O caso de assédio denunciado por Juliana Oliveira, ex-assistente de palco do programa The Noite, voltou a ganhar repercussão após declarações inéditas de Roger Moreira, vocalista da banda Ultraje a Rigor e figura constante no talk show do SBT. Em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, nesta terça-feira (6), Roger comentou pela primeira vez sobre as acusações envolvendo o apresentador Otávio Mesquita e fez um alerta que chamou atenção nos bastidores da televisão.
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ACUSAÇÕES DE JULIANA OLIVEIRA
A denúncia, inicialmente tornada pública por Juliana Oliveira, refere-se a um episódio ocorrido em 2016, durante uma gravação do programa The Noite. Segundo a humorista, Mesquita teria tocado em seus seios e partes íntimas sem consentimento, mesmo diante de sinais claros de desconforto por parte dela. A situação só veio à tona publicamente anos depois, quando Juliana decidiu levar o caso à Justiça.
ROGER MOREIRA DIZ QUE JULIANA “PERDEU TUDO”
Durante a entrevista ao Pânico, Roger Moreira se pronunciou de forma crítica. Ele afirmou acreditar que Juliana “pode até ganhar o processo”, mas advertiu que, “de resto, ela perde tudo”. A fala sugere que, segundo o músico, a repercussão da denúncia pode trazer consequências negativas para a carreira da ex-colega, ainda que juridicamente ela seja bem-sucedida.
Roger também declarou que, à época do ocorrido, Juliana demonstrou incômodo com a situação e contou com o apoio da equipe de produção. No entanto, insinuou que a decisão de judicializar o caso pode ter sido motivada por influências externas. Sem mencionar nomes, ele apontou que, em muitos casos, há manipulações que interferem nas escolhas das vítimas, algo que também impacta a reputação dos envolvidos. A denúncia tem mobilizado diferentes setores da emissora e gerado posicionamentos de outras figuras públicas.
DECLARAÇÃO DE DANILO GENTILI
Danilo Gentili, apresentador do The Noite, também comentou o caso recentemente. Segundo ele, Juliana nunca procurou ajuda jurídica ou psicológica após o episódio, apesar de ele próprio ter oferecido suporte. Em vídeo publicado nas redes sociais, Gentili compartilhou trechos de conversas privadas em que Juliana teria recusado a assistência e solicitado apenas que Otávio Mesquita não fosse mais convidado ao programa.
Ainda no vídeo, Gentili divulgou registros de 2020 nos quais Juliana teria reconhecido o ocorrido como estupro, embora tenha decidido, naquele momento, não formalizar a denúncia. O humorista, no entanto, mostrou-se ressentido com a acusação de omissão, classificando a atitude da ex-colega como uma “faca nas costas”.
MESQUITA NEGA ACUSAÇÃO E PROMETE PROCESSAR
O apresentador Otávio Mesquita, por sua vez, nega veementemente as acusações e afirma que a interação teria sido combinada previamente com Juliana. Ele também alegou, em publicações nas redes sociais, que a ex-assistente de palco estaria sendo manipulada por terceiros interessados em prejudicá-lo. Diante da repercussão, Mesquita já anunciou que pretende processar Juliana Oliveira por calúnia e difamação.
DEBATE POLÊMICO NO PROGRAMA PÂNICO
A situação gerou comentários polêmicos durante o programa Pânico. Um dos apresentadores, Daniel Zukerman, criticou o impacto de denúncias como essa no debate público sobre violência sexual. Ele afirmou que, em casos nos quais há dúvidas quanto à veracidade dos fatos, vítimas reais acabam sendo desacreditadas. “Quando realmente acontece o estupro, diminui quem realmente sofre com o ato. Porque o Mesquita fica como estuprador”, declarou.
CARREIRA DE JULIANA NO SBT
Juliana Oliveira, que deixou o elenco do The Noite após anos de participação, ainda não comentou as recentes falas de Roger Moreira ou Danilo Gentili. Antes do afastamento, era considerada uma das funcionárias mais presentes nos quadros humorísticos da emissora. Com o encerramento de alguns programas e a saída do SBT, ficou sem vínculo com a televisão.
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AMBIENTE ARTISTICO E O MEDO DE DENUNCIAR
A denúncia que envolve um episódio de quase uma década atrás e que só veio à tona agora acende um alerta sobre os desafios enfrentados por vítimas de assédio sexual, especialmente em ambientes de trabalho públicos e sob os holofotes da fama. Além disso, expõe a complexidade das relações profissionais e pessoais em meios onde reputações podem ser afetadas tanto por acusações quanto por silêncios.
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Especialistas ouvidos por veículos de imprensa em ocasiões anteriores destacaram que muitos casos de assédio só são denunciados anos depois justamente pelo medo de retaliações, descrédito ou prejuízos à carreira. No meio artístico, esse receio é ainda maior, dada a exposição constante e a falta de mecanismos de apoio formal dentro de muitas empresas e emissoras.
Enquanto o caso segue tramitando judicialmente, o episódio serve como mais um exemplo das dificuldades estruturais enfrentadas por mulheres que buscam responsabilizar figuras públicas por comportamentos abusivos. O apoio institucional e a condução sensível desses casos continuam sendo apontados como indispensáveis para que situações semelhantes sejam evitadas no futuro.
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A repercussão das falas de Roger Moreira também reforça o debate sobre como figuras públicas lidam com denúncias de assédio dentro dos próprios ambientes de trabalho. Ao afirmar que Juliana “perde tudo” ao seguir com a denúncia, mesmo que ganhe na Justiça, ele expõe uma visão que, segundo especialistas em direitos das mulheres, pode desencorajar vítimas a buscarem reparação legal.
O caso permanece em investigação, e o desfecho jurídico ainda é incerto. Mas, mais do que isso, a situação revela a tensão latente entre a tentativa de se preservar reputações e a necessidade de se criar espaços seguros para que vítimas de violência possam se manifestar, ser ouvidas e, sobretudo, amparadas.
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