
A Black Friday chega à sua 15ª edição totalmente consolidada como um dos principais eventos do varejo no Brasil. Prevista para acontecer na próxima sexta feira, a data deve mais uma vez ter seu maior destaque no ambiente online. As projeções indicam que o e-commerce pode alcançar um novo recorde, com faturamento estimado em R$ 13,34 bilhões, um crescimento de 14,74% em relação ao ano passado.
A Black Friday mobiliza milhões de consumidores em busca de ofertas, e o cenário é perfeito também para quem age de má-fé. O período mais crítico para golpes é exatamente esta semana que antecede a Black Friday. A busca por promoções dispara, assim como o volume de mensagens falsas.
À medida que o volume de buscas aumenta, grupos especializados em golpes digitais se movimentam para aplicar fraudes capazes de enganar até usuários experientes. Phishing, anúncios falsos, sites clonados e links maliciosos são alguns dos métodos mais comuns, todos com uma única intenção, capturar dados e levar seu dinheiro.
E por que isso acontece justamente agora? Simples, na pressa de aproveitar uma promoção “imperdível”, muita gente pula etapas essenciais de verificação. E é exatamente aí que os golpistas se aproveitam. Filtros emocionais como empolgação, urgência e medo de perder a oferta deixam o consumidor vulnerável e menos crítico.
Golpes mais comuns nesta Black Friday
Estudos recentes mostram que o Brasil registrou mais de 553 milhões de ataques de phishing no último ano, uma média impressionante de 1,5 milhão por dia. Já foram identificados milhões de tentativas de fraude envolvendo links falsos, mensagens enganosas e páginas que imitam lojas conhecidas.
Durante o período da Black Friday, esse tipo de golpe dispara, chegando a registrar aumentos superiores a 600% em campanhas criadas especialmente para enganar consumidores. Esses números confirmam que o phishing segue como o golpe mais comum e perigoso do momento, exigindo atenção redobrada de quem pretende aproveitar as promoções com segurança.
Entre os principais golpes monitorados por especialistas em cibersegurança, cinco chamam atenção pelo volume e velocidade de disseminação:
1. Sites falsos que imitam grandes varejistas: os criminosos copiam cores, logos e até páginas de checkout. A única diferença costuma estar no domínio, muitas vezes contendo variações imperceptíveis de marca, como “promo” ou “ofertas” no nome.
2. Ofertas enviadas por SMS, WhatsApp e redes sociais: as mensagens prometem descontos de 70% a 90%. Algo que já deveria levantar suspeita. Ao clicar, o usuário é levado a páginas que capturam dados pessoais e bancários.
3. Phishing por e-mail: e-mails cuidadosamente produzidos se passam por lojas conhecidas e direcionam o consumidor para links maliciosos. Alguns golpes incluem até QR Codes falsos.
4. Golpe do “produto reservado”: lojas falsas criam a impressão de que o consumidor “ganhou prioridade” em um produto esgotado. Para garantir a compra, a pessoa deve pagar com Pix e nunca recebe o item.
5. Perfis falsos no Instagram e TikTok: perfis que parecem profissionais anunciam promoções irresistíveis, muitas delas com vídeos e depoimentos fabricados com IA generativa.
Dados recentes apontam que 24% dos brasileiros com 16 anos ou mais sofreram pelo menos um golpe digital no último ano, o que representa mais de 40 milhões de pessoas. Em 2024, os casos de estelionato por meios eletrônicos cresceram 17% em relação a 2023, atingindo cerca de 281 mil registros, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Já em fevereiro de 2025, foram identificadas mais de 1,1 milhão de tentativas de fraude evitadas pela Serasa, um aumento de 37,4% sobre o mesmo mês no ano anterior.
Esse cenário mostra que os tipos de golpe que listamos (sites falsos de varejistas, ofertas enganosas, phishing, “produto reservado” via Pix e perfis falsos em redes sociais) estão inseridos numa onda crescente de ataques sofisticados.
Como se proteger sem complicação
Em 2024, o setor de comércio eletrônico brasileiro registrou cerca de 2,8 milhões de tentativas de fraude, movimentando aproximadamente R$ 3 bilhões em valor estimado das tentativas. Hoje, mais de 1,6 milhões de fraudes via WhatsApp já foram identificadas em 2025, além de cerca de 1,5 milhões de ataques de phishing.
E quando se fala em Pix, o volume assusta, entre janeiro e setembro de 2025, foram 28 milhões de fraudes envolvendo esse meio de pagamento. Essas estatísticas reforçam que os golpes listados não são meramente hipóteses, mas parte de uma onda crescente e bem documentada.
A boa notícia é que, mesmo com tantos riscos, algumas práticas simples podem blindar sua experiência de compra. Confira como identificar sinais de perigo, proteger seus dados e garantir uma compra segura.
1. Verifique o domínio antes de pagar: evite sites com URLs estranhas, números aleatórios ou terminações incomuns. Priorize domínios com “.com.br”.
2. Pesquise a reputação da loja: Reclame Aqui, redes sociais e avaliações recentes ajudam a identificar problemas.
3. Evite pagar via Pix em lojas desconhecidas: Pix é ótimo para lojas confiáveis, mas em páginas suspeitas a chance de golpe aumenta.
4. Desconfie de descontos acima de 60%: ofertas “milagrosas” costumam ser iscas para capturar dados.
5. Ative autenticação em duas etapas em todos os serviços: isso reduz drasticamente o risco de acessos indevidos.
6. Use cartão virtual para compras rápidas: ele cria um número temporário, reduzindo o impacto de vazamentos.
7. Nunca clique em links recebidos de desconhecidos: golpes chegam principalmente por WhatsApp e redes sociais.
Detector de Site Confiável
Para ajudar os consumidores a fazer compras mais seguras durante a Black Friday, o Reclame AQUI aposta em tecnologia para reforçar a confiança. A plataforma oferece o Detector de Site Confiável, uma ferramenta gratuita que permite avaliar rapidamente se um endereço suspeito merece ou não credibilidade.
O funcionamento é simples: o usuário cola o link do site na página do Detector e, em poucos segundos, o sistema analisa uma série de informações técnicas e de reputação, como domínio, tempo de registro, país de origem e o histórico daquela empresa no Reclame AQUI. Com esses dados, o consumidor recebe um diagnóstico claro sobre o nível de segurança da loja.
É, na prática, um verdadeiro check-up digital antes de inserir dados pessoais ou do cartão. O Detector enxerga sinais que passariam despercebidos pela maioria das pessoas e entrega uma avaliação rápida. Em um cenário em que golpes se sofisticam a cada ano, esse tipo de verificação se torna essencial.
Clique aqui: https://www.reclameaqui.com.br/detector-site-confiavel/

A tecnologia pode ser uma valiosa aliada para todos nós, desde que seja utilizada de maneira equilibrada e segura, garantindo que todos nós tenhamos acesso seguro e informações confiáveis.
Compartilhe com a gente as suas experiências, ou se precisar esclarecer alguma dúvida entre em contato, será uma satisfação para nós poder te ajudar de alguma forma. Fique sempre ligado no Folha Digital.