Jaime perdeu a esposa, Catiúcia, após 15 dias de diagnóstico de câncer de mama agressivo. Ela não respondeu ao tratamento convencional e a oncologista indicou o medicamento Trastuzumab Cadisaila, que não está na lista do Sistema Único de Saúde (SUS) e tem um custo de R$ 26 mil, com administração a cada 21 dias. Diante da falta de fornecimento pelo SUS, a família enfrentou a necessidade de judicializar o caso, mas sem resposta da Justiça, amigos e familiares arrecadaram dinheiro por meio de vaquinhas. Apesar de ter suportado o tratamento por três anos, Catiúcia faleceu, e a luta judicial agravou o luto da família.
A judicialização da saúde é um desafio no Brasil, com quase 11 mil processos pendentes no Espírito Santo e mais de 860 mil em todo o país, principalmente relacionados a medicamentos de alto custo não oferecidos pelo SUS. O governador do Espírito Santo destacou que o judiciário nem sempre está preparado para decisões na área da saúde, enquanto representantes do judiciário afirmam que estão se aprimorando para tomar decisões mais equilibradas. A Secretaria da Saúde informou que o medicamento prescrito não está na lista do SUS e que o mandado para fornecimento foi julgado extinto, deixando a família se sentindo impotente diante da situação.
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