As Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e de Alta Dependência de Cuidados (UADC) do Hospital Estadual de Urgência e Emergência São Lucas, em Vitória, estão com dois projetos para promover alegria e esperança para os pacientes.
A “Biblioteca Itinerantes – leitura que acolhe” e o projeto “Cores que cuidam – Arteterapia no Hospital” promovem leitura e arte para os pacientes cuidarem da mente durante o processo de recuperação física.
O acervo da biblioteca móvel conta com mais de 100 exemplares e ainda recebe novas doações. Os interessados em doar livros e revistas em bom estado de conservação podem enviar um e-mail para coordenaçã[email protected].
Além da leitura, os pacientes também podem estimular o lado artístico. Eles podem desenhar e pintar com a supervisão da equipe, que leva materiais até o leito, como tintas, pincéis, desenhos, canetinhas e lápis de cor.
A coordenadora das UTIs, UADC e hemodiálise, Jessica Sodré, e o enfermeiro referência da UADC e Nefrologia, Tiago Silva Pereira, ajudaram a desenvolver os projetos e são os responsáveis por incentivar a participação dos pacientes, da equipe e também por arrecadar novas doações.
Eles esperam que a leitura e a possibilidade de pintar, desenhar e desenvolver diferentes trabalhos manuais seja um estímulo para a criatividade e tornar os momentos no hospital mais agradáveis. As atividades também tem o objetivo de ajudar no processo de socialização e recuperação física através da saúde mental.
O projeto ainda está na fase de implementação, mas, segundo a coordenadora, já colheu frutos nos primeiros dois meses.
A ideia é fazer com que os pacientes internados na UTI e na UADC se sintam acolhidos e não percam o contato com o mundo exterior, aguçando a criatividade, estimulando os sentidos e tendo novas perspectivas, já que o tratamento não pode ser somente físico, mas integral, contou Jéssica Sodré.
O enfermeiro referência Tiago é defensor da arteterapia e destacou os benefícios que a prática de atividades manuais pode ter na recuperação de pacientes neurológicos. Além dos desenhos e da pintura, a ideia é expandir para outras práticas como o crochê.
“A arterapia tem inúmeros benefícios na recuperação, especialmente de pacientes neurológicos. Nossa ideia com o projeto ‘Neuroarte’ é inclusive acompanhar os pacientes e medir a evolução com o passar do tempo e após as atividades aplicadas, de forma que a gente consiga mensurar a melhoria e avançar nas terapias”, disse.