Os ônibus do Sistema Transcol, que atende os municípios da Grande Vitória, estão voltando a circular normalmente após uma paralisação que foi registrada na sexta-feira (19). A informação foi passada pela Companhia de Transportes Urbanos da Grande Vitória (Ceturb-ES).
A paralisação, definida pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Espírito Santo (Sindirodoviários), aconteceu após dois ônibus serem incendiados e um ser apedrejado. O sindicato também confirmou o retorno dos coletivos.
Com a paralisação, a equipe do Folha Vitória encontrou os terminais e os pontos de ônibus estão lotados de passageiros à espera de transporte. A reportagem procurou o Sindirodoviários e aguarda manifestação.
Os ataques aos coletivos foram uma retaliação à morte de um suspeito de crimes durante um confronto com policiais militares no bairro Cidade Pomar, na Serra. O homem foi identificado pela polícia como sendo Adeniel Pacatuba Felix, mais conhecido como “Famosinho” .
Três ônibus foram alvos de criminosos
No final da madrugada desta sexta, um ônibus foi incendiado na avenida Muriaé, em Nova Carapina II.
Dois criminosos chegaram em uma moto após a morte do suspeito no confronto com policiais militares. Os bandidos abordaram o motorista do ônibus e ordenaram que ele e os passageiros descessem. Em seguida, incendiaram o coletivo e fugiram.
Já no início da tarde, bandidos colocaram fogo em um outro coletivo, desta vez na BR-101. Além disso, um terceiro ônibus foi depredado.
Ainda não há informações de quantos passageiros estavam nos ônibus e quantos criminosos participaram das ações. Diante do incêndio, o trânsito na BR-101 no sentido Serra-Sede foi interditado para o tráfego de veículos.
Toque de recolher
Além da tensão na Serra, com ataques a ônibus, a Grande Vitória enfrenta insegurança em Cariacica nesta sexta-feira. Durante um confronto com a PM, o suspeito de crimes Ruan Lourenço Corrêa, 21 anos, conhecido como “Marola”, foi morto.
Em retaliação, criminosos determinaram toque de recolher. Com isso, comércios precisaram fechar as portas. Marola estava na lista dos mais procurados de Cariacica e tinha nove mandados de prisão por homicídios e tráfico de drogas.