Trabalho

Museu do Pescador oferece curso de desenho e formação online para professores

Essas atividades são disponibilizadas gratuitamente nas redes sociais da exposição e visam ampliar a proposta artística e arte-educativa da mostra

Foto: Prefeitura de Vitória/ Leonardo Silveira

O Museu do Pescador, na Ilha das Caieiras, oferece gratuitamente, neste fim de ano, cinco módulos de um curso online de desenho, além de formações em arte-educação, uma voltada para professores e outra para mediadores culturais.

O responsável pelas ações é o artista Igor Maia, aprovado no edital de ocupação do museu, que é um equipamento da Secretaria de Cultura de Vitória (Semc), com a exposição "Da Ilha", disponível até 6 de janeiro para visitação.

Essas atividades são disponibilizadas gratuitamente nas redes sociais da exposição e visam ampliar a proposta artística e arte-educativa dessa mostra. O material fica disponível no Instagram @expodailha, e não é preciso se inscrever.

Curso de Desenho Livre

Dividido em cinco oficinas, o Curso de Desenho Livre visa exercitar a prática do desenho de observação e proporcionar o contato com as técnicas e temáticas da exposição.

Os participantes são convidados a executar desenhos utilizando vistas superior e lateral por meio do uso de lápis de grafite e lápis de cor, de exercícios de linha, volume, textura e escala e da discussão sobre a ação do tempo nos objetos retratados.

Para participar não é necessário ter domínio de técnicas de desenho. Os conteúdos estão sendo disponibilizados desde meados de novembro e podem acessados integralmente através do Instagram (@expodailha).

Formações

No próximo dia 15 de dezembro, os profissionais da Educação terão a chance de se aprofundarem nos conteúdos da exposição "Da Ilha", com a Formação de Professores.

Partindo da importância do desenho na proposta artística de Igor Maia, que observa o território da Ilha das Caieiras e traz para o seu desenho a identidade daquele território, essa atividade propõe um diálogo sobre os caminhos e possibilidades para estimular a expressão gráfica dos educandos.

Voltada para arte-educadores e pessoas interessadas em mediação cultural, a Formação de Mediadores será realizada no dia 22 de dezembro e funcionará como um momento de escuta e reflexão sobre a experiência de acolhimento de público em tempos de distanciamento social. Essa atividade visa discutir a necessidade de transformar a relação entre o público e os museus.

Nas formações, Igor Maia compartilha o seu processo artístico com o público e discute a poética da mostra para além das visitações, de forma a democratizar o processo de criação artístico. "O artista deve compartilhar esses conhecimentos, e a sequência de encontros foi pensada para isto: para dividir e democratizar o processo de criação e desmistificar a noção de dom artístico", afirmou.

Exposição

Em cartaz até o próximo dia 6 de janeiro, a exposição "Da Ilha" foi contemplada no edital de ocupação do Museu do Pescador, promovido pela Prefeitura de Vitória, por meio da Secretaria Municipal de Cultura (Semc) e do Fundo Municipal de Cultura (FunCultura). A visitação pode ser feita de terça a sexta-feira, das 9 às 17 horas, e sábados, domingos e feriados, das 11 às 15 horas.

Nos trabalhos expostos em "Da Ilha", os visitantes irão conhecer um pouco mais sobre algumas espécies de peixes, moluscos e crustáceos pescados ou coletados pela comunidade e que integram a maioria dos cardápios dos estabelecimentos gastronômicos do bairro.

Esses animais são representados ao modo típico da ilustração científica, o que pode ser percebido pelo tipo de enquadramento da realidade ilustrada e pelo destaque de determinados aspectos morfológicos dos animais.

"Da Ilha" propõe uma aproximação entre a arte, a ciência e a educação por meio de desenhos de espécies de animais consideradas importantes para a economia e a cultura da Ilha das Caieiras.

Para definir suas criações, o artista Igor Maia visitou a região por cerca de três meses e conversou com pescadores, catadores de mariscos, desfiadeiras e trabalhadores de restaurantes e bares da região.

Também integram os trabalhos a trajetória criativa e relacional que Igor Maia empreendeu até chegar no desenho “final”, como testes de pigmento, esboços e estudos de desenho e registros do contato com a comunidade.


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