Mariana, professora da Rede Estadual, destaca que, embora o piso salarial represente uma conquista importante, ele ainda está longe do ideal. Para garantir um salário digno, os educadores enfrentam longas jornadas de trabalho, muitas vezes superiores a 10 horas diárias, o que compromete a qualidade do ensino. Desde a criação do piso nacional do magistério em 2008, que atualmente é de R$ 4.867,77 para 40 horas semanais, apenas 37% das prefeituras do Espírito Santo cumprem essa legislação, colocando o estado como o segundo pior do país nesse aspecto.
O advogado especialista em legislação educacional aponta que a não conformidade com o piso se deve mais à falta de gestão e vontade política do que à escassez de recursos. A lei estabelece que a União deve complementar os repasses quando os municípios não conseguem arcar com o valor. Enquanto a Secretaria Estadual da Educação e a Prefeitura de Vitória informam que pagam acima do piso para 40 horas, as prefeituras da Serra e Cariacica afirmam cumprir o piso apenas para 25 horas semanais, e Vila Velha garante o pagamento do piso a todos os professores da rede municipal.
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