 80% nas sequelas de quem tem esclerose múltipla. Existem, relatos de pacientes que passaram pelo tratamento e voltaram a andar. 

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O trabalho é fruto da pesquisa de um médico brasileiro na Universidade de Yale, nos Estados Unidos. Os resultados têm se apresentado surpreendentes no tratamento de outras doenças degenerativas como Alzheimer e Parkinson, também. 

Em maio deste ano, o JR Mundo, da Record TV conversou com o Dr. Marc Abreu. Segundo ele, o tratamento não invasivo vem conseguindo dar mais qualidade de vida aos pacientes submetidos à técnica.

"Este é o grande objetivo e a grande diferença deste tratamento. É a restauração da função perdida. Outros tratamentos anteriores, no passado, simplesmente conseguiam muito raramente diminuir a progressão. Aqui nos casos, os objetivos e são atingidos, é a restauração, por exemplo, o paciente que volta a lembrar o nome da família", contou.

Ainda de acordo com o pesquisador, existem diversos casos de pacientes brasileiros que chegaram para se tratar sem lembrar da esposa, dos filhos e conseguiram reconhecer os parentes novamente.

Já outros, com esclerose lateral amiotrófica, antes incapacitados de andar, conseguiram até mesmo voltar a dirigir.

Como é feito o tratamento?

O tratamento é feito por meio de um equipamento adequado, onde o cérebro do paciente é induzido a temperaturas altas (alta carga termodinâmica), rigorosamente controladas, ativando a produção das proteínas necessárias por meio do choque térmico. O tratamento não é invasivo e também não apresenta efeito colateral.

"Essas doenças são doenças de dobramento defeituoso de proteína. Esse dobramento leva a formação de um agregado tóxico. Este agregado tóxico é o que mata a célula cerebral", explica o médico. 

Marc disse ainda que é essa indução das proteínas de choque térmico que vem proporcionando a recuperação das funções antes comprometidas com as doenças degenerativas.

Entenda o que é a esclerose múltipla

A EM é uma doença crônica e degenerativa. Com o passar do tempo, compromete funções simples como andar, comer, falar e enxergar, por exemplo. Segundo dados da Biblioteca Virtual em Saúde, do Ministério da Saúde,  cerca de 2,8 milhões de pessoas em todo o mundo têm a doença. No Brasil, a estimativa é de que cerca de 40 mil pessoas têm a doença.

Grande parte dos pacientes com a esclerose múltipla é diagnosticada entre 20 e 40 anos de idade. A ocorrência é de duas a três vezes maior em mulheres do que em homens.

Sintomas mais comuns

1. Fadiga intensa: está entre os sintomas mais comuns e mais incapacitantes da esclerose múltipla. Trata-se de um cansaço intenso e momentaneamente incapacitante. É bastante comum quando o paciente se expõe ao calor ou realiza um grande esforço físico;

2. Alterações da fala e deglutição: palavras arrastadas, voz trêmula,  além da dificuldade para engolir líquidos, pastosos ou sólidos;

3. Transtornos visuais: visão dupla e visão embaçada;

4. Equilíbrio e coordenação: tremores, falta de equilíbrio, caminhada instável, vertigens e náuseas e falta de coordenação;

5. Transtornos cognitivos: processamento da memória;

6. Transtornos emocionais: quadros de ansiedade, de depressão,e alterações de humor;

Tratamentos e terapias:

Não há cura para a doença. De maneira geral, os tratamentos por meio de medicamentos buscam diminuir a atividade inflamatória. Isso contibui para a redução do acúmulo de incapacidades durante a vida do paciente. 

A neurorreabilitação é indispensável e ajuda a na redução da fadiga e de vários outros sintomas.

Existem ainda as terapias complementares e de apoio. O objetivo delas é a promoção da harmonia física e emocional dos pacientes o que auxilia na melhora da capacidade de realizar atividades do dia a dia.

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