Uma jovem de 25 anos, mãe de dois meninos de 10 e 7 anos, relata a ausência do pai do filho mais velho, que não está registrado na certidão de nascimento. Embora a mãe sinta a falta da figura paterna, ela afirma que o filho recebe amor e atenção da família e que só consideraria incluir o nome do pai na certidão caso o filho desejasse. A realidade da família reflete a de muitas outras no Espírito Santo, onde mais de 10 mil crianças foram registradas sem o nome do pai entre 2022 e 1º de maio deste ano.
Para enfrentar essa situação, o Ministério Público do Estado lançou o projeto Meu Pai Tem Nome, que visa identificar e reconhecer a paternidade de crianças e adolescentes sem o nome do pai na certidão. O trabalho se dá por meio de busca ativa nas escolas, onde são convidadas as mães das crianças nessa condição. Após a identificação, são coletados dados e, se necessário, realizados exames de DNA, com o nome do pai sendo incluído na certidão em até 40 dias após a confirmação.