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Ator de Amor de Mãe, da Globo, morreu aos 37 anos após perder luta contra câncer

Ator da novela "Amor de Mãe" teve uma morte precoce aos 37 anos após perder a luta contra um câncer; Relembre sua trajetória

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Léo Rosa interpretou o repórter César em “Amor de Mãe”, da Globo, exibida em 2020 (Foto: Reprodução)
Léo Rosa interpretou o repórter César em “Amor de Mãe”, da Globo, exibida em 2020 (Foto: Reprodução)

Exibida pela TV Globo entre 2019 e 2021, a novela “Amor de Mãe” foi marcada por sua narrativa centrada em maternidade, justiça social e desigualdades.

Escrita por Manuela Dias e estrelada por Regina Casé, Taís Araújo e Adriana Esteves, a trama conquistou o público ao apresentar temas como adoção, pobreza, violência e o impacto das escolhas individuais na vida coletiva.

Dentro do elenco diversificado, um dos personagens que ganhou destaque foi César, repórter vivido por Léo Rosa.

O personagem acompanhava episódios importantes da história, como uma ocupação escolar liderada por Camila (Jéssica Ellen).

Embora não estivesse entre os protagonistas, sua presença contribuiu para reforçar a atmosfera de realismo e relevância social da novela.

QUEM FOI LÉO ROSA

Leonardo Rosa nasceu em Porto Alegre, em 1983. Desde jovem, mostrou interesse pelas artes e iniciou sua trajetória no teatro, ambiente que se tornaria sua escola de atuação. Com talento e dedicação, chamou a atenção de diretores de televisão e logo conquistou papéis em produções de grande visibilidade.

Na televisão, estreou em 2005 na novela “Prova de Amor”, exibida pela Record TV. Pouco tempo depois, alcançou notoriedade como protagonista de “Vidas Opostas” (2006), onde interpretou Miguel, um jovem dividido entre universos sociais distintos. O trabalho lhe garantiu reconhecimento nacional e abriu portas para outros projetos.

Seguiram-se papéis em “Amor e Intrigas” (2007), “Promessas de Amor” (2009) e a minissérie “Rei Davi” (2012), onde interpretou Uri. Paralelamente, também atuou em produções teatrais e se dedicou a projetos independentes no cinema e na música.

A TRAJETÓRIA NA TV

Embora tenha ficado associado às produções da Record TV, Léo Rosa construiu uma carreira diversificada. Seu carisma e intensidade em cena o levaram a atuar em diferentes gêneros, do drama ao romance.

Na minissérie “Rei Davi”, seu personagem Uri era um guerreiro leal, e sua atuação foi elogiada pela crítica. Já em “Amor e Intrigas”, viveu Pedro, que protagonizava um relacionamento marcado por conflitos e segredos.

A participação em “Amor de Mãe”, na TV Globo, marcou sua estreia na emissora e representou um momento especial de sua carreira. Mesmo em meio ao tratamento contra o câncer, Léo aceitou o desafio e deu vida ao repórter César, personagem que simbolizava a busca pela verdade em tempos de incerteza.

O QUE É O CÂNCER DE TESTÍCULO

O câncer de testículo é um tipo de tumor relativamente raro quando comparado a outros cânceres que afetam os homens, mas é considerado o mais comum entre jovens adultos, especialmente entre 15 e 35 anos de idade, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Ele surge nas células dos testículos, responsáveis pela produção de hormônios e de espermatozoides.

Na maioria dos casos, o primeiro sinal é o aumento ou o aparecimento de um nódulo no testículo, que geralmente não causa dor. Outros sintomas podem incluir sensação de peso no escroto, dor abdominal baixa ou nas costas e acúmulo de líquido na bolsa escrotal.

O diagnóstico precoce é fundamental, pois aumenta significativamente as chances de cura. O tratamento varia de acordo com a fase da doença e pode incluir cirurgia para retirada do testículo afetado, quimioterapia e radioterapia. Apesar do impacto do diagnóstico, o câncer de testículo costuma apresentar altos índices de cura, especialmente quando identificado em estágio inicial.

Segundo dados do INCA, o acompanhamento médico regular e a atenção a sinais de alteração no corpo são medidas importantes para aumentar as chances de um prognóstico positivo.

O DESAFIO DA DOENÇA

Em 2018, Léo Rosa recebeu o diagnóstico de câncer nos testículos. A doença, inicialmente localizada, evoluiu para metástase, exigindo tratamentos intensos, incluindo quimioterapia. O ator compartilhou parte de sua jornada nas redes sociais, recebendo mensagens de apoio de colegas de profissão e fãs.

Apesar das dificuldades, manteve-se ativo artisticamente. Chegou a participar de leituras dramáticas, projetos de audiovisual independentes e a ministrar oficinas de atuação. Essa dedicação foi considerada por muitos uma prova de sua resiliência e amor pela arte.

De acordo com reportagens do G1 e do portal TV História, Léo Rosa enfrentou a doença até os últimos dias, sempre com esperança e determinação. Morreu no dia 9 de março de 2021, no Rio de Janeiro, aos 37 anos.

HOMENAGENS DE AMIGOS E COLEGAS

A notícia de sua morte gerou grande comoção no meio artístico. Atores, diretores e fãs usaram as redes sociais para prestar homenagens. Muitos lembraram de sua generosidade, talento e coragem diante da adversidade.

O velório aconteceu em Porto Alegre, sua cidade natal, reunindo familiares e amigos próximos. O momento foi marcado por lembranças de sua trajetória, tanto pessoal quanto profissional.

A IMPORTÂNCIA DE SUA OBRA

Embora tenha partido cedo, Léo Rosa deixou um legado na dramaturgia brasileira. Sua presença em novelas de sucesso, aliada à sua versatilidade em teatro e cinema, consolidou sua importância como intérprete.

Ele também se destacou em trabalhos fora da grande mídia, dirigindo videoclipes e participando de iniciativas culturais independentes. Esse aspecto de sua carreira evidencia o compromisso com a arte em suas diversas formas.

AMOR DE MÃE E A PANDEMIA

“Amor de Mãe” entrou para a história da televisão brasileira por ser uma novela interrompida pela pandemia de COVID-19. As gravações foram suspensas em março de 2020 e só retomadas meses depois, com protocolos rígidos de segurança.

A reta final, exibida em 2021, incorporou de forma ficcional o contexto pandêmico. Personagens apareceram usando máscaras, e a trama fez referências à vacinação, aproximando-se da realidade vivida pelo público.

O desfecho trouxe revelações importantes, como a descoberta de Lurdes (Regina Casé) de que Danilo (Chay Suede) era, na verdade, seu filho Domênico. Thelma (Adriana Esteves), vilã da trama, acabou exposta, e a família da protagonista finalmente se reuniu.

LÉO ROSA E A MARCA DE SUA ARTE

A carreira de Léo Rosa é lembrada pela intensidade com que se dedicou a cada personagem. Seus trabalhos em novelas da Record TV, sua estreia na Globo e sua atuação no teatro formam um conjunto que evidencia seu compromisso com a dramaturgia brasileira.

Mesmo enfrentando uma doença grave, não deixou de exercer seu ofício. Participou de projetos independentes, leituras dramáticas e oficinas, deixando claro que sua ligação com a arte ia além da profissão: era parte essencial de sua vida.

O LEGADO NA MEMÓRIA DO PÚBLICO

Aos 37 anos, Léo Rosa encerrou precocemente sua trajetória, mas permanece na memória de quem acompanhou sua carreira. As novelas em que atuou, como “Vidas Opostas” e “Amor de Mãe”, continuam a ser lembradas por fãs e críticos, garantindo que sua presença siga viva no imaginário coletivo.

Cada participação em televisão, teatro ou cinema se tornou um registro duradouro. Dessa forma, o ator gaúcho mantém seu espaço na história recente da teledramaturgia brasileira, como exemplo de talento e perseverança.

Redação Folha Vitória

Equipe de Jornalismo

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