Fazer as próprias unhas em casa se tornou um hábito cada vez mais comum, seja pela praticidade, pela economia ou pela busca de autonomia nos cuidados de beleza.
Entre os passos que mais exigem atenção está a remoção das cutículas, uma etapa delicada que, se feita de forma inadequada, pode causar pequenos machucados, infecções ou até comprometer o crescimento saudável das unhas.
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Apesar disso, com o uso de ferramentas adequadas e técnicas corretas, é possível executar o processo com segurança e alcançar um resultado próximo ao trabalho de uma profissional.
A popularização de tutorais e da manicure caseira fez com que muitas pessoas buscassem formas eficientes de retirar a cutícula sem agressões à pele. Embora a prática seja comum no Brasil, vale lembrar que a função natural da cutícula é proteger a base da unha contra fungos e bactérias. Por isso, removê-la completamente não é necessário e pode até ser prejudicial.
Em vez disso, o recomendado é diminuir o excesso de pele que se acumula ao redor da unha, mantendo o acabamento limpo sem comprometer a proteção natural da área.
A seguir, veja um guia completo sobre como remover a cutícula em casa mantendo segurança, eficiência e um acabamento estético satisfatório.
PREPARAÇÃO DAS UNHAS
A etapa inicial determina grande parte do resultado final. Começar com as unhas limpas, sem esmalte e livres de resíduos é essencial para visualizar bem o contorno da cutícula. Para isso, o ideal é utilizar removedor de esmalte sem acetona, que diminui o ressecamento da pele.
Em seguida, uma lavagem com água morna e sabonete neutro ajuda a suavizar a área e preparar as cutículas. Para quem busca maior precisão, uma esfoliação leve ao redor das unhas remove células mortas e facilita o deslizamento da espátula durante o processo. Secar bem as mãos evita que a lâmina do alicate escorregue.
AMOLECIMENTO DA CUTÍCULA
Remover a cutícula seca aumenta significativamente o risco de cortes e ferimentos. Por isso, o amolecimento é uma das etapas mais importantes. Existem duas maneiras principais de realizar este passo: com a imersão das mãos em água morna ou com o uso de cremes específicos para amolecer cutículas.
A imersão geralmente leva de cinco a dez minutos e permite que a pele se torne mais flexível. Já os cremes amolecedores, encontrados em farmácias e perfumarias, possuem fórmulas que hidratam e suavizam rapidamente a área. Em ambos os casos, é importante evitar o excesso de água para não enfraquecer a unha.
USO CORRETO DA ESPÁTULA
A espátula é um instrumento essencial para quem vai remover cutículas em casa. Ela serve para empurrar suavemente a pele acumulada na base das unhas, expondo somente o excesso que será aparado. O movimento deve ser leve, acompanhando o contorno da unha e sem pressionar demais.
Ao empurrar a cutícula, é possível identificar facilmente as peles soltas ou levantadas, que são as únicas partes recomendadas para remoção. A pressão excessiva com a espátula pode machucar a pele e causar danos à matriz da unha, responsável pelo seu crescimento. Por isso, o processo deve ser feito com calma e com atenção aos sinais de sensibilidade.
TÉCNICA PARA CORTAR O EXCESSO
A remoção do excesso de cutícula é a etapa que exige maior precisão. O alicate deve estar limpo, bem afiado e com bom alinhamento, garantindo um corte suave, sem repuxões. O ideal é cortar somente a pele solta, evitando avançar sobre áreas que ainda estão aderidas à unha.
O corte deve ser feito em toda a extensão da cutícula seguindo um único movimento contínuo, sempre acompanhando o formato da base da unha. Movimentos picotados ou repetitivos aumentam as chances de ferimentos. Caso apareça algum ponto de pele mais grossa, o corte deve ser feito com calma, em pequenas seções.
É comum que iniciantes cortem mais do que o necessário. Com o tempo, no entanto, o olhar se torna mais preciso e o processo mais rápido. A prática constante ajuda a identificar o limite ideal entre remover o excesso e preservar a proteção natural da área.
CUIDADOS COM A HIGIENE E COM AS FERRAMENTAS
Higienizar bem os instrumentos de manicure é essencial para prevenir infecções. Antes e depois do uso, alicate, espátula e tesouras devem ser limpos com álcool 70 por cento. Após a secagem, devem ser guardados em local protegido da umidade.
Outra medida importante é evitar o compartilhamento de instrumentos, especialmente entre pessoas com sensibilidades diferentes. Em ambientes profissionais, o uso de estufa ou autoclave é obrigatório, mas em casa o cuidado com limpeza e secagem já reduz bastante o risco de contaminação.
HIDRATAÇÃO DA REGIÃO
A remoção da cutícula, mesmo quando feita de forma correta, tende a deixar a pele um pouco sensível. Por isso, hidratar a área é um passo indispensável. Cremes hidratantes específicos para mãos ou óleos nutritivos ajudam a devolver a maciez à pele e reduzem eventuais vermelhidões.
A hidratação também facilita o acabamento da esmaltação, caso a pessoa deseje esmaltar as unhas em seguida, já que a pele mais macia ajuda a evitar borrões e facilita a limpeza do excesso de esmalte.
ALTERNATIVA SEM REMOÇÃO COMPLETA
Embora a remoção da cutícula seja uma prática comum no Brasil, há quem prefira manter a pele no lugar e apenas realizar a limpeza superficial. Essa técnica consiste em empurrar a cutícula e utilizar produtos que ajudam a dissolver ou esfoliar o excesso, sem cortar.
Muitos adeptos alegam que, com o tempo, a cutícula se torna menos espessa e o acabamento é tão limpo quanto o obtido com a remoção tradicional. Além disso, reduzir o uso de alicate diminui o risco de machucados e promove uma proteção natural maior contra fungos e bactérias. Essa abordagem também é comum em países onde a remoção completa é desencorajada por profissionais da saúde.
FREQUÊNCIA IDEAL DE MANUTENÇÃO
A frequência para remover cutículas varia conforme o crescimento e a espessura da pele de cada pessoa. De modo geral, um intervalo de uma a duas semanas costuma ser suficiente para manter as unhas com boa aparência. Algumas pessoas podem necessitar de um intervalo menor, enquanto outras conseguem manter o acabamento por mais tempo.
É importante evitar remover a cutícula com frequência excessiva, pois isso pode estimular o crescimento mais acelerado da pele e deixá-la mais grossa. A constância moderada, acompanhada de hidratação regular, é o que garante melhor resultado a longo prazo.
Repórter
Jornalista formada pela Faesa, com foco em beleza, saúde e bem-estar. Entusiasta do esporte e curiosa por novos temas.
