Com o crescente interesse por práticas naturais no cuidado da saúde, especialmente em relação ao sistema digestivo, algumas plantas medicinais tradicionais têm ganhado destaque por suas propriedades terapêuticas.
Um dos exemplos mais relevantes é o chá de espinheira-santa, que apresenta benefícios comprovados para o estômago, atuando na prevenção e no tratamento de distúrbios gástricos como gastrite, refluxo e úlceras.
A espinheira-santa é uma planta de uso ancestral que tem despertado o interesse de pesquisadores e profissionais da saúde por sua eficácia e pela baixa incidência de efeitos colaterais quando comparada a medicamentos convencionais.
LEIA TAMBÉM:
- Aos 91 anos e pesando 130 kg, Francisco Cuoco vive solitário: “Tenho problemas de saúde”
- Você sabia? César Tralli já viveu casamento secreto com apresentadora famosa do JN, da Globo; saiba quem é
- Adeus, gordura e glicose alta! Chá anti-inflamatório limpa o sangue e seca o corpo com 3 ingredientes naturais
PLANTA MEDICINAL COM TRADIÇÃO TERAPÊUTICA
A espinheira-santa (Maytenus ilicifolia) é uma planta nativa da América do Sul, tradicionalmente utilizada para tratar problemas digestivos. Suas folhas são reconhecidas por promoverem o aumento da camada de muco que reveste o estômago, protegendo-o da ação agressiva dos ácidos gástricos. Esse mecanismo é essencial tanto na prevenção quanto na recuperação de lesões como gastrite e úlceras.
Além de sua ação protetora, a planta apresenta propriedades cicatrizantes e anti-inflamatórias, tornando-se uma aliada valiosa no tratamento de doenças estomacais de natureza inflamatória.
ESTUDOS CONFIRMAM OS BENEFÍCIOS DA ESPINHEIRA-SANTA
Pesquisas conduzidas por instituições como a Embrapa e universidades do sul do Brasil têm investigado a composição química da espinheira-santa. Os resultados apontam que seus efeitos terapêuticos são atribuídos a compostos como:
- Catequinas: com ação antioxidante e protetora da mucosa gástrica;
- Ácido tânico: auxilia na cicatrização e na redução da acidez estomacal;
- Silício e tanino: que atuam na regeneração dos tecidos e no controle de microrganismos.
Segundo o médico Dr. Christian Aguiar, esses elementos colaboram não apenas na cicatrização das úlceras, mas também no combate à bactéria Helicobacter pylori, frequentemente associada a problemas gástricos crônicos.
A IMPORTÂNCIA DA IDENTIFICAÇÃO CORRETA DA PLANTA
Um ponto de atenção destacado por especialistas diz respeito à correta identificação da espinheira-santa. Existem espécies semelhantes que não possuem as mesmas propriedades medicinais e, pior, podem apresentar toxicidade.
Para garantir a segurança do uso, recomenda-se observar atentamente a morfologia das folhas e, sempre que possível, adquirir a planta em locais especializados e confiáveis. O uso de variedades erradas pode acarretar riscos à saúde.
COMO O CHÁ AGE NO SISTEMA DIGESTIVO
O chá de espinheira-santa oferece benefícios diretos ao trato gastrointestinal. Entre os principais efeitos relatados estão:
- Proteção da mucosa gástrica: ao aumentar a produção de muco, o chá ajuda a evitar o contato direto do ácido estomacal com a parede do estômago;
- Efeito cicatrizante: acelera a recuperação de lesões como gastrite erosiva e úlceras;
- Ação antibacteriana: inibe a proliferação da H. pylori, microrganismo comum em casos de úlcera;
- Redução de gases e inchaço: graças à ação dos taninos, que controlam a fermentação intestinal;
- Ação diurética: contribui para a eliminação de líquidos retidos e alivia o inchaço abdominal.
Esses benefícios tornam a espinheira-santa uma das plantas mais completas no cuidado com a saúde estomacal, especialmente para quem busca soluções naturais de baixo risco.
RECEITA DO CHÁ DE ESPINHEIRA-SANTA
O preparo do chá é simples e pode ser incorporado facilmente à rotina diária. Veja a receita:
Ingredientes:
- 1 colher de sopa de folhas secas de espinheira-santa
- 500 ml de água
Modo de preparo:
- Ferva a água.
- Desligue o fogo e adicione as folhas secas.
- Tampe e deixe em infusão por 10 a 15 minutos.
- Coe antes de consumir.
O chá pode ser ingerido morno ou frio, duas vezes ao dia, preferencialmente antes das principais refeições. Seu uso regular pode potencializar os efeitos protetores e cicatrizantes no estômago.
ALERTAS E CONTRAINDICAÇÕES
Apesar de seus inúmeros benefícios, o uso da espinheira-santa deve ser feito com cautela. Gestantes e lactantes não devem consumir a planta, devido à possibilidade de interferência na gestação e na produção de leite.
Além disso, pessoas com histórico de alergias a plantas medicinais devem realizar um teste prévio ou consultar um profissional da saúde antes de iniciar o uso regular do chá.
Outra recomendação importante é evitar o consumo excessivo. O uso prolongado ou em doses elevadas pode afetar a absorção de nutrientes ou causar desconfortos intestinais.
O CHÁ AJUDA MESMO?
A espinheira-santa se consolida como uma opção promissora e acessível para quem busca melhorar a saúde digestiva de maneira natural. Sua ação abrangente no estômago — que inclui proteção, cicatrização, controle bacteriano e redução de sintomas como inchaço e azia — reforça seu valor como planta medicinal.
Os avanços nas pesquisas científicas têm validado o uso tradicional da espinheira-santa, oferecendo respaldo para quem deseja adotar alternativas mais naturais no cuidado com a saúde. No entanto, o acompanhamento médico continua sendo indispensável para garantir um uso seguro e eficaz.
LEIA TAMBÉM:
