Na quarta semana de junho, o Brasil tinha 10,3 milhões de pessoas afastadas do trabalho por causa da pandemia de coronavírus, de acordo com a PNAD Covid19, uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira (17) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Essa quantidade de trabalhadores recuou com a retomada gradual da economia no país, mas ainda representa 12,5% da população ocupada do país.
Dois meses antes, no início de maio, o número de trabalhadores afastados do trabalho era de 16,6 milhões. Na semana anterior à pesquisa, na metade de junho, 11,1 milhões estavam longe do serviço.
Maria Lúcia Vieira, coordenadora da pesquisa, destacou que a queda não significa que todos continuam no mercado de trabalho. Para ela, isso é resultado de pessoas que podem estar retornando ao trabalho, mas também devido a um possível desligamento dessas pessoas do trabalho que elas tinham, afirmou.
A estimativa da pesquisa é que, no fim de junho, 82,5 milhões estavam ocupados, número menor do que os registrados na semana anterior (84 milhões) e em relação à semana de 3 a 9 de maio (83,9 milhões de pessoas).
Aumento do desemprego
Na quarta semana de junho, a taxa de desocupação cresceu e chegou a 13,1%, atingindo 12,4 milhões de pessoas. Essa é a maior taxa desde o início de maio, quando começou a Pnad Covid19, e foi influenciada pela queda de 84 milhões para 82,5 milhões (-1,5 milhão) de pessoas ocupadas na semana.
A população fora da força de trabalho, ou seja, que não estava nem trabalhando nem procurando por trabalho, era de 75,1 milhões de pessoas. Dentro deste número, cerca de 26,9 milhões de pessoas (35,9%) disseram que gostariam de trabalhar.
*Com informações do Portal R7