Remédio losartana/Canva e divulgação
Remédio losartana/Canva e divulgação

A losartana é um medicamento amplamente utilizado no tratamento de condições como a hipertensão arterial (pressão alta), insuficiência cardíaca, insuficiência renal em pacientes com diabetes tipo 2, além de ser utilizada na prevenção de AVCs em alguns casos.

Ela pertence a uma classe de medicamentos chamados antagonistas dos receptores da angiotensina II (ARBs), que atuam relaxando os vasos sanguíneos e, assim, ajudando a reduzir a pressão arterial.

Ao ser administrada, a losartana bloqueia a ação de uma substância no corpo chamada angiotensina II, que normalmente faz os vasos sanguíneos se contraírem, aumentando a pressão arterial.

Ao bloquear essa substância, a losartana ajuda a dilatar os vasos sanguíneos, facilitando o fluxo sanguíneo e ajudando a reduzir a pressão arterial.

A hipertensão é uma das condições mais comuns que afetam a saúde cardiovascular. Se não controlada, pode levar a complicações graves, como doenças cardíacas, insuficiência renal e derrames. É nesse contexto que a losartana se torna um medicamento de extrema importância, especialmente quando associada ao tratamento de outras condições, como insuficiência cardíaca e nefropatia diabética.

A LOSARTANA PODE VICIAR?

Uma dúvida comum entre pacientes que utilizam a losartana é se o medicamento pode viciar. No entanto, a losartana não causa dependência ou vício. Isso ocorre porque, ao contrário de substâncias psicoativas (como álcool, nicotina, opioides e outras drogas recreativas), a losartana não possui efeitos que alteram o comportamento de forma a gerar um desejo compulsivo ou sensação de prazer.

A losartana não tem efeito de recompensa no cérebro, o que caracteriza substâncias viciantes. Ela age diretamente no sistema cardiovascular para controlar a pressão arterial e, embora seja necessário usá-la com regularidade para o controle da pressão, isso não significa que ela crie uma dependência física ou psicológica.

Ao contrário de medicamentos que causam dependência, como os opioides, a losartana não apresenta efeitos que desencadeiam a necessidade compulsiva de aumento de dose ou consumo contínuo. Ela não altera as funções cognitivas, nem gera uma sensação de prazer ou euforia que associaríamos ao conceito de “vício”.

INTERROMPER O USO DA LOSARTANA

Embora a losartana não seja viciante, não é aconselhável interromper seu uso sem orientação médica. A hipertensão é uma condição crônica, e a losartana ajuda a manter a pressão arterial sob controle. Se o tratamento for interrompido repentinamente, a pressão arterial pode voltar a níveis elevados, o que aumenta o risco de complicações graves, como:

  • Acidente Vascular Cerebral (AVC)
  • Infarto do Miocárdio
  • Insuficiência renal
  • Problemas no sistema cardiovascular

A interrupção abrupta do medicamento pode levar a um aumento rápido da pressão arterial, o que pode ser perigoso para a saúde do paciente. Caso o paciente sinta que precisa interromper o uso ou ajustar a dose do medicamento, isso deve ser feito apenas com a orientação de um médico, que pode ajustar a medicação conforme necessário e orientar sobre alternativas.

Muitas vezes, os pacientes têm a falsa impressão de que, uma vez controlada a pressão arterial, o medicamento pode ser suspenso. Contudo, a hipertensão é uma doença crônica que, quando não tratada adequadamente, pode trazer sérios riscos à saúde. Por isso, o uso contínuo da losartana ou de outros medicamentos antihipertensivos deve ser feito conforme as orientações médicas, mantendo os níveis de pressão arterial estáveis e evitando complicações graves.

EFEITOS COLATERAIS DA LOSARTANA

Como qualquer medicamento, a losartana pode causar efeitos colaterais, embora nem todas as pessoas os experimentem. Alguns dos efeitos colaterais mais comuns incluem:

  • Tontura ou sensação de desmaio, principalmente ao levantar-se rapidamente.
  • Dor de cabeça.
  • Fadiga (sensação de cansaço).
  • Náusea ou distúrbios gastrointestinais.
  • Aumento dos níveis de potássio no sangue, o que pode causar problemas no coração se não for monitorado.
  • Reações alérgicas raras, como erupções cutâneas ou dificuldade para respirar.

Esses efeitos geralmente são leves e desaparecem com o tempo. No entanto, se algum desses sintomas persistir ou se tornar grave, é fundamental procurar o médico para uma reavaliação do tratamento.

Em casos mais raros, a losartana pode causar reações alérgicas graves, como dificuldade para respirar, inchaço na face ou na garganta. Se isso ocorrer, é necessário buscar atendimento médico imediatamente. O monitoramento regular dos níveis de potássio no sangue também é recomendado, uma vez que a losartana pode aumentar esses níveis, o que pode ser perigoso para o coração.

O QUE FAZER SE ESQUECER UMA DOSE?

Se o paciente esquecer de tomar uma dose de losartana, não deve dobrar a dose na próxima vez. O recomendado é tomar a dose esquecida assim que se lembrar, desde que não esteja perto da hora da próxima dose. Se estiver quase na hora da próxima dose, deve-se pular a dose esquecida e tomar o medicamento no horário regular.

Tomar duas doses de uma vez pode aumentar o risco de efeitos colaterais, e, portanto, é sempre melhor seguir o esquema de doses conforme recomendado pelo médico. A regularidade no uso é importante para garantir que a pressão arterial seja mantida sob controle. Em caso de dúvidas sobre como proceder, é sempre importante consultar o médico ou o farmacêutico.

A LOSARTANA E O SEU IMPACTO NA SAÚDE DO FÍGADO E DOS RINS

Além de controlar a hipertensão, a losartana também tem sido usada em pacientes com problemas nos rins, como a nefropatia diabética, que é uma das complicações mais comuns do diabetes tipo 2. Em alguns estudos, a losartana tem mostrado benefícios significativos na redução da progressão dessa condição. Ela ajuda a reduzir a pressão dentro dos glomérulos renais, protegendo os rins de danos adicionais.

Em pacientes com insuficiência renal ou outras condições renais, a losartana também pode ser indicada para prevenir ou retardar o desenvolvimento de complicações. Isso ocorre porque ela pode ajudar a reduzir a carga de trabalho dos rins e minimizar o risco de danos devido à pressão arterial elevada.

No entanto, a losartana pode não ser indicada para todos os tipos de insuficiência renal. Pacientes com níveis muito baixos de função renal devem ser monitorados de perto durante o uso de medicamentos como a losartana. O médico é a melhor pessoa para determinar se a losartana é apropriada para cada caso específico.

O USO DA LOSARTANA EM PACIENTES COM DIABETES

Outro grupo de pacientes que se beneficia do uso de losartana são aqueles com diabetes tipo 2. A losartana tem efeitos benéficos no controle da pressão arterial e, como mencionado, pode proteger os rins de danos relacionados ao diabetes, uma vez que reduz a pressão arterial e diminui a sobrecarga nos vasos sanguíneos.

O controle rigoroso da pressão arterial em pacientes diabéticos é essencial para prevenir complicações cardiovasculares e renais. Isso porque o diabetes pode levar a um aumento na pressão arterial, o que pode agravar problemas nos vasos sanguíneos, no coração e nos rins. Ao melhorar a função vascular e diminuir a pressão, a losartana contribui para a redução do risco de complicações graves em pacientes diabéticos.

Laísa Menezes, repórter do Folha Vitória
Laísa Menezes

Repórter

Formada em Comunicação Social pela Universidade Federal de Viçosa, pós-graduanda em Branding pela Universidade Castelo Branco, Alumni do Susi Leaders (Ed. 2023). Atua no Folha Vitória desde maio de 2024.

Formada em Comunicação Social pela Universidade Federal de Viçosa, pós-graduanda em Branding pela Universidade Castelo Branco, Alumni do Susi Leaders (Ed. 2023). Atua no Folha Vitória desde maio de 2024.