Empreendedorismo

Brasileiros invadem Lisboa em um dos maiores eventos de tecnologia do mundo

Brasileiros invadem Lisboa em um dos maiores eventos de tecnologia do mundo Brasileiros invadem Lisboa em um dos maiores eventos de tecnologia do mundo Brasileiros invadem Lisboa em um dos maiores eventos de tecnologia do mundo Brasileiros invadem Lisboa em um dos maiores eventos de tecnologia do mundo
Capa do Jornal português O Público de ontem exalta a quantidade de brasileiros na Web Summit
Capa do Jornal português O Público de ontem exalta a quantidade de brasileiros na Web Summit

Hoje não vou aqui me prender a agenda e abordagens do que é ou como está acontecendo o Web Summit em Lisboa. É notório para todos a importância de um evento tecnológico dessa magnitude que aterrissou em Portugal em 2016 e, com ele, um grande time de palestrantes de renome, uma enorme quantidade de startups de todo o mundo, jornalistas e participantes – nesta edição com pouco mais de 40 mil pessoas.

O que está impressionando, não apenas a mim, mas também grande parte dos colegas que como eu participam de todas as edições do evento em terras lusitanas, é a quantidade de brasileiros que atravessaram o atlântico, não apenas em busca de mais conhecimento, mas também como forma de divulgar e até internacionalizar seus negócios.

Afinal, Portugal pode ser sim um novo mercado para qualquer startup brazuca. Além disso, oferece também um primeiro contato e um preparo à entrada no mercado europeu.

Os brasileiros ultrapassaram, e muito, os principais países emissores, como os holandeses, irlandeses, indianos, e até os nossos vizinhos espanhóis, por mais incrível que isso seja de acreditar.

A circulação de brasileiros pelos corredores do evento nada tem a ver com as primeiras edições por aqui, das quais me via quase sozinho. Em todos os segmentos, seja da medicina às fintechs, do esporte à comunicação, há sempre um corredor da feira expondo participantes de todo mundo.

Nem a dificuldade do câmbio evitou que centenas de brasileiros de quase todos os Estados pudessem expor ou apenas visitar o Web Summit. E isso não passou desapercebido pela mídia portuguesa.

Ontem, o diário O Público – um dos principais jornais do país – publicou o título “Web Summit 2021” logo na sua foto de capa com a seguinte frase: “Brasileiros em força num evento que este ano tem menos gente”.

Infelizmente, a maior parte das startups tupiniquins ainda encontra-se despreparada para
movimentar-se em território estrangeiro. Em grande parte das minhas interlocuções, e também de alguns amigos investidores às startups brasileiras, podemos perceber a forma de abordagem um pouco desconexa com o público europeu, acostumado a uma conversa um pouca mais técnica e cética, por sua personalidade mais fria.

A falta de uma melhor preparação antecipada do “pitch”, e o pouco foco no material e clareza das apresentações atrapalham um “pushing” dos brasileiros e respondem ao fato de muitos não estarem a ter tanto sucesso em sua passagem no ambiente negocial.

Apesar do “clima” da feira ser bastante relaxante para o estilo europeu, isso não significa uma forma exageradamente despojada e impessoal dessas startups verde e amarelas.

O que pode ajudar é aquele jeito alegre, mas devem se lembrar que não estão aqui para turismo e estão em contato com outras culturas. Bons números à mostra, foco, planejamento e uma abordagem correta é o que funciona por aqui.

Mas tudo é um aprendizado, e como em todo início, cabe dar o primeiro pontapé.

Nessa linha, dá gosto de ver alguns empresários capixabas que chegaram com o dever de casa feito e, diante disso, com certeza obterão resultados.

As oportunidades não podem ser desperdiçadas. Precisam ser aproveitadas da melhor forma!