Você sabe a diferença entre dor aguda e dor crônica?

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Dra. Guacyra Muzzi

A DOR AGUDA é aquela com a qual todos nós estamos acostumados a lidar no dia a dia. Ela surge após lesões traumáticas, infecciosas ou inflamatórias, por exemplo, e funciona como um sinal de alerta do organismo, informando que algo está errado e que providências precisam ser tomadas. Espera-se que esta dor aguda desapareça tão logo haja o tratamento da causa inicial.

Entretanto, nem sempre a dor desaparece junto com a resolução da doença inicial! A dor que perdura por mais de 3 meses é considerada DOR CRÔNICA. Ela é o resultado de uma variedade de modificações bioquímicas no Sistema Nervoso Central do paciente, como se o sistema de proteção inicial fosse tão “bombardeado” a ponto de deixar uma memória de dor. Neste caso, a dor passa a ser considerada a própria doença, e daí vem a importância do médico especialista em dor com um olhar atento e treinado para identificar qual o tipo de dor crônica daquele paciente, e assim poder eleger o melhor tratamento de acordo com cada caso. Alguns fatores de risco, como: ansiedade, depressão e história de outra dor crônica no passado, podem contribuir para este processo de cronificação da dor.

A boa notícia é que hoje já dispomos de medicamentos, procedimentos intervencionistas em dor e outras terapias coadjuvantes que podem auxiliar tanto na prevenção quanto no tratamento da dor crônica, devolvendo qualidade de vida ao paciente e a todos que com ele convivem.

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Dra. Guacyra Muzzi

Médica Anestesiologista, especialista em Cuidados ao Paciente com Dor no Hospital Sírio Libanês. Especialista em Intervenção em Dor pela USP/ Ribeirão Preto. Responsável pelo ambulatório de Dor Oncológica do Hospital Santa Rita de Cássia. @draguacyramuzzi