Nesta quinta-feira, foram cumpridos cinco mandados de prisão e onze de busca e apreensão nas comunidades indígenas de Caíras Velha e Irajá, em Heracruz e Ibirassu. Três indígenas estão entre os presos, e foram apreendidas duas armas, cartões, cheques e R$ 400 mil em dinheiro. O Ministério Público Federal investiga um esquema que oferecia empréstimos a juros abusivos, extorquindo os indígenas após o anúncio de indenizações milionárias da Fundação Renova, decorrentes do rompimento da barragem de Mariana.
A Justiça Federal bloqueou cerca de R$ 10 milhões em contas de dois suspeitos e R$ 850 mil de ex-integrantes de associações indígenas. Os investigados responderão por usura, extorsão e associação criminosa, com penas de seis meses a dez anos de reclusão. A investigação continua e o ex-líder da Associação Indígena será intimado para esclarecer o envolvimento da entidade no esquema, assim como o ex-representante da associação para detalhar sua participação e a utilização da associação para facilitar a ação de grupos criminosos.