Tecnologia em alta velocidade: O que leva empresas tech a investirem milhões na Fórmula 1

Quando a Temporada 2025 da Fórmula 1 cruzou a linha de chegada, uma coisa ficou ainda mais evidente: a F1 deixou de ser apenas automobilismo, virou grande laboratório tecnológico em movimento. E, como todo bom laboratório de elite, está cercado de empresas que enxergam ali não só visibilidade global, mas um ecossistema perfeito para testar, validar e acelerar inovações que depois chegam ao nosso dia a dia.

De nuvem a IA, de chips a cibersegurança, de análise de dados a conectividade 5G, a F1 virou um palco onde tecnologia é tão valiosa quanto cavalos de potência.

Mas… o que leva tantas empresas de tecnologia a despejar milhões de dólares nas equipes? E quais tecnologias realmente tornam um carro de F1 uma máquina extremamente tecnológica?


Por que as empresas de tecnologia investem pesado na Fórmula 1?

A Fórmula 1 deixou há muito tempo de ser apenas um esporte de velocidade; tornou-se um gigantesco ecossistema de inovação onde cada curva, cada pit stop e cada milésimo de segundo carregam “toneladas” de dados, engenharia avançada e inteligência artificial.

Para as empresas de tecnologia, investir na F1 é entrar em um palco global onde suas soluções são testadas sob pressão extrema, ganham visibilidade premium e se conectam diretamente com um público apaixonado por performance. É marketing, é pesquisa e desenvolvimento, é posicionamento estratégico. Tudo embalado no ambiente mais competitivo e tecnológico do planeta.

A F1 é hoje o ambiente perfeito para empresas tech por grandes razões:

1. A F1 é o maior data center sobre rodas do planeta: um único carro gera entre 1 e 1,5 terabytes de dados por fim de semana. Na prática, é como se cada monoposto fosse um “supercomputador de 350 km/h”, transmitindo dados de:

  • telemetria em tempo real
  • consumo de pneus
  • temperatura do motor
  • fluxo aerodinâmico
  • gestão de energia híbrida (ERS)
  • estilo de pilotagem

Empresas de cloud computing, IA, analytics e edge computing encontram aqui o palco ideal para demonstrar vantagens competitivas.

2. Exposição global em um esporte premium: a Fórmula 1 é, hoje, um dos maiores palcos de visibilidade premium do planeta, e isso explica por que tantas empresas de tecnologia disputam espaço nas asas, sidepods e macacões do grid. Estamos falando de um esporte transmitido para mais de 200 países, acompanhado ao vivo por uma audiência colossal e amplificado por uma máquina digital que gera quase 2 bilhões de impressões por ano nas redes sociais.

Cada ultrapassagem, cada parada de box e cada cena de bastidores se transforma em conteúdo viralizado em segundos. E nesse cenário, a marca que aparece no carro não está apenas “patrocinando”: ela está associando sua identidade a atributos que o público valoriza profundamente: inovação, precisão, performance, velocidade e tecnologia de ponta.

A F1 cria uma espécie de halo premium que poucas plataformas no mundo conseguem replicar. Para uma empresa de cloud, IA, semicondutores ou cibersegurança, figurar ao lado de máquinas que representam o limite da engenharia moderna é quase como carimbar um selo global de excelência. É branding, claro! Mas é branding no ambiente mais aspiracional que existe.

3. Teste extremo de tecnologias que depois são aplicadas em outros mercados: muita tecnologia usada hoje em carros comuns, aviões, wearables e data centers nasceu na F1. As empresas veem ali um ambiente de pressão máxima, onde qualquer solução é levada ao limite e, se passar no teste, está pronta para o mundo real.

4. Proximidade com engenharia de ponta e talentos raros: outro motivo que torna a Fórmula 1 um imã para empresas de tecnologia é a proximidade com um dos ecossistemas mais avançados de engenharia do mundo. As equipes de F1 são verdadeiros centros de excelência, reunindo físicos, matemáticos, engenheiros aeroespaciais, cientistas computacionais e especialistas em inteligência artificial que operam no limite da criatividade e da precisão técnica.

Para corporações que disputam diariamente a chamada “guerra do talento”, estar nesse ambiente significa acesso direto a profissionais raros, inovadores por natureza e acostumados a resolver problemas complexos em velocidade máxima. Patrocinar a F1 não é apenas exibir uma marca na carenagem, é participar de um ecossistema onde nascem soluções, modelos e métodos que redefinem o futuro da tecnologia, atraindo mentes brilhantes que qualquer empresa gostaria de ter em seu time. A equipes de F1 atraem:

  • físicos
  • matemáticos
  • engenheiros aeroespaciais
  • cientistas computacionais
  • especialistas em IA

Para empresas que guerreiam pela “guerra do talento”, esse é um campo fértil.

5. A Fórmula 1 virou entretenimento global e a tecnologia movimenta esse show

A Fórmula 1 deixou de ser apenas um campeonato esportivo para se transformar em um fenômeno global de entretenimento, impulsionado sobretudo pelo impacto de Drive to Survive, da Netflix. A série abriu as cortinas dos bastidores, humanizou pilotos e engenheiros e transformou narrativas técnicas em drama, rivalidade e emoção. Elementos que conquistaram uma nova geração de fãs.

Esse novo público, majoritariamente jovem, altamente digital e conectado, passou a consumir F1 como consumo cultural, não apenas esportivo. Lives, podcasts, cortes virais, análises técnicas e conteúdos multimídia explodiram nas redes sociais, ampliando drasticamente o alcance da categoria. E onde há atenção jovem, há interesse de marcas de tecnologia.

Esse público é formado por usuários de smartphones de ponta, gamers, consumidores de cloud services, IA, wearables e inovação. Assim, empresas tech enxergam na F1 um palco onde sua marca não apenas aparece, ela conversa com seu público natural, reforça identidade, cria aspiração e se conecta com um estilo de vida movido pela combinação perfeita entre velocidade, inovação e entretenimento. Logo, as marcas querem estar onde esse público está.


Principais empresas de tecnologia que patrocinam equipes de F1 (Temporada 2025)

A seguir, a lista das marcas tech presentes na F1 em 2025 e suas equipes.


Mercedes-AMG Petronas

  • TeamViewer – Conectividade remota
  • AMD – Processadores de alta performance
  • CrowdStrike – Cibersegurança e proteção contra ataques
  • Zuora – Plataformas de assinatura
  • Qualcomm (Snapdragon) – Processamento e conectividade de borda

Red Bull Racing

  • Oracle – Cloud e machine learning aplicadas à estratégia
  • Bybit – Plataforma tecnológica de ativos digitais
  • Zoom – Comunicação e colaboração global
  • Citrix – Virtualização

Ferrari

  • AWS (Amazon Web Services) – Nuvem e processamento de Big Data
  • Qualcomm – Conectividade
  • Santander Tech Labs – Soluções de dados e automação
  • VistaJet Tech – Logística aérea inteligente

McLaren

  • Google – Uso de Android, Chrome e Google Cloud
  • Cisco – Infraestrutura de redes
  • Dell Technologies – Servidores e hardware de processamento
  • Splunk – Observabilidade e análise de dados
  • Garmin – Tecnologia de wearables e performance

Aston Martin

  • Aramco (Tech Division) – Simulações químicas e energéticas
  • Cognizant – Consultoria e TI
  • Juniper Networks – Redes avançadas

Williams

  • Duracell Tech – Pesquisa em baterias
  • Acronis – Cibersegurança e backup
  • Williams Advanced Engineering – Hub tecnológico interno

Alpine

  • Microsoft Azure – Nuvem e análises
  • Binance Tech – Infra de blockchain
  • Renault Tech Innovation – Mobilidade e P&D

As tecnologias mais avançadas usadas na Fórmula 1 hoje (e por que elas são únicas)

Abaixo, um mergulho nas tecnologias que fazem os carros de F1 parecerem mais “naves” do que automóveis.


1. Supercomputação e simulações CFD (Computational Fluid Dynamics)

A aerodinâmica na Fórmula 1 é moldada muito antes de o carro tocar o asfalto, ela nasce dentro de supercomputadores capazes de rodar milhões de simulações CFD (Computational Fluid Dynamics). Essas simulações recriam digitalmente o comportamento do ar ao redor do carro em diferentes velocidades, ângulos e condições de pista, permitindo que engenheiros ajustem cada detalhe do monoposto sem depender exclusivamente do túnel de vento físico.

O CFD analisa desde o fluxo que passa pelas asas até microturbulências em frestas milimétricas, entregando insights impossíveis de obter a olho nu. Em um ambiente onde um décimo de segundo pode mudar o campeonato, essa capacidade de prever e otimizar o comportamento aerodinâmico virtualmente é um dos maiores diferenciais competitivos das equipes e, depende de supercomputação de altíssimo desempenho, muitas vezes fornecida por empresas de tecnologia parceiras. Equipes como Red Bull, Mercedes e Ferrari utilizam:

  • clusters HPC (High Performance Computing)
  • data centers otimizados
  • IA para prever fluxo de ar

A CFD substituiu grande parte do túnel de vento físico.


2. Inteligência Artificial aplicada à corrida

A Inteligência Artificial se tornou um dos cérebros invisíveis da Fórmula 1 moderna, operando em tempo real para transformar dados em decisões de corrida. A IA analisa simulações estratégicas, prevê o desgaste dos pneus, interpreta o estilo de pilotagem de cada piloto e compara performances voltas após volta. Também auxilia no gerenciamento automático do ERS, o sofisticado sistema híbrido de recuperação e distribuição de energia garantindo máxima eficiência em acelerações e retomadas.

Além disso, modelos preditivos ajudam as equipes a anteciparem mudanças climáticas, como chuva e variações bruscas de temperatura da pista, elementos que podem definir o resultado de um Grande Prêmio.

A IA é usada para:

  • simulações de estratégias
  • previsão de desgaste de pneus
  • análise do estilo de pilotagem
  • comparação entre pilotos
  • decisões automáticas de ERS (energia híbrida)
  • previsão de chuva e temperatura da pista

Por trás dessa inteligência estão gigantes como Oracle, AWS, Google Cloud e Microsoft Azure, que fornecem a infraestrutura de nuvem, processamento avançado e algoritmos necessários para transformar o carro em uma verdadeira máquina guiada por dados.


3. Telemetria em tempo real

A telemetria em tempo real é o sistema nervoso central de um carro de Fórmula 1, permitindo que a equipe enxergue tudo o que acontece no monoposto enquanto ele percorre a pista a mais de 300 km/h. Por meio de redes dedicadas, centenas de sensores distribuídos e protocolos proprietários de transmissão, o carro envia informações ao pit wall em questão de milissegundos, praticamente sem atraso.

Sem esse ecossistema de telemetria avançada, a Fórmula 1 simplesmente não teria o nível de precisão, segurança e tomada de decisão que define a categoria hoje. Um carro envia dados para o pit wall em milissegundos, por meio de:

  • redes dedicadas
  • sensores distribuídos
  • protocolos de telemetria proprietários

Esses dados chegam em cerca de 1.200 canais simultâneos, monitorando desde temperatura de freios e pressão dos pneus até vibrações estruturais, consumo de energia híbrida, comportamento aerodinâmico e entradas do piloto.

Esse fluxo contínuo de informações permite ajustes estratégicos imediatos, diagnósticos preventivos de falhas e uma leitura completa da saúde do carro enquanto a corrida acontece.


4. Big Data aplicado ao carro e ao piloto

O Big Data é uma das ferramentas mais poderosas da Fórmula 1 moderna, traduzindo cada volta em milhões de linhas de dados que revelam tanto o comportamento do carro quanto o desempenho do piloto. Esses dados alimentam sistemas preditivos capazes de calcular, com precisão cirúrgica, a viabilidade de estratégias como undercut ou overcut, antecipando o momento ideal para um pit stop.

A análise de vibração, por exemplo, permite identificar falhas invisíveis em componentes internos antes que elas se tornem críticas, aumentando a segurança e evitando abandonos. Além do carro, o próprio piloto é monitorado por sensores integrados a luvas e macacões, que capturam indicadores fisiológicos e até padrões psicológicos em situações de estresse extremo.

  • milhões de linhas de dados por volta
  • sistemas de predição para undercut/overcut
  • análise de vibração para diagnosticar falhas invisíveis
  • estudos psicológicos e fisiológicos dos pilotos via sensores em luvas e macacões

Tudo isso compõe um painel holístico que ajuda as equipes a entender, prever e otimizar cada aspecto da performance humana e mecânica em busca de vantagem competitiva.


5. Energia híbrida avançada (ERS)

O sistema ERS (Energy Recovery System) é responsável por transformar o carro em uma máquina híbrida de altíssima eficiência. Ele funciona recolhendo energia de três fontes principais: o calor gerado pelos freios, o calor do turbo e a própria aceleração e frenagem do carro. Toda essa energia, que normalmente seria desperdiçada, é capturada, armazenada e depois devolvida ao motor na forma de potência adicional, entregue de maneira precisa e controlada ao longo da volta.

Esse reforço pode representar dezenas de cavalos extras no momento exato em que o piloto mais precisa: uma ultrapassagem, uma saída de curva ou uma defesa agressiva.

Mais do que uma vantagem esportiva, o ERS transformou a F1 em um laboratório vivo para a evolução dos carros híbridos que vemos nas ruas, impulsionando o desenvolvimento de baterias, sistemas regenerativos e soluções energéticas mais sustentáveis e eficientes.


6. Materiais aeroespaciais

Os materiais usados na Fórmula 1 estão muito além do que vemos na indústria automotiva tradicional, eles pertencem ao universo da engenharia aeroespacial. Cada carro é construído com fibra de carbono tecida em padrões exclusivos, resinas aeronáuticas de alta resistência e ligas metálicas superleves capazes de suportar forças extremas sem comprometer o peso.

Em alguns componentes, há até nanotecnologia aplicada à dissipação de calor, garantindo que áreas críticas do carro se mantenham estáveis mesmo sob temperaturas absurdamente elevadas. Esse nível de sofisticação é tão elevado que, em muitas situações, até um simples parafuso pode custar milhares de dólares, refletindo o grau de precisão e desempenho exigido em cada detalhe do projeto.


7. Simuladores de pilotagem

Os simuladores de pilotagem da Fórmula 1 atingiram um nível de sofisticação que os transforma em ferramentas indispensáveis para a preparação dos pilotos. Eles conseguem replicar fielmente cada imperfeição da pista, incluindo ondulações, variações de aderência e pequenas irregularidades que fazem diferença em alta velocidade. Essa precisão permite que o piloto memorize traçados, teste abordagens de curvas e refine reflexos antes mesmo de entrar no carro real.

Além da reprodução visual, esses simuladores oferecem vibrações e respostas mecânicas em alta fidelidade, simulando frenagens bruscas, acelerações intensas e forças G de forma tão convincente que o corpo reage como se estivesse realmente no cockpit. Todo esse realismo é possível porque o simulador se conecta diretamente à telemetria espelhada da equipe, utilizando dados reais para ajustar comportamento, dinâmica e desempenho em diferentes cenários de mudanças climáticas a estratégias de corrida.

Nesse contexto, equipes como McLaren e Mercedes se destacam por possuírem alguns dos simuladores mais avançados e elogiados do grid. Eles permitem testar acertos de carro, estratégias de pneus e até variações de estilo de pilotagem, tudo sem gastar um minuto sequer de pista real. O resultado é um diferencial competitivo enorme, especialmente em uma categoria onde cada milésimo de segundo pode decidir uma vitória..


8. Cibersegurança

A cibersegurança se tornou um dos pilares invisíveis, porém mais críticos, da Fórmula 1 moderna. Em uma categoria onde dados valem ouro, as equipes são alvo constante de ataques cibernéticos que vão desde tentativas de espionagem industrial até invasões que buscam interromper transmissões de telemetria ou acessar estratégias confidenciais. A competição deixou de ser apenas na pista, agora também acontece no mundo digital, onde minutos de exposição podem comprometer meses de desenvolvimento.

Para se protegerem, as equipes adotam firewalls corporativos de altíssima complexidade, protocolos de criptografia em nível militar e sistemas redundantes de monitoramento de dados. Durante cada fim de semana de corrida, estruturas completas de SOCs dedicados (Security Operations Centers) são montadas para monitorar e reagir em tempo real a qualquer anomalia. É uma operação de guerra cibernética que funciona paralelamente à corrida, garantindo que nada interfira no carro, na comunicação ou nas informações estratégicas.

Nesse cenário, empresas como CrowdStrike e Acronis se destacam por fornecer soluções robustas de proteção, resposta a incidentes e defesa avançada contra ameaças digitais. Seu papel vai muito além do patrocínio: elas literalmente blindam o ecossistema tecnológico que mantém as equipes competitivas. Sem esse nível de segurança, a Fórmula 1 simplesmente não conseguiria operar com a precisão, o sigilo e a confiabilidade que o esporte exige.


9. Sistemas de comunicação avançada

Os sistemas de comunicação da Fórmula 1 estão a anos-luz dos rádios convencionais. Eles são totalmente criptografados, projetados para operar em um ambiente onde o ruído ensurdecedor dos motores, o vento e as vibrações intensas poderiam facilmente comprometer qualquer transmissão comum. Como cada mensagem pode alterar o rumo de uma corrida, a segurança e a precisão dessas comunicações se tornam vitais para a estratégia e para a própria segurança do piloto.

Além da proteção, esses sistemas são desenvolvidos para reduzir ao máximo a latência, garantindo que piloto e engenheiros conversem praticamente em tempo real, sem atrasos que poderiam custar posições preciosas. Mesmo sob condições extremas, a clareza é mantida por meio de tecnologias avançadas de cancelamento de ruído e modulação de voz, permitindo que instruções críticas cheguem ao piloto de forma nítida, mesmo em meio ao caos de uma disputa roda a roda.

Outro diferencial desses sistemas é sua integração direta com os dados do carro. Muitas das informações que o engenheiro recebe, como temperatura dos pneus, gestão de energia ou alertas mecânicos, podem ser automaticamente transformadas em orientações enviadas ao piloto via headset. Essa fusão entre comunicação e telemetria cria um fluxo inteligente de informações que acelera decisões e eleva o nível estratégico da equipe durante todo o fim de semana de corrida.


10. Impressão 3D e manufatura aditiva

A impressão 3D e a manufatura aditiva revolucionaram a forma como as equipes de Fórmula 1 desenvolvem e adaptam seus carros ao longo da temporada. A tecnologia permite que peças sejam produzidas no próprio fim de semana da corrida, usando impressoras industriais capazes de criar componentes altamente precisos em poucas horas. Elementos como dutos, suportes, pequenos componentes aerodinâmicos e até peças críticas de última hora podem ser projetados, impressos, testados e instalados quase em tempo real.

Essa agilidade mudou completamente o ritmo de desenvolvimento da categoria. Antes, um ajuste aerodinâmico ou estrutural poderia levar semanas entre projeto, fabricação e validação. Agora, com a manufatura aditiva, esse ciclo foi reduzido para horas, permitindo que as equipes respondam rapidamente a problemas inesperados ou explorem novas soluções de performance durante o próprio evento. A tecnologia ainda permite prototipagem instantânea, economizando recursos, acelerando testes e dando às equipes uma flexibilidade que seria impossível com métodos tradicionais de fabricação.

Ao integrar a impressão 3D ao processo de desenvolvimento, a Fórmula 1 reforça novamente seu papel como vitrine tecnológica global. Essa capacidade de adaptar o carro em tempo recorde pode ser decisiva em um campeonato onde cada detalhe importa, e isso está influenciando diretamente a indústria automotiva, aeroespacial e até dispositivos médicos, que adotam o mesmo princípio de rapidez e precisão inspirado pelo ritmo frenético da F1..


Por que isso importa para nós?

A importância da Fórmula 1 vai muito além das pistas, ela se tornou uma força silenciosa que molda a tecnologia que usamos todos os dias. Por décadas, a F1 serviu como vanguarda em engenharia automotiva, mas hoje ela opera como um ecossistema completo de inovação, onde soluções desenvolvidas para ganhar milésimos de segundo acabam transformando setores inteiros. Os carros de rua, por exemplo, incorporam diretamente tecnologias nascidas na categoria, como sistemas híbridos mais eficientes, freios regenerativos, aerodinâmica otimizada e materiais ultraleves inspirados nas ligas e fibras usadas pelas equipes.

A influência também se estende à aviação, que aproveita avanços em dinâmica de fluidos, simulações computacionais e materiais aeronáuticos aprimorados pela competição. No mercado de wearables, sensores que monitoram pilotos em alta performance servem de base para dispositivos inteligentes que hoje acompanham nossa saúde e condicionamento físico. Já os avanços em computação em nuvem e inteligência artificial, impulsionados pela necessidade de processar terabytes de dados de telemetria em tempo real, ajudaram a acelerar o desenvolvimento de tecnologias que agora utilizamos em serviços online, aplicativos e soluções corporativas.

Além disso, pesquisas sobre materiais sustentáveis e eficiência energética encontraram na F1 um ambiente perfeito para testes extremos, resultando em baterias mais duráveis, motores mais limpos e processos industriais mais eficientes. Até mesmo áreas como segurança cibernética são beneficiadas: a proteção digital de uma equipe de F1 envolve técnicas que hoje se aplicam na defesa de empresas, governos e usuários comuns.

A verdade é que, quando a F1 evolui, o mundo evolui junto. A corrida mudou, os carros mudaram e, aos poucos, a maneira como vivemos, trabalhamos, nos movemos e consumimos tecnologia também segue esse mesmo caminho. Cada volta dada nas pistas é, de alguma forma, um passo rumo ao futuro que chega até nós de maneiras que nem sempre percebemos, mas que impactam profundamente nossa vida cotidiana. E a forma como vivemos, de certa maneira, segue o mesmo caminho.


Lando Norris campeão da F1 – 2025

Nossos parabéns ao piloto britânico Lando Norris, que se consagrou campeão da Fórmula 1 2025! Após uma temporada brilhante, marcada por coragem, regularidade e evolução impressionante, Norris conquista seu lugar definitivo entre os grandes nomes do esporte. Um título mais do que merecido e celebrado por fãs no mundo inteiro.


A tecnologia pode ser uma valiosa aliada para todos nós, desde que seja utilizada de maneira equilibrada e segura, garantindo que todos nós tenhamos acesso seguro e informações confiáveis.

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Jackson Galvani

Empresário no mercado de tecnologia, foi eleito um dos melhores Gerentes de TI do Brasil, é Coordenador da ExpoTI, Palestrante e Presidente do HDI-Brasil no ES. www.jacksongalvani.com.br

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