Nos últimos anos, o conceito de trabalho passou por mudanças profundas. Cada vez mais, os profissionais valorizam ambientes que ofereçam flexibilidade, autonomia e equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Já não basta apenas um bom salário ou benefícios tradicionais. Os colaboradores buscam qualidade de vida, propósito e a possibilidade de exercer a criatividade no dia a dia.
O peso dos benefícios e vantagens
Pesquisas apontam que planos de saúde, férias remuneradas e previdência ainda estão entre os itens mais valorizados. No entanto, há um destaque crescente para horários flexíveis, bônus por desempenho e espaços de trabalho que estimulem colaboração e bem-estar. Muitos trabalhadores afirmam que estariam dispostos até a abrir mão de parte do salário em troca de um modelo de trabalho mais flexível.
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Esse movimento demonstra que os benefícios não são apenas uma questão de custo para a empresa, mas também uma forma de atrair e reter talentos em um mercado cada vez mais competitivo.
Flexibilidade como diferencial estratégico
O horário flexível deixou de ser um privilégio restrito a poucas funções e passou a ser visto como um fator decisivo para engajamento e produtividade. Funções que exigem presença física podem ter limitações, mas ainda assim existem alternativas: rodízio de plantões, maior autonomia na gestão de tarefas e até incentivo ao uso de tecnologias que ampliem a mobilidade do trabalho.
Além disso, a chave para que o modelo funcione é a combinação de autonomia com responsabilidade. Funcionários que sabem exatamente o que se espera deles e têm clareza nos resultados a entregar conseguem aproveitar melhor a flexibilidade sem comprometer a performance.
Criatividade no centro da inovação corporativa
Outro ponto essencial é a valorização da criatividade em todas as funções. Mesmo atividades aparentemente operacionais podem se beneficiar de novas ideias, seja ao atender clientes de forma personalizada, seja ao simplificar processos internos. Quando os colaboradores entendem que sua contribuição criativa é bem-vinda, aumenta o senso de pertencimento e o engajamento.
Sobre modelos de trabalho
Engaja S/A / FGV-EAESP & Grupo Talenses (2024/2025): um levantamento com milhares de trabalhadores de todas as regiões do país revelou que o modelo híbrido apresenta maiores níveis de engajamento do que o presencial puro. Profissionais que trabalham todos os dias no escritório demonstram cerca de 12% a menos de engajamento em comparação aos que atuam no formato híbrido. Além disso, esse modelo também mostrou melhores índices de satisfação e desenvolvimento.
O trabalho híbrido não apenas equilibra a vida profissional e pessoal, mas também fortalece o vínculo entre colaborador e empresa.
ABRH Brasil + Umanni “O Cenário do RH no Brasil” (2025): o estudo com milhares de profissionais de RH aponta um cenário de divisão quase igual entre empresas que mantêm a rotina presencial e aquelas que optaram pelo modelo híbrido, ficando o trabalho totalmente remoto restrito a uma minoria.
O Brasil caminha para uma consolidação do híbrido como padrão, sem, no entanto, abandonar o presencial, especialmente em setores que exigem maior interação física.
Relatório Great Place To Work: segundo dados recentes, quase metade das empresas brasileiras ainda operam de forma 100% presencial, enquanto o trabalho remoto puro se tornou raro. Muitas organizações que antes estavam totalmente em home office migraram para modelos híbridos.
A experiência da pandemia deixou claro que o remoto total é viável, mas o híbrido oferece um equilíbrio mais sustentável para empresas e colaboradores.
Pesquisa JLL / EY: um panorama nacional mostrou que a esmagadora maioria das empresas brasileiras já adota algum tipo de modelo híbrido. Dentro desse grupo, o arranjo mais comum é de dois dias presenciais e três remotos. O formato totalmente remoto, por outro lado, permanece restrito a uma parcela bem menor.
As empresas perceberam que o híbrido traz ganhos de produtividade e redução de custos, sem abrir mão da convivência necessária para a cultura organizacional.
As pesquisas revelam um ponto em comum: o modelo híbrido é a tendência dominante no Brasil. Ele equilibra as necessidades das empresas com o desejo dos profissionais por flexibilidade, promove engajamento e, ao mesmo tempo, preserva a colaboração presencial. Já o trabalho 100% remoto, apesar de atrativo para alguns, ainda é exceção, e o modelo exclusivamente presencial mostra sinais de desgaste frente às novas expectativas do mercado.
O papel dos líderes
Mais do que benefícios, o que realmente faz a diferença é a liderança inspiradora. Gestores capazes de oferecer feedbacks claros, incentivar a inovação e manter conversas de desenvolvimento constantes criam ambientes de confiança. Nesses espaços, os funcionários se sentem seguros para propor soluções, experimentar novas formas de trabalho e buscar resultados cada vez melhores.
O futuro do trabalho
Seja no formato remoto, presencial ou híbrido, a mensagem é clara, os trabalhadores querem mais do que um local para executar tarefas, eles desejam experiências de crescimento, reconhecimento e equilíbrio. Empresas que entenderem esse movimento sairão na frente na disputa pelos melhores talentos.
📢 Durante este mês, estaremos publicando uma série de matérias especiais voltadas para a Cultura Organizacional nas empresas, trazendo insights, práticas recomendadas e exemplos de como organizações de diferentes setores estão transformando sua forma de liderar, engajar e desenvolver pessoas.
A tecnologia pode ser uma valiosa aliada para todos nós, desde que seja utilizada de maneira equilibrada e segura, garantindo que todos nós tenhamos acesso seguro e informações confiáveis.
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Empresário no mercado de tecnologia, foi eleito um dos melhores Gerentes de TI do Brasil, é Coordenador da ExpoTI, Palestrante e Presidente do HDI-Brasil no ES. www.jacksongalvani.com.br
