Aprenda de uma vez: como amolar alicate de unha em casa de forma fácil

Manter o alicate de cutícula afiado é fundamental para garantir um corte preciso, seguro e higiênico durante a rotina de cuidados pessoais. Embora muitas pessoas optem por levar o instrumento a profissionais especializados em afiação, existem métodos caseiros que podem ajudar a recuperar o fio quando o desgaste ainda é leve.

A prática cresceu entre quem faz as próprias unhas em casa ou trabalha de forma independente, mas exige atenção e alguns cuidados para evitar danos ao acessório.

O desgaste natural ocorre com o uso frequente e também com a limpeza inadequada. Quando a lâmina perde o corte, o alicate tende a puxar a pele em vez de cortar, gerando desconforto e aumentando o risco de pequenos machucados.

Por isso, saber como amolar o alicate em casa e identificar quando o procedimento é seguro se tornou uma necessidade para muitas pessoas. A seguir, veja um panorama completo sobre as técnicas caseiras mais utilizadas.

ENTENDENDO O DESGASTE DO ALICATE

O alicate de cutícula é fabricado com lâminas finas e delicadas, projetadas para cortes de alta precisão. Com o tempo, porém, o atrito constante e o contato com superfícies duras reduzem seu corte. Outro fator que contribui para o desgaste é a falta de lubrificação, já que a articulação pode perder mobilidade e forçar uma pressão maior durante o uso.

Antes de tentar amolar o instrumento, é importante avaliar seu estado geral. Alicates com lâminas tortas, pontas amassadas ou com sinais de corrosão podem não responder bem às técnicas caseiras e, em alguns casos, exigem um serviço profissional. Já instrumentos que apenas perderam o fio mantêm a estrutura intacta e costumam ser bons candidatos para a afiação feita em casa.

USO DA LIXA DE UNHA

A técnica da lixa é uma das mais simples e conhecidas. Ela consiste em passar a lâmina do alicate repetidas vezes sobre uma lixa de metal ou uma lixa de unha grossa. O objetivo é suavizar pequenas irregularidades e recuperar parte do corte original. A lixa deve estar firme, em superfície plana, para evitar que o movimento entorte a lâmina.

Para aplicar o método, basta abrir o alicate e deslizar cada lâmina individualmente pela lixa, sempre no mesmo sentido. O movimento deve ser leve e contínuo. Após algumas repetições, é possível sentir a margem mais afiada ao toque, embora o resultado não seja comparável ao de afiações profissionais. A técnica funciona melhor em desgastes leves.

AMOLAR COM PAPEL ALUMÍNIO

Outra técnica amplamente difundida é o uso do papel alumínio. Apesar de simples, ela ajuda a alinhar pequenas rebarbas da lâmina, especialmente quando o corte está apenas opaco. O método consiste em dobrar uma folha de papel alumínio diversas vezes até que ela forme um pequeno bloco resistente. Em seguida, abre-se e fecha-se o alicate cortando o papel repetidamente.

A fricção entre o metal do alicate e o alumínio contribui para corrigir microimperfeições. No entanto, esta técnica não repara lâminas muito desgastadas ou com danos maiores. É considerada uma estratégia de manutenção, não uma afiação profunda. Funciona como apoio entre uma afiação e outra, prolongando a vida útil do instrumento.

AFIAÇÃO COM LIXA D’ÁGUA

A lixa d’água, encontrada em lojas de material de construção, é mais abrasiva e pode proporcionar um resultado um pouco mais eficiente em comparação às lixas comuns. É importante optar por granulações finas, que desgastam menos a lâmina. Assim como no uso da lixa tradicional, o movimento deve ser leve para não alterar o formato do corte.

O alicate deve ser deslizado na superfície úmida da lixa, em movimentos longos e contínuos. A água reduz o atrito excessivo e evita que o metal aqueça. Essa técnica exige maior cuidado, já que a abrasão pode desgastar mais do que o necessário, especialmente em mãos pouco experientes.

PEDRA DE AMOLAR OU PEDRA DE AFIAR

Quem busca uma afiação mais eficaz pode utilizar uma pequena pedra de amolar, semelhante às usadas para amolar facas. A pedra deve estar limpa e nivelada, e o alicate deve ser posicionado com delicadeza. O processo envolve deslizar a lâmina sobre a superfície da pedra em movimento diagonal e repetido.

Ao contrário de facas, porém, o alicate possui lâminas pequenas e curvas, o que torna esse método mais técnico. Movimentos bruscos podem alterar o ângulo da lâmina. Por isso, o método costuma ser recomendado apenas para quem já tem algum domínio sobre ferramentas de afiação ou está disposto a praticar com calma.

TESTANDO O CORTE APÓS A AFIAÇÃO

Depois de aplicar qualquer método de amolação, é importante testar o corte antes de usar o alicate na pele. Esse teste pode ser feito cortando-se um pedaço de papel fino. Se o corte estiver fluido e sem rasgar o papel, a lâmina está suficientemente afiada para a prática segura.

Caso o alicate continue puxando o papel em vez de cortá-lo, talvez seja necessário repetir algumas etapas da afiação. Em situações onde o desgaste é mais profundo ou quando o instrumento apresenta desalinhamento evidente, a afiação caseira pode não ser suficiente para recuperar o fio.

LUBRIFICAÇÃO E CUIDADOS APÓS A AFIAÇÃO

Após o processo de afiação, o alicate deve ser higienizado com álcool para remover resíduos de metal e poeira. A articulação também pode receber uma gota de óleo específico para ferramentas ou até óleo mineral, garantindo que o movimento se mantenha suave.

A lubrificação evita que a pressão sobre as lâminas aumente durante o uso, o que prolonga o fio recém-afiado. Manter o alicate guardado em local seco também ajuda a evitar corrosão e desgaste prematuro.

QUANDO NÃO AMOLAR EM CASA

Apesar da popularidade das técnicas caseiras, nem sempre elas são recomendadas. Alicates de uso profissional, por exemplo, exigem precisão de corte que só equipamentos específicos conseguem garantir. Além disso, quando a lâmina apresenta danos estruturais, como empenamento ou pontas quebradas, a afiação caseira pode piorar o problema.

Em casos de desgaste muito avançado, pode ser mais seguro e eficiente recorrer a afiação profissional. Muitos serviços especializados utilizam máquinas apropriadas que preservam o ângulo original da lâmina, prolongando de forma mais significativa seu tempo de uso.