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Por Bruna Dornellas

A relação entre empresas e comunidades vai muito além das trocas comerciais. Mais do que consumidoras, as pessoas são parte de um ecossistema que se fortalece quando há investimento real em cultura e educação. Quando uma empresa escolhe apoiar iniciativas culturais e educativas, ela não está apenas contribuindo com a sociedade — está criando um ambiente mais próspero, inovador e sustentável para todos. O conceito ESG (Environmental, Social and Governance) reforça essa ideia, colocando a responsabilidade social no centro das estratégias empresariais e evidenciando que impacto e lucro podem caminhar juntos.

Cultura e Educação: Motores de Transformação

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A cultura e a educação são pilares essenciais para o desenvolvimento social e econômico. De acordo com a Firjan, a economia criativa representa 2,5% do PIB nacional, movimentando cerca de R$ 170 bilhões por ano. Isso mostra que cultura não é apenas entretenimento, mas também um motor econômico que gera empregos, fomenta novas ideias e fortalece identidades. Investir em cultura é investir na conexão entre pessoas, na diversidade de narrativas e na valorização de histórias que moldam quem somos.

O mesmo vale para a educação. Quando empresas apostam na formação de jovens, seja por meio de cursos profissionalizantes ou parcerias com escolas, elas não só capacitam futuros profissionais, mas também reduzem desigualdades e criam novas perspectivas. A educação transforma realidades e abre portas para um mercado de trabalho mais diversos e preparado.

No cenário ESG, o ‘S’ de Social tem ganhado cada vez mais destaque. Empresas que investem em diversidade e inclusão têm 25% mais chances de obter um desempenho financeiro acima da média, segundo um estudo da McKinsey. Isso mostra que ser socialmente responsável não é um custo, mas um diferencial competitivo.

Quando marcas se comprometem com iniciativas culturais e educacionais, elas criam laços mais fortes com suas comunidades, ampliam seu impacto e constroem um legado duradouro. Não se trata apenas de apoiar projetos, mas de integrá-los à cultura organizacional, garantindo que o impacto positivo seja contínuo.

Pequenos Negócios Também Fazem a Diferença

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Não são apenas as grandes empresas que podem transformar realidades. Pequenos e médios negócios têm um papel fundamental nesse processo. Um restaurante que promove oficinas de gastronomia para jovens, uma livraria que incentiva a leitura em escolas públicas, uma produtora teatral que leva espetáculos a espaços comunitários — todos esses são exemplos de como a responsabilidade social pode ser aplicada de forma prática e acessível.

Segundo o Sebrae, esses empreendimentos representam 27% do PIB brasileiro e empregam mais de 50% da força de trabalho formal. Ou seja, quando um pequeno negócio decide atuar de forma socialmente responsável, ele gera impacto real, fortalecendo a economia local e criando novas oportunidades.

Para que essas iniciativas sejam mais do que ações pontuais, é fundamental que façam parte da identidade das empresas. Projetos sociais precisam de continuidade, planejamento e autenticidade. Quando bem estruturados, eles não apenas fortalecem a reputação da empresa, mas também criam um ciclo positivo de desenvolvimento coletivo.

Cultura e educação são investimentos estratégicos que reverberam no longo prazo. Empresas que compreendem essa dinâmica não apenas se tornam mais competitivas, mas também ajudam a construir uma sociedade mais equitativa e sustentável.

O Legado Que Queremos Construir

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Cada empresa tem um potencial transformador — a diferença está em como ela escolhe usá-lo. Falar sobre responsabilidade social é falar sobre compromisso real com o futuro. Não basta levantar bandeiras; é preciso agir de forma concreta para que a mudança aconteça.

Ao investir em cultura e educação dentro da agenda ESG, empresas não apenas cumprem um papel social, mas também se tornam protagonistas de um futuro mais justo e diverso. Afinal, o legado que deixamos não é medido apenas pelo lucro, mas pelo impacto positivo que geramos na vida das pessoas.

Bruna Dornellas é CEO da WB Produções

Felipe Mello

Colunista

Biólogo, mestre em Desenvolvimento Sustentável e especialista em Gestão de Projetos, com 23 anos de experiência em projetos nas diversas vertentes que envolvem o desenvolvimento sustentável. É coautor de um livro sobre Gestão de Projetos Socioambientais e de diversos capítulos de livros e artigos técnico científicos publicados na área da sustentabilidade. Atua ainda como Head de Conteúdo ESG na Rede Vitória.

Biólogo, mestre em Desenvolvimento Sustentável e especialista em Gestão de Projetos, com 23 anos de experiência em projetos nas diversas vertentes que envolvem o desenvolvimento sustentável. É coautor de um livro sobre Gestão de Projetos Socioambientais e de diversos capítulos de livros e artigos técnico científicos publicados na área da sustentabilidade. Atua ainda como Head de Conteúdo ESG na Rede Vitória.