Brasil lidera em instalações de energia eólica, mas desafios permanecem Brasil lidera em instalações de energia eólica, mas desafios permanecem Brasil lidera em instalações de energia eólica, mas desafios permanecem Brasil lidera em instalações de energia eólica, mas desafios permanecem

De acordo com o Global Wind Report 2024, publicado pelo Global Wind Energy Council, o Brasil manteve sua posição como o terceiro maior país em termos de instalações de energia eólica pelo segundo ano consecutivo, com aproximadamente 4,8 gigawatts adicionados em 2023. Essa conquista é notável, já que 2023 foi um ano crucial para o setor de energia renovável no Brasil e o melhor ano global para energia eólica, com um recorde de 117 gigawatts instalados.

Desafios e barreiras à expansão

O relatório destaca o progresso significativo do Brasil em sua transição energética, particularmente no contexto de sua reindustrialização e planejamento de energia eólica offshore. Espera-se que esta dinâmica continue, impulsionada pelo compromisso do país de triplicar a sua capacidade de energia renovável até 2030, conforme descrito na 28.ª Conferência das Partes. Contudo, para atingir esta meta, o Brasil deve instalar um total de 320 gigawatts até 2030. A China já estabeleceu um novo recorde com 75 gigawatts de novas instalações, representando quase 65% do total global. Muitos países enfrentam barreiras significativas e desafios de estrutura de mercado que dificultam a expansão da energia eólica.

É essencial reconhecer que, apesar de ser uma fonte de energia renovável, a energia eólica não está isenta de preocupações ambientais. A instalação de turbinas eólicas pode impactar a biodiversidade, levar ao desmatamento e perturbar os ecossistemas. Além disso, a poluição sonora proveniente das turbinas pode ser um problema significativo, especialmente considerando a natureza imprevisível dos padrões de vento e os elevados custos de instalação.

É crucial abordar a instalação de energia eólica de uma forma responsável e socialmente justa, equilibrando a necessidade de uma solução energética sustentável com os potenciais impactos ambientais. Não fazer isso pode levar a mudanças climáticas catastróficas e a uma civilização dependente de combustíveis fósseis.

Por fim, embora o Brasil tenha feito avanços significativos na energia eólica, o setor ainda enfrenta inúmeros desafios. É necessária uma abordagem bem planeada e ambientalmente consciente para garantir um futuro energético sustentável.

Felipe Mello

Colunista

Biólogo, mestre em Desenvolvimento Sustentável e especialista em Gestão de Projetos, com 23 anos de experiência em projetos nas diversas vertentes que envolvem o desenvolvimento sustentável. É coautor de um livro sobre Gestão de Projetos Socioambientais e de diversos capítulos de livros e artigos técnico científicos publicados na área da sustentabilidade. Atua ainda como Head de Conteúdo ESG na Rede Vitória.

Biólogo, mestre em Desenvolvimento Sustentável e especialista em Gestão de Projetos, com 23 anos de experiência em projetos nas diversas vertentes que envolvem o desenvolvimento sustentável. É coautor de um livro sobre Gestão de Projetos Socioambientais e de diversos capítulos de livros e artigos técnico científicos publicados na área da sustentabilidade. Atua ainda como Head de Conteúdo ESG na Rede Vitória.