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Adeus, calvície: óleos naturais que paralisam a queda de cabelo e estimulam o crescimento

Longe de serem soluções mágicas, esses óleos naturais têm mostrado efeitos promissores quando incorporados de forma consistente à rotina de cuidados capilares

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(Foto: Reprodução/Internet)
(Foto: Reprodução/Internet)

A queda de cabelo é um problema que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, independentemente de idade, gênero ou etnia. Embora seja considerada normal a perda de cerca de 100 fios por dia, quadros de queda excessiva — quando se notam tufos no travesseiro, ralos entupidos ou falhas no couro cabeludo — são sinais de alerta e podem estar ligados a uma série de fatores como estresse, desequilíbrios hormonais, carências nutricionais, uso de medicamentos ou doenças autoimunes.

Nos últimos anos, ao lado dos tratamentos convencionais, uma abordagem tem se popularizado entre os adeptos dos cuidados naturais: o uso de óleos vegetais e essenciais como alternativa para fortalecer os fios e frear a queda. Longe de serem soluções mágicas, esses compostos naturais têm mostrado efeitos promissores quando incorporados de forma consistente à rotina de cuidados capilares.

Entre os mais utilizados estão o óleo de rícino, óleo de alecrim, óleo de jojoba, óleo de lavanda e óleo de hortelã-pimenta. A seguir, veja como cada um atua no couro cabeludo e por que têm conquistado cada vez mais espaço como aliados no combate à queda de cabelo.

OS MELHORES ÓLEOS PARA ACABAR COM A QUEDA DE CABELO

1. ÓLEO DE RÍCINO: FORTALECIMENTO PROFUNDO DOS FIOS

Extraído das sementes da planta Ricinus communis, o óleo de rícino é um dos mais tradicionais e recomendados quando o assunto é fortalecimento capilar. Sua composição rica em ácido ricinoleico contribui para a melhora da circulação no couro cabeludo, estimulando os folículos pilosos e, consequentemente, favorecendo o crescimento de novos fios.

Além disso, o óleo tem propriedades antifúngicas e antibacterianas, sendo eficaz na limpeza do couro cabeludo e na prevenção de inflamações que podem contribuir para a queda. Ele também forma uma barreira protetora sobre o fio, evitando a perda de umidade e tornando-o mais resistente à quebra.

O uso é simples: deve ser aplicado diretamente na raiz com massagens suaves, permanecendo por algumas horas antes da lavagem. Devido à textura espessa, pode ser misturado com outros óleos vegetais para facilitar a aplicação.

2. ÓLEO DE ALECRIM: ESTÍMULO À CIRCULAÇÃO E À PIGMENTAÇÃO

O óleo essencial de alecrim tem sido amplamente estudado por seus efeitos estimulantes sobre a circulação sanguínea no couro cabeludo. Com essa ação, ele ajuda a levar mais oxigênio e nutrientes aos folículos capilares, o que fortalece a raiz e pode reverter quadros de afinamento ou queda progressiva dos fios.

O alecrim também possui propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, que ajudam a manter o couro cabeludo saudável e a prevenir condições que podem comprometer o ciclo natural do cabelo. Há relatos de que seu uso contínuo, além de diminuir a queda, contribui para o retorno da pigmentação natural dos fios em casos de embranquecimento precoce.

Para uso seguro, o óleo de alecrim deve ser diluído em óleo carreador (como coco ou jojoba) e aplicado diretamente na raiz com massagens circulares. Seu uso é recomendado de duas a três vezes por semana.

3. ÓLEO DE JOJOBA: REGULAÇÃO DA OLEOSIDADE E HIDRATAÇÃO EQUILIBRADA

Originário do deserto, o óleo de jojoba é conhecido por sua semelhança com o sebo natural produzido pelo couro cabeludo. Essa característica permite que ele penetre com facilidade na pele e ajude a equilibrar a oleosidade, tanto em casos de excesso quanto de ressecamento.

Quando a produção sebácea está desequilibrada, os folículos podem ser obstruídos, dificultando o crescimento de novos fios e favorecendo a queda. O óleo de jojoba limpa os poros, reduz a inflamação e hidrata o couro cabeludo sem deixá-lo oleoso.

Ele pode ser usado puro ou como base para misturas com óleos essenciais. Por ser leve, também pode ser aplicado nos fios sem deixá-los pesados, contribuindo para um aspecto mais saudável e com menos quebra.

4. ÓLEO DE LAVANDA: RELAXAMENTO, ANTIESTRESSE E AÇÃO REGENERADORA

A relação entre estresse e queda de cabelo é amplamente reconhecida. Nesse contexto, o óleo essencial de lavanda se destaca não apenas por suas propriedades calmantes, mas também por sua ação antimicrobiana e regeneradora do couro cabeludo.

Estudos apontam que o uso regular do óleo de lavanda ajuda a reduzir inflamações e estimular o crescimento de novos fios, especialmente quando a queda está associada ao estresse crônico. Ele também melhora a qualidade do sono, outro fator que impacta diretamente na saúde capilar.

O óleo pode ser usado diluído em óleos vegetais para massagens antes do banho ou adicionado a máscaras capilares. Seu aroma suave proporciona ainda uma experiência sensorial relaxante, ideal para rotinas noturnas de autocuidado.

5. ÓLEO DE HORTELÃ-PIMENTA: RESFRIAMENTO E ESTIMULAÇÃO DO FOLÍCULO

Conhecido por sua ação refrescante, o óleo essencial de hortelã-pimenta contém mentol, substância que estimula a circulação e desperta os folículos adormecidos. Sua ação vasodilatadora favorece a chegada de nutrientes ao bulbo capilar, etapa fundamental para interromper a queda e iniciar o crescimento de novos fios.

A sensação de frescor provocada pelo óleo é um indicativo da ativação da circulação local. Além disso, ele possui propriedades antifúngicas e analgésicas, sendo útil em quadros de coceira, irritação ou inflamações leves no couro cabeludo.

É necessário diluir o óleo de hortelã-pimenta antes da aplicação, pois seu uso puro pode causar irritações. Duas gotas em uma colher de óleo vegetal já são suficientes para uma aplicação segura e eficaz.

USO COMBINADO E FREQUÊNCIA

Embora cada óleo tenha propriedades específicas, muitos usuários optam por criar combinações personalizadas para potencializar os efeitos. A mistura de óleo de rícino com alecrim, por exemplo, une o poder de nutrição profunda com o estímulo direto à circulação. Já a adição de lavanda e hortelã-pimenta cria uma sinergia entre relaxamento e ativação do couro cabeludo.

A aplicação ideal é feita duas a três vezes por semana, com tempo de ação entre uma e quatro horas antes da lavagem. Para quem tem couro cabeludo sensível, o uso pode ser ajustado conforme a resposta da pele.

IMPACTO A LONGO PRAZO E MANUTENÇÃO

O uso contínuo dos óleos tende a gerar resultados mais expressivos a partir da quarta ou quinta semana. Os primeiros sinais geralmente incluem redução da queda ao pentear ou lavar os fios, melhora na textura e diminuição da sensibilidade no couro cabeludo.

No longo prazo, é possível observar aumento de densidade, nascimento de novos fios e fortalecimento geral do cabelo. No entanto, especialistas alertam que a eficácia depende também de fatores internos como alimentação, sono e saúde hormonal.

Kayra Miranda, repórter do Folha Vitória
Kayra Miranda

Repórter

Jornalista formada pela Faesa, com foco em beleza, saúde e bem-estar. Entusiasta do esporte e curiosa por novos temas.

Jornalista formada pela Faesa, com foco em beleza, saúde e bem-estar. Entusiasta do esporte e curiosa por novos temas.