
A OpenAI oficializou sua chegada ao Brasil com a abertura de um escritório em São Paulo. Até então, a operação por aqui contava apenas com dois colaboradores atuando remotamente.
A novidade vai muito além de um endereço físico, o espaço será um ponto de encontro para a comunidade, onde serão realizados treinamentos e iniciativas ligadas à Inteligência Artificial. A proposta é semelhante ao que o Google já faz no país, criando um ambiente para troca de conhecimento e conexão com diferentes públicos.
Por que o Brasil?
O motivo da escolha não surpreende, mais de 50 milhões de brasileiros já usam o ChatGPT todos os meses, gerando cerca de 140 milhões de mensagens. Números que colocam o país como um dos maiores mercados para a empresa no mundo.
A nova base em São Paulo não será apenas um escritório de representação. A OpenAI pretende aproximar-se de startups, desenvolvedores, universidades e empresas, oferecendo encontros, treinamentos e criando um espaço de colaboração para ampliar o uso responsável e inovador da inteligência artificial.
O novo escritório em São Paulo faz parte da jornada de expansão global da OpenAI, que já abriu recentemente unidades em Tóquio, no Japão e Dublin.
Brasil no topo do ranking da OpenAI
Em seu primeiro estudo dedicado exclusivamente ao mercado brasileiro, a empresa revelou que o Brasil já figura entre os três maiores mercados do mundo em volume de uso da plataforma, um sinal claro de que a tecnologia conquistou espaço por aqui.
A abertura da unidade em São Paulo, segundo a OpenAI, tem o objetivo de aproximar ainda mais a companhia do ecossistema nacional, que mostra uma energia impressionante na adoção da inteligência artificial.
Existe um entusiasmo enorme em torno da IA no Brasil. Startups estão crescendo com velocidade e grandes companhias já incorporam essas soluções em suas rotinas de negócio, destacou Brad Lightcap, diretor de operações (COO) da OpenAI.
A chegada acontece em um momento em que o Marco Legal da Inteligência Artificial (PL 2338) está em debate no Congresso. Durante o Rio Innovation Week, Nicolas Andrade, diretor de políticas da OpenAI para América Latina e Caribe, destacou um ponto sensível: incluir direito autoral dentro da regulação da IA pode criar um “pedágio caríssimo”, algo que não se vê em outros países.
Se por um lado a novidade traz otimismo para a comunidade tecnológica, por outro a empresa enfrenta debates acalorados. Um exemplo é a ação judicial movida pelo jornal Folha de S.Paulo, que questiona o uso de conteúdos jornalísticos protegidos por direitos autorais.
O que esperar daqui pra frente?
- Mais diálogo: a OpenAI estará mais próxima de quem cria e consome tecnologia no Brasil.
- Mais inovação: o país se consolida como polo de experimentação em IA.
- Mais responsabilidade: será essencial acompanhar como a regulação vai equilibrar avanços tecnológicos e proteção de direitos.
A chegada da OpenAI é um marco para o Brasil. Mostra que não somos apenas consumidores de tecnologia, mas também protagonistas em um debate global sobre como a inteligência artificial pode, e deve, transformar a sociedade.
A tecnologia pode ser uma valiosa aliada para todos nós, desde que seja utilizada de maneira equilibrada e segura, garantindo que todos nós tenhamos acesso seguro e informações confiáveis.
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