O setor pesqueiro em Itapemirim, no sul do Espírito Santo, enfrenta sérias incertezas devido ao recente aumento de tarifas de exportação. Com 350 toneladas de peixes destinadas mensalmente aos Estados Unidos, a região, que concentra a maior parte da piscicultura do estado, depende fortemente do mercado externo, que representa 75% da produção. O temor é que, se as negociações comerciais com os EUA se tornarem inviáveis, milhares de famílias que dependem da pesca possam ser forçadas a reduzir suas atividades ou até abandonar a profissão.
Desde 2018, o Brasil não pode exportar pescados para a União Europeia por questões sanitárias, e a recente sobretaxa também afeta outros produtos do agro capixaba, como mamão e café. Embora os exportadores sejam cautelosos em relação a demissões, eles reconhecem a dificuldade de mensurar os prejuízos. A preocupação é que, sem apoio do governo estadual e federal, a manutenção das atividades pesqueiras e a viabilidade das empresas se tornem insustentáveis.