Eu posso, você pode, nós podemos! Eu posso, você pode, nós podemos! Eu posso, você pode, nós podemos! Eu posso, você pode, nós podemos!

TODA ATITUDE IMPORTA NO COMBATE ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Você já se sentiu paralisado quando o assunto é mudanças climáticas? Nós sentimos na pele as altas temperaturas, vivemos várias estações do ano em um mesmo dia e ainda acompanhamos com tristeza episódios cada vez mais frequentes de catástrofes naturais. Não há dúvidas de que a Terra está esquentando e que precisamos agir. Mas, como?

É evidente que as mudanças climáticas demandam um esforço global, um compromisso sério e responsável entre os países, protagonismo dos governos no desenvolvimento de novas políticas e fomento de uma economia mais sustentável.  A COP 28, que está acontecendo em Dubai nos Emirados Árabes, com a participação das lideranças de 197 países, é considerada a mais importante desde a COP21, pois tem na pauta o primeiro Balanço Global (Global Stocktake), uma avaliação do progresso dos compromissos dos países em reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Os acertos e erros deste balanço será o ponto de partida para uma nova rodada de compromissos.

Este cenário complexo e interconectado também é um convite a autorresponsabilidade. Escolher ser protagonista dessa transformação planetária depende de cada um de nós.

Simplicidade e consistência

As atitudes individuais e cotidianas movem a economia, a educação, a política, a inovação. Imagine cada um de nós exercendo o consumo consciente? Questionar a origem dos materiais, optar por produtos recicláveis, garantir a correta destinação dos resíduos, rever hábitos e práticas para reduzir o nosso impacto socioambiental, são algumas das potentes atitudes para cuidar do planeta.

A recente pesquisa Vida Saudável e Sustentável 2023: um estudo global de percepções do consumidor, realizada pelo Akatu e GlobeScan indica que 6 em cada 10 brasileiros gostariam de ser mais sustentáveis, mas apenas 3 em cada 10 fizeram mudanças concretas nos últimos meses por mais sustentabilidade. Esse distanciamento da intenção a prática é, muitas vezes, atribuído ao preço e a falta de informação.

Ainda nesta pesquisa, a maioria absoluta dos brasileiros afirma desejar ver mais informações sobre o que as empresas estão fazendo para tornar seus produtos bons para o meio ambiente. Questionar as organizações e investigar a pegada socioambiental dos produtos pode impulsionar transformações no mercado e na indústria. Precisamos ser persistentes!

Por onde começar?

Devemos fazer o nosso “balanço pessoal”, avaliar os nossos acertos e erros rumo a uma vida mais sustentável e assumir novos compromissos. Essa jornada é um exercício diário de escolhas, demanda consistência e evolução, e não podemos nos esquecer que somos também parte da solução. Adotar uma postura ativa frente as mudanças climáticas é se comprometer com a manutenção da vida, por isso, comece! São as pequenas atitudes cotidianas que transformam o nosso entorno, contagia as pessoas próximas e cria-se uma rede de cuidado e práticas sustentáveis.

A escritora Joanna Macy nos recomenda uma estratégia de ação e resiliência capaz de colocar a vida em movimento: a esperança. 

“Esperança Ativa é uma prática. Como o tai chi ou a jardinagem, é algo que fazemos em vez de algo que temos. É um processo que podemos aplicar a qualquer situação e envolve três etapas principais. Primeiro, buscamos uma visão clara da realidade; segundo, identificamos o que esperamos em termos de qual rumo gostaríamos que as coisas tomassem ou de que valores gostaríamos de ver expressos; e, terceiro, damos passos para nos movermos para essa direção”.


Natália Amoedo

Engenheira química formada na Unicamp, com MBA em gestão e engenharia de produtos na USP e Gestão em Sustentabilidade pelo INCAE (Costa Rica) e fellow New Earth Leaders. Empreendedora da Pipah, uma consultoria de estratégia e conhecimento que catalisa as transformações nos negócios e o impacto positivo nas pessoas e no mundo. Sua jornada profissional é dedicada a construção de marcas e negócios sustentáveis.

 

Felipe Mello

Colunista

Biólogo, mestre em Desenvolvimento Sustentável e especialista em Gestão de Projetos, com 23 anos de experiência em projetos nas diversas vertentes que envolvem o desenvolvimento sustentável. É coautor de um livro sobre Gestão de Projetos Socioambientais e de diversos capítulos de livros e artigos técnico científicos publicados na área da sustentabilidade. Atua ainda como Head de Conteúdo ESG na Rede Vitória.

Biólogo, mestre em Desenvolvimento Sustentável e especialista em Gestão de Projetos, com 23 anos de experiência em projetos nas diversas vertentes que envolvem o desenvolvimento sustentável. É coautor de um livro sobre Gestão de Projetos Socioambientais e de diversos capítulos de livros e artigos técnico científicos publicados na área da sustentabilidade. Atua ainda como Head de Conteúdo ESG na Rede Vitória.