Por muito tempo, a liderança feminina foi vista como exceção. Ao longo da minha trajetória corporativa, aprendi que liderança não é apenas ocupar um cargo de poder — é ocupar um espaço de transformação.
Cheguei a posições de diretoria antes dos 30 anos e participei de conselhos de grandes empresas, mas sei que essa realidade ainda não é a regra.
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No Brasil, apenas 6% das cadeiras de CEOs são ocupadas por mulheres e, globalmente, seguimos sub-representadas em conselhos e posições executivas. Essa desigualdade não é falta de competência — é falta de acesso, de visibilidade e de estratégia.
A importância da identidade na liderança
O primeiro passo para ocupar a liderança é não tentar reproduzir modelos que não nos representam. Liderar como mulher significa trazer nossas perspectivas, experiências e valores para a mesa.
Não basta querer crescer — é preciso entender o que sustenta sua liderança, quais são suas forças, onde estão os pontos a desenvolver e quais crenças limitantes precisam ser superadas.
Muitas das minhas mentoradas descobrem, nesse processo, que estavam escondendo justamente aquilo que as diferenciava. Quando você se reconhece, consegue alinhar seus movimentos com a carreira que deseja construir.
Competência e posicionamento caminham juntos
Ser excelente tecnicamente é apenas parte da equação. O que acelera o acesso à liderança é a soma de competência e posicionamento.
Não adianta entregar resultados se eles não são vistos, reconhecidos e associados ao seu nome.
Uma das práticas que ensino é a habilidade de narrar conquistas de forma clara e estratégica: transformar feitos em histórias que inspiram confiança e reforçam autoridade. Essa visibilidade bem construída abre portas antes mesmo de o cargo formal chegar.
Rede de apoio: o poder das conexões
Mulheres que chegam a cargos de liderança raramente caminham sozinhas. Conexões são um ativo poderoso. Ter mentoras, colegas que apoiam, líderes que reconhecem o seu potencial faz toda diferença.
Eu mesma nunca teria chegado onde cheguei sozinha. A sororidade entre mulheres líderes é uma força real: troca de experiências, indicação de oportunidades, abertura de portas. Construir alianças dentro e fora da sua empresa encurta caminhos, porque ninguém cresce isolada.
Michelle Obama costuma reforçar que “quando você conquista, deve puxar outra mulher junto com você”. Liderança não é um destino solitário, é uma rede que se fortalece ao se apoiar mutuamente.
Mentalidade de crescimento contínuo
Mulheres que ocupam espaços de liderança entendem que aprender nunca é opcional. O crescimento exige preparo para lidar com erros, feedbacks e novos cenários.
Crescimento de carreira não acontece por acaso. Sempre oriento minhas mentoradas a desenhar três movimentos práticos: reforçar uma competência-chave, escolher um aliado estratégico dentro da organização e entregar um resultado visível em uma arena de liderança. Pequenas ações, quando bem calculadas, aceleram grandes conquistas.
Esses pilares têm guiado o trabalho do Acelera Mulheres e mostrado, na prática, que é possível mudar o cenário atual. Sim, os números ainda são desafiadores, mas cada vez que uma mulher conquista um espaço de liderança, abre-se um caminho para muitas outras.
Guia prático: caminhos para ocupar a liderança
- Construa clareza sobre onde você quer chegar e quais habilidades precisa desenvolver.
- Seja visível: comunique suas conquistas e mostre como suas entregas impactam o negócio.
- Invista em networking: fortaleça conexões dentro e fora da empresa.
- Busque mentoras: aprenda com mulheres que já trilharam esse caminho.
- Desenvolva soft skills: comunicação, inteligência emocional e visão estratégica são diferenciais.
- Abrace oportunidades desafiadoras: projetos de visibilidade são trampolim para a liderança.
A liderança feminina é mais que uma meta individual — é um movimento coletivo. Quando uma mulher ocupa um cargo de decisão, ela não apenas transforma sua própria vida, mas abre caminho para tantas outras que virão depois.
Se você sente que está pronta para dar o próximo passo e quer clareza sobre onde está e como chegar lá, te convido a conhecer o Diagnóstico de Carreira do Acelera Mulheres. É uma oportunidade de desenhar seu próprio plano estratégico de ascensão e transformar potencial em liderança real.
Porque ocupar espaços de liderança não é apenas sobre uma carreira — é sobre mudar o jogo para todas nós.
Especialista em aceleração de carreira e negócios, administradora de formação, desenvolveu o método “Trilha da Máxima Potência,” que já ajudou inúmeras mulheres a alcançar seus objetivos profissionais de forma assertiva e alinhada com seus propósitos.
