
Durante muito tempo, ouvimos que “mulheres não se apoiam”. Em boa parte, isso nasce de um mercado que ainda entrega poucas cadeiras de poder – e, quando elas são escassas, a competição vira regra. Mas rivalidade não é parte da nossa essência; é reflexo de um sistema que coloca as mulheres umas contra as outras.
Hoje, quero trazer minha visão sobre liderança feminina, explorando este conceito e o fim da rivalidade no trabalho.
Segundo o relatório “Mulheres na Liderança 2023” (Talenses & Insper), apenas 19% dos cargos de alta gestão no Brasil pertencem a mulheres. E, quando uma delas finalmente chega lá, costuma enfrentar solidão, excesso de expectativa e pressão dobrada para “representar” todo um grupo. O problema não está em sermos ambiciosas – ele está em fazermos isso sozinhas.
Competição ou colaboração? O exemplo de Anitta
No ano passado, dei para a TV uma matéria sobre Anitta e um clipe da artista que estava causando polêmicas. Enquanto gravávamos, ficou claro que boa parte do sucesso da artista nasceu de colaboração estratégica – não de rivalidade.
Ela articula parcerias que elevam a própria marca e abrem caminho para outras mulheres da indústria musical.
Esse é um contra-exemplo valioso: quando uma mulher se posiciona como ponte – e não como barreira – todos crescem. O mercado corporativo pode (e deve) aprender com essa lógica.
A seguir, apresento dois passos práticos para abandonar a comparação improdutiva e acelerar sua carreira com colaboração inteligente – ilustrados por histórias reais de mulheres que viveram essa virada no Acelera Mulheres.
1. Autoconhecimento é o primeiro passo para parar de competir e começar a construir
Você só consegue se posicionar com segurança quando sabe exatamente onde brilha. A Tânia, por exemplo, já havia se candidatado seis vezes a uma promoção. Nunca chegava à primeira entrevista.
Ao entrar no Acelera Mulheres, trabalhamos um plano de posicionamento intencional, leitura de contexto e ativações de rede.
Em dois meses, ela foi promovida a gerente de uma grande vertical, passando a liderar mais de 100 pessoas. A mudança começou quando ela reconheceu, comunicou e defendeu seus próprios diferenciais.
Ação prática
• Liste três situações em que você entregou um resultado acima da média.
• Identifique as competências que usou.
• Construa uma narrativa curta (30 segundos) que mostre esse valor em reuniões, relatórios ou conversas com liderança.
2. Conexões certas mudam a trajetória — inclusive em transições
Networking não é “ser simpática”. É ser estratégica e generosa. A Natane chegou ao programa em transição de carreira, sem clareza de próximo passo.
Em três meses, ajustou narrativa, ativou conexões intencionais e foi convidada a assumir a posição de CEO em uma nova empresa.
Ela entrou no cargo posicionada e segura, graças às relações de valor que construiu – o mesmo princípio que Anitta aplica nos bastidores da indústria pop.
Ação prática
• Selecione cinco mulheres (dentro ou fora da sua organização) cujas trajetórias você admira.
• Estude o que você pode oferecer primeiro: ideia, informação, contato.
• Agende conversas curtas de troca real (não “vamos marcar um café”). Colaboração nasce de valor compartilhado.
O futuro é colaborativo – e liderado por mulheres que se apoiam
Não existe mais espaço para a lógica do “cada uma por si”. Empresas com ambientes colaborativos têm até 50% mais chance de superar metas financeiras (Deloitte, 2022).
Mulheres que se conectam crescem mais rápido, mais fortes e com menos desgaste emocional.
Se você quer acelerar sua carreira com estratégia, clareza e apoio – sem repetir o ciclo da rivalidade – o Acelera Mulheres pode ser o próximo passo.
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Estamos abrindo sessões individuais (vagas limitadas). Inscreva-se no link abaixo, responda ao formulário e, se selecionada, converse diretamente comigo ou com um(a) especialista do time para mapear seus próximos passos.
Transforme competitividade em colaboração. E faça parte de uma rede que puxa – e não puxa para baixo – a próxima geração de líderes femininas.