(Foto: Divulgação)
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O Dia Mundial do Pão, comemorado em 16 de outubro, é uma data criada para homenagear um dos alimentos mais consumidos e simbólicos do planeta. Desde as primeiras civilizações, o pão tem acompanhado a humanidade, servindo como base da alimentação em diversos continentes e representando valores como partilha, união e sustento.

Em 2025, a celebração ganha destaque ao unir tradição e inovação. Além de valorizar as padarias artesanais e o trabalho dos padeiros, a data também estimula o consumo consciente e o resgate de receitas caseiras, que permitem entender melhor a simplicidade e o valor nutricional do pão.

Ao mesmo tempo, o tema chama atenção para a importância dos carboidratos na dieta e para o equilíbrio alimentar, muitas vezes comprometido por dietas restritivas.

ORIGEM E SIGNIFICADO DO DIA MUNDIAL DO PÃO

Foto: Freepik

O Dia Mundial do Pão foi instituído pela União Internacional dos Padeiros e Afins (UIB) em 2006, com o objetivo de destacar a importância do alimento e reconhecer o trabalho das pessoas envolvidas em sua produção. A data coincide com o Dia Mundial da Alimentação, promovido pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), reforçando a ligação entre nutrição, cultura e sustentabilidade.

O pão é um dos alimentos mais antigos conhecidos. Registros históricos mostram que as primeiras versões surgiram há cerca de 14 mil anos, quando grãos moídos eram misturados com água e assados sobre pedras aquecidas. Com o passar dos séculos, as técnicas evoluíram, e a descoberta da fermentação natural transformou completamente a panificação.

Hoje, o pão é produzido em praticamente todos os países, com variações de ingredientes, formatos e métodos de preparo. Na França, a baguete é patrimônio cultural; na Itália, o pão ciabatta representa a tradição familiar; no Oriente Médio, o pão sírio faz parte da base da alimentação cotidiana.

RECEITAS CLÁSSICAS PARA CELEBRAR A DATA

(Foto: Reprodução/META AI)

O Dia Mundial do Pão é também um convite para redescobrir o prazer de preparar o alimento em casa. A seguir, três receitas simples e tradicionais que mostram a versatilidade do pão na culinária.

1. PÃO DE QUEIJO MINEIRO TRADICIONAL

Ingredientes:

  • 500 g de polvilho azedo
  • 250 ml de leite
  • 100 ml de óleo
  • 2 ovos
  • 200 g de queijo minas meia cura ralado
  • Sal a gosto

Modo de preparo:

  1. Ferva o leite com o óleo e despeje sobre o polvilho em uma tigela, misturando bem.
  2. Espere esfriar um pouco, adicione os ovos e o queijo ralado.
  3. Amasse até formar uma massa homogênea.
  4. Modele bolinhas e leve ao forno preaquecido a 200 °C por cerca de 25 minutos, até dourar.

O resultado é um pão leve e macio, com casquinha crocante e sabor marcante de queijo.

2. PÃO DOCE CASEIRO COM COCO

Ingredientes:

  • 500 g de farinha de trigo
  • 1 envelope de fermento biológico seco (10 g)
  • 3 colheres (sopa) de açúcar
  • 2 colheres (sopa) de manteiga
  • 200 ml de leite morno
  • 1 ovo
  • 1 pitada de sal
  • Coco ralado e leite condensado (para cobertura)

Modo de preparo:

  1. Misture o fermento, o açúcar e o leite morno. Deixe agir por 10 minutos.
  2. Adicione a manteiga, o ovo e o sal. Acrescente a farinha aos poucos até formar uma massa lisa.
  3. Deixe descansar por 1 hora.
  4. Modele os pães, asse por 30 minutos em forno médio.
  5. Pincele leite condensado e polvilhe coco ralado ainda quente.

Ideal para o café da tarde, esse pão doce é macio e aromático.

3. PÃO DE CENTEIO COM SEMENTES

Ingredientes:

  • 300 g de farinha de trigo
  • 200 g de farinha de centeio
  • 1 envelope de fermento biológico seco (10 g)
  • 1 colher (sopa) de mel
  • 2 colheres (sopa) de azeite
  • 300 ml de água morna
  • 1 colher (chá) de sal
  • Sementes de linhaça, girassol e chia a gosto

Modo de preparo:

  1. Misture as farinhas, o sal e o fermento.
  2. Acrescente o mel, o azeite e a água morna aos poucos, até obter uma massa firme.
  3. Adicione as sementes e misture bem.
  4. Deixe crescer por 1 hora e asse por 40 minutos em forno médio.

Rico em fibras e gorduras boas, é excelente para acompanhar sopas e saladas.

4. PÃO DE ABÓBORA COM CANELA

Ingredientes:

  • 2 xícaras (chá) de purê de abóbora cabotiá cozida
  • 4 xícaras (chá) de farinha de trigo
  • 1/2 xícara (chá) de açúcar mascavo
  • 1 envelope de fermento biológico seco (10 g)
  • 3 colheres (sopa) de manteiga
  • 1 ovo
  • 1 colher (chá) de canela em pó
  • 1 pitada de sal

Modo de preparo:

  1. Misture o fermento, o açúcar e a manteiga.
  2. Adicione o purê de abóbora, o ovo e o sal.
  3. Acrescente a farinha aos poucos, até formar uma massa macia.
  4. Deixe crescer por 1 hora e asse a 180 °C por 35 minutos.

O pão de abóbora tem sabor levemente adocicado e textura úmida, perfeito para acompanhar café ou chá.

5. PÃO RECHEADO COM ERVAS E QUEIJO

Ingredientes:

  • 500 g de farinha de trigo
  • 1 envelope de fermento biológico seco (10 g)
  • 2 colheres (sopa) de azeite
  • 250 ml de água morna
  • 1 colher (chá) de sal
  • 200 g de queijo muçarela ralado
  • Ervas finas (orégano, manjericão e tomilho)

Modo de preparo:

  1. Misture a farinha, o fermento e o sal.
  2. Adicione o azeite e a água, formando uma massa lisa.
  3. Deixe crescer por 40 minutos.
  4. Abra a massa, espalhe o queijo e as ervas, enrole como um rocambole e asse a 200 °C por 30 a 35 minutos.

O resultado é um pão macio por dentro e levemente crocante por fora, com aroma irresistível de ervas e queijo derretido.

A IMPORTÂNCIA DO PÃO NA ALIMENTAÇÃO

Foto: Freepik

Nutricionalmente, o pão é uma importante fonte de energia, especialmente por seu teor de carboidratos complexos, que fornecem combustível para o funcionamento do cérebro e dos músculos. Além disso, dependendo da receita, ele pode oferecer fibras, proteínas e micronutrientes como ferro e vitaminas do complexo B.

A crença de que o pão é vilão das dietas é um equívoco comum. Quando consumido com moderação e em versões mais nutritivas, como as integrais ou de fermentação natural, o alimento pode contribuir para uma dieta equilibrada.

O pão integral, por exemplo, contém grãos menos processados, o que preserva a fibra e ajuda no bom funcionamento intestinal. Já os pães de fermentação natural tendem a ter melhor digestibilidade, já que o processo de fermentação prolongada reduz o glúten e melhora a absorção de nutrientes.

O equilíbrio é o ponto central. O excesso de pães ultraprocessados, com adição de gorduras e açúcares, deve ser evitado, mas o pão em sua forma tradicional continua sendo um componente essencial da mesa e da nutrição humana.

Kayra Miranda, repórter do Folha Vitória
Kayra Miranda

Repórter

Jornalista formada pela Faesa, com foco em beleza, saúde e bem-estar. Entusiasta do esporte e curiosa por novos temas.

Jornalista formada pela Faesa, com foco em beleza, saúde e bem-estar. Entusiasta do esporte e curiosa por novos temas.