Mulher aplicando protetor solar
Imagem: Freepik

O protetor solar é um dos principais aliados na prevenção do câncer de pele e do envelhecimento precoce, mas é no verão que ele ganha destaque nas rotinas de skincare.

Com a chegada da estação mais quente do ano e com a maior exposição solar, o produto se torna ainda mais essencial. Entretanto, apesar de parecer uma tarefa simples, pequenos deslizes ao usar o protetor podem prejudicar a sua eficácia.

Desde a quantidade correta até a escolha da fórmula, perguntamos aos especialistas quais os principais erros e como evitá-los para melhorar a proteção.

1- Usar pouco produto

Muitas pessoas acreditam que só fazer o uso do produto já garante proteção. Entretanto, trazemos uma má notícia: usar a quantidade errada ou não reaplicar o protetor solar tem quase o mesmo efeito que não usar.

Segundo a dermatologista Julliana Soares, alguns truques podem ajudar a identificar a quantidade correta.

A quantidade ideal de protetor solar é de três dedos cheios para rosto e pescoço e cerca de 30 a 40 mL para o corpo todo. Outra forma de mensurar a aplicação correta é pela regra da colher de chá: no rosto, cabeça e pescoço utiliza-se uma colher de chá; em cada braço, uma colher de chá; em cada perna, duas colheres de chá; na parte da frente do tronco, uma colher de chá; e nas costas, uma colher de chá.

Julliana Rodrigues Soares, dermatologista da Bluzz Saúde

A dermatologista ainda chama atenção para a aplicação uniforme. Ela destaca que é essencial espalhar bem o produto para garantir proteção total.

“A falta de uniformidade cria falhas de cobertura, áreas com menos proteção que permitem a passagem da radiação UV”, complementa.

2- Esquecer de reaplicar o protetor solar

Reaplicar o protetor solar é essencial para garantir a eficácia. Imagem: Freepik

Além da quantidade, é importante estar atento ao tempo de reaplicação do protetor. Apesar de muitas pessoas acharem que basta usar o produto uma vez ao dia, isso não é verdade.

“Nenhum protetor solar dura mais do que três horas. Os bloqueadores solares são diferentes e duram mais, mas ainda assim precisam ser reaplicados”, explica o dermatologista Carlos José Cardoso.

Além disso, o especialista chama atenção para a reaplicação após entrar na água. Segundo ele, nesses casos, o protetor deve ser reaplicado independentemente de quando aconteceu a última aplicação.

3- Usar protetor só na praia

Outro erro comum, que faz muitas pessoas deixarem de utilizar o protetor, é acreditar que os danos à pele só acontecem na exposição ao sol. Cardoso explica que a prática de usar protetor somente na praia e na piscina, por exemplo, não é suficiente, já que o problema está na luz.

“O que envelhece não é o sol, é a luz. Mesmo no tempo nublado, a radiação só diminui 30%, ou seja, em qualquer local, o uso deve ser diário”, afirma.

Ricardo Montibeler Tiussi, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional Espírito Santo, explica que até mesmo em salas fechadas ou em carros com janelas que permitem a passagem da luz visível o uso do protetor é essencial.

“No dia a dia, estamos expostos ao mormaço e a luz visível do sol. Por exemplo, uma sala fechada com vidro tem a luz visível do sol penetrando e, mesmo que essa luz não cause câncer, ela causa manchas e o envelhecimento da pele”, complementa.

4- Usar protetor vencido ou mal armazenado

Também é essencial estar atento à data de vencimento dos produtos e ao modo de armazenamento. Julliana Soares explica que nesses casos o protetor perde a eficácia e não oferece a proteção adequada.

Além do FPS (fator de proteção solar) ser comprometido, isso também altera a textura do produto e aumenta o risco de irritações na pele.

“Para garantir a segurança e eficácia do seu protetor solar, armazene-o em local fresco, seco e protegido da luz direta do sol e do calor, é importante também substituir qualquer fórmula vencida ou que tenha mudado de cheiro, textura ou cor”, explica.

5- Escolher o produto errado ou com pouco FPS

A escolha do protetor solar varia de acordo com o tipo de pele. Imagem: Freepik

A escolha do produto também faz diferença. Tiussi explica que a escolha da fórmula (spray, creme, bastão, etc.) varia de acordo com as características da pele, como oleosidade ou maturidade, por exemplo.

Já a escolha do FPS também é variável. “Quem tem pele e olhos claros, muitas pintas, cabelos loiros, casos de câncer de pele na família ou mesmo já teve câncer deve usar um fator de proteção de, pelo menos 50”, indica. “Já pessoas de pele parda ou negra, podem usar protetores de fator 30.”

Outra dúvida comum é escolher entre o protetor com ou sem cor.

Os protetores sem cor, no geral, protegem só da radiação ultravioleta e não da luz visível. Se você quiser ter uma proteção completa contra o câncer de pele, contra o envelhecimento e contra o agravamento de doenças de pele, o ideal é escolher um protetor com cor.

Outra possibilidade é usar um protetor sem cor e depois uma maquiagem com FPS, já que o pigmento é o responsável pela proteção contra a luz.

Ricardo Montibeler Tiussi, Presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional Espírito Santo

Aline Gomes

Repórter

Jornalista pela Universidade Federal de Viçosa e estudante de Publicidade e Propaganda na Unopar, atuou como head de copywriting, social media, assessora de comunicação e analista de marketing. Atua no Folha Vitória como Editora de Saúde desde maio de 2025.

Jornalista pela Universidade Federal de Viçosa e estudante de Publicidade e Propaganda na Unopar, atuou como head de copywriting, social media, assessora de comunicação e analista de marketing. Atua no Folha Vitória como Editora de Saúde desde maio de 2025.