O que aconteceu?
Um megavazamento de dados pode ter exposto mais de 16 bilhões de senhas de usuários de serviços da Apple, Google e Meta (controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp), segundo revelou a revista Forbes. A descoberta faz parte de uma investigação conduzida desde o início deste ano pelo portal Cybernews, especializado em segurança digital e pesquisa de atividades cibernéticas maliciosas.
Castelos de areia não resistem à maré digital, é hora de construir fortalezas.
Quais os principais riscos?
- Tomada de contas e golpes automatizados: com credenciais válidas, hackers podem invadir contas, realizar fraudes ou sequestrar contas corporativas.
- Phishing segmentado: informações específicas (e‑mail, plataforma usada etc.) facilitam golpes direcionados.
- Roubo de identidade e invasões: combinando dados, atacantes podem simular identidades e criar quadrilhas de ataque.
Quais medidas precisamos tomar a partir de agora?
1. Trocar todas as senhas, começando pelas contas mais críticas
- Priorize bancos, e‑mails e redes sociais.
- Use senhas longas e únicas para cada serviço.
2. Nunca reutilizar senhas
- Mesmo várias camadas de acesso são inúteis se a senha for a mesma.
- Utilize gerenciadores de senha confiáveis para criar e armazenar credenciais únicas.
3. Ativar autenticação multifator (MFA) sempre que possível
- Prefira métodos robustos como apps autenticadores ou chaves físicas FIDO2; evite SMS, que pode ser facilmente interceptado.
- Isso cria uma camada extra de defesa mesmo que a senha tenha sido exposta.
4. Aproveitar as passkeys (chaves sem senha), quando disponíveis
- Google, Apple e Microsoft já oferecem login por biometria ou dispositivo, o que elimina vulnerabilidades tradicionais.
- Adote passkeys em serviços que suportam (Gmail, YouTube, iCloud etc.).
5. Monitorar vazamentos e a dark web
- Use ferramentas como “Have I Been Pwned” (https://haveibeenpwned.com) uma plataforma gratuita criada pelo especialista em segurança cibernética Troy Hunt, com o objetivo de ajudar pessoas a verificarem se seus dados foram comprometidos em vazamentos de dados públicos. ou recursos dos próprios para identificar credenciais expostas.
- Ative alertas de segurança para atividades suspeitas.
6. Reforçar a segurança dos dispositivos
- Mantenha sistemas operacionais, antivírus e navegadores sempre atualizados.
- Instale ferramentas antimalware que bloqueiem infostealers.
- Baixe apps apenas de fontes confiáveis.
7. Reduzir exposição positiva
- Apague contas antigas que não usa mais. Isso reduz a superfície de ataque.
- Avalie privilégios de aplicativos conectados e revise periodicamente.
8. Educar usuários e equipes organizacionais
- Muitos ataques começam por phishing. Ensine sua rede a identificar e-mails e links falsos.
- Implante campanhas de conscientização na empresa: “como verificar URL, desconfiar de anexos, validar remetentes”.
Este vazamento de 16 bilhões de senhas é um alerta global sobre as fraquezas inerentes às senhas convencionais e a importância de uma ciber-higiene reforçada. Adotar senhas únicas, MFA, passkeys, monitoramento e manter os dispositivos protegidos fazem parte do caminho para reduzir os riscos desse mega-ataque.
A tecnologia pode ser uma valiosa aliada para todos nós, desde que seja utilizada de maneira equilibrada e segura, garantindo que todos nós tenhamos acesso seguro e informações confiáveis.
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