Foto: Freepik
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O Dia Mundial da Alimentação, celebrado em 16 de outubro, é uma das datas mais importantes do calendário global da saúde. Em 2025, o tema ganha ainda mais relevância diante de desafios que vão desde o aumento do consumo de ultraprocessados até o impacto ambiental gerado pela produção de alimentos.

O objetivo da data é promover a reflexão sobre como as escolhas alimentares individuais podem influenciar não apenas o bem-estar das pessoas, mas também o futuro do planeta.

Instituído pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) em 1979, o Dia Mundial da Alimentação busca estimular hábitos alimentares saudáveis e incentivar políticas públicas que garantam o direito universal à alimentação adequada. A cada ano, milhões de pessoas em todo o mundo participam de ações educativas, palestras e campanhas que reforçam a importância de comer bem e de maneira equilibrada.

Em um contexto em que o excesso de açúcar, gordura e sódio ainda é um problema global, as recomendações para uma alimentação saudável em 2025 passam por práticas simples, mas eficazes. A data é um lembrete de que o equilíbrio alimentar está ao alcance de todos, desde que haja atenção à qualidade do que se coloca no prato.

O QUE REPRESENTA O DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO

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(Foto: Pexels)

A celebração do Dia Mundial da Alimentação tem como base o princípio de que comer é um ato político, social e ambiental. Mais do que uma questão individual, a alimentação está diretamente ligada a temas como segurança alimentar, sustentabilidade e combate ao desperdício.

Em 2025, as discussões giram em torno da necessidade de repensar os sistemas alimentares. O consumo excessivo de alimentos industrializados e a baixa ingestão de frutas, verduras e legumes têm contribuído para o aumento de doenças crônicas, como obesidade, diabetes e hipertensão. Ao mesmo tempo, o impacto da produção em larga escala sobre os recursos naturais se tornou um dos grandes desafios da atualidade.

A data também busca valorizar os produtores locais e os alimentos regionais, incentivando uma relação mais próxima entre quem consome e quem produz. Comer de forma saudável não se resume a contar calorias, mas envolve reconhecer o papel social e cultural dos alimentos.

COMO MANTER UMA ALIMENTAÇÃO EQUILIBRADA

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(Reprodução: Freepik)

Uma alimentação equilibrada é aquela que fornece todos os nutrientes necessários para o bom funcionamento do organismo, respeitando as proporções adequadas entre carboidratos, proteínas e gorduras.

O Guia Alimentar para a População Brasileira, referência mundial na área de nutrição, orienta que as refeições sejam baseadas em alimentos in natura ou minimamente processados, como frutas, verduras, legumes, cereais integrais, leguminosas e carnes magras.

Reduzir o consumo de ultraprocessados é uma das principais recomendações. Esses produtos, que incluem refrigerantes, embutidos, biscoitos recheados e macarrões instantâneos, são ricos em aditivos e pobres em nutrientes. O consumo frequente está associado a um maior risco de doenças metabólicas e inflamatórias.

Além disso, é fundamental manter uma rotina alimentar com horários regulares e evitar longos períodos de jejum, que podem levar a escolhas impulsivas e menos nutritivas ao longo do dia.

HIDRATAÇÃO É PARTE FUNDAMENTAL DO PROCESSO

Mulher bebendo água/Reprodução
Foto/Reprodução

Manter o corpo hidratado é uma etapa essencial de uma alimentação saudável. A água participa de praticamente todas as funções do organismo, desde a digestão até a regulação da temperatura corporal.

A recomendação geral é consumir cerca de dois litros de água por dia, embora essa quantidade possa variar de acordo com o peso, o clima e o nível de atividade física de cada pessoa. O hábito de beber água ao longo do dia ajuda a evitar a confusão entre sede e fome, comum em rotinas agitadas.

Bebidas açucaradas, como refrigerantes e sucos industrializados, devem ser evitadas. O consumo excessivo de açúcar líquido contribui para o aumento de peso e o desenvolvimento de doenças metabólicas.

O PAPEL DAS FIBRAS E DAS CORES NO PRATO

Reprodução/Freepik

Um dos pilares da boa alimentação é a diversidade de cores no prato, que indica variedade de nutrientes. Frutas e vegetais coloridos contêm vitaminas, minerais e antioxidantes que ajudam a fortalecer o sistema imunológico e a prevenir doenças.

As fibras alimentares, presentes em cereais integrais, leguminosas, frutas e verduras, também desempenham papel importante. Elas contribuem para o bom funcionamento intestinal, ajudam a controlar os níveis de colesterol e proporcionam maior sensação de saciedade, auxiliando no controle do peso corporal.

Ao compor uma refeição equilibrada, a orientação é que metade do prato seja composta por vegetais, um quarto por fontes de carboidratos complexos (como arroz integral, batata ou mandioca) e outro quarto por proteínas magras (como peixes, ovos ou carnes brancas).

SUSTENTABILIDADE E CONSUMO CONSCIENTE

Em 2025, as discussões sobre alimentação saudável estão cada vez mais conectadas à sustentabilidade alimentar. Escolher o que comer também é uma forma de cuidar do meio ambiente. Optar por alimentos produzidos localmente, reduzir o desperdício e dar preferência a ingredientes da estação são atitudes que fazem diferença.

Estima-se que um terço dos alimentos produzidos no mundo é desperdiçado, segundo dados da FAO. Esse desperdício ocorre em todas as etapas da cadeia produtiva, desde o campo até o consumo final. Reduzir o descarte de alimentos é uma das metas mais urgentes para garantir segurança alimentar às próximas gerações.

O incentivo à agricultura familiar e ao consumo de produtos orgânicos também faz parte dessa transformação. Além de serem mais sustentáveis, os alimentos produzidos de forma responsável tendem a ter menos agrotóxicos e maior valor nutricional.

O IMPACTO DOS HÁBITOS MODERNOS NA SAÚDE

Exercícios fáceis para entrar em forma sem gastar
Exercícios fáceis para entrar em forma sem gastar nada. (Foto: ChatGPT)

A rotina acelerada e o crescimento das plataformas de entrega modificaram a relação das pessoas com a comida. O aumento do consumo de refeições prontas, aliado ao sedentarismo, tem contribuído para o avanço das doenças relacionadas à má alimentação.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que as doenças crônicas não transmissíveis, como obesidade e diabetes tipo 2, já representam uma das principais causas de morte no mundo. No Brasil, pesquisas indicam que o consumo de ultraprocessados cresceu significativamente na última década, substituindo preparações caseiras e refeições feitas com alimentos frescos.

O Dia Mundial da Alimentação, portanto, é uma oportunidade de repensar hábitos e buscar mais equilíbrio. Pequenas mudanças no cotidiano, como planejar as compras da semana e preparar as próprias refeições, podem gerar impactos duradouros na saúde.

Kayra Miranda, repórter do Folha Vitória
Kayra Miranda

Repórter

Jornalista formada pela Faesa, com foco em beleza, saúde e bem-estar. Entusiasta do esporte e curiosa por novos temas.

Jornalista formada pela Faesa, com foco em beleza, saúde e bem-estar. Entusiasta do esporte e curiosa por novos temas.