
À medida que os anos passam, é comum surgir a preocupação com a memória, o raciocínio e outras habilidades mentais.
Mas o que muitas pessoas ainda desconhecem é que nosso cérebro possui um verdadeiro “escudo invisível” que pode protegê-lo do impacto do envelhecimento e até retardar sintomas de doenças neurodegenerativas. Esse escudo se chama reserva cognitiva.
O que é reserva cognitiva
A reserva cognitiva é a capacidade do cérebro de se adaptar e encontrar caminhos alternativos para continuar funcionando bem, mesmo diante de lesões ou perdas naturais relacionadas à idade. Imagine um GPS recalculando a rota quando encontra um bloqueio: é mais ou menos isso que o cérebro faz quando possui uma boa reserva cognitiva.
E aqui está a boa notícia: essa reserva não depende apenas da genética. Ela pode ser construída e fortalecida ao longo da vida. Quanto mais estimulamos o cérebro com atividades desafiadoras, mais ele cria conexões neurais que funcionam como uma rede de proteção.
Como fortalecer sua reserva cognitiva
Estudos mostram que pessoas com maior nível educacional, envolvimento social, prática regular de leitura, aprendizado contínuo e hábitos saudáveis tendem a ter uma reserva cognitiva mais robusta.
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Isso não quer dizer que quem não teve acesso à educação formal está em desvantagem irremediável — o cérebro é plástico, ou seja, tem capacidade de mudar e se adaptar até em idades avançadas.
Nunca é tarde para começar
Portanto, nunca é tarde para começar. Aprender um instrumento musical, fazer palavras-cruzadas, participar de grupos de conversa, dançar, sair da rotina, meditar, caminhar ao ar livre… tudo isso fortalece a saúde do cérebro.
Como psicóloga, vejo diariamente o impacto positivo dessas práticas na vida de idosos que se mantêm ativos mental, social e emocionalmente. Cuidar do cérebro vai além da prevenção de doenças: é também um compromisso com a qualidade de vida, a autonomia e a autoestima.
Fica o convite: que tal investir hoje em algo que seu “eu do futuro” vai agradecer?